8 de maio de 2024

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Performance e Saúde Fernanda Paradizo 22 de agosto de 2023 (0) (1664)

Estratégias para uma corrida perfeita


Adotar uma boa estratégia de corrida pode ser aquilo que falta para você atingir seu grande objetivo ao cruzar uma linha de chegada. Muitos defendem que uma corrida bem planejada tende a começar com uma largada em ritmo mais moderado, que não o leve a gastar todas as reservas de energia no meio do caminho e também que não o deixe correr numa velocidade lenta a ponto de terminar sua corrida com aquela sensação de que poderia ter feito melhor.

Ainda que muitos apostem que correr progressivo é a melhor maneira de se dar bem numa competição, há várias estratégias de corrida, algumas mais conservadoras, outras mais ousadas. E cada uma delas tem suas vantagens e desvantagens. Adotar uma ou outra dependerá também de vários fatores que devem ser considerados, como os pontos fortes de cada atleta, as fraquezas, a distância da corrida e as condições de clima e percurso. Confira aqui as estratégias mais comuns e veja em qual mais você se encaixa.

Mesmo ritmo: Correr a prova toda num mesmo ritmo, em cima do relógio, em qualquer distância, não é uma tarefa fácil e, em geral, apenas corredores mais experientes conseguem imprimir velocidade constante em todo o percurso. Vale dizer também que, para adotar essa estratégia, é preciso que o trajeto seja plano, sem grandes variações e que a temperatura também favoreça a manutenção do ritmo. Se bem adotado, este tipo de estratégia tende a favorecer grandes resultados.

Sensação de esforço: Nesse tipo de estratégia, o ritmo da corrida é comandado pela sensação de esforço do atleta. Essa forma de correr é apropriada também a corredores iniciantes, mas muitas vezes pode resultar em ritmos mais lentos no final, justamente por ainda não saber o esforço necessário para cumprir cada distância. Da mesma forma, correr tendo como base a sensação de esforço pode resultar também numa excelente estratégia para corredores experientes em corridas com altimetria diferenciada, com muitos aclives e declives, já que o ritmo é comandado pela sensação do momento. Para um resultado satisfatório, é preciso dar especial atenção ao primeiro sinal de fadiga, não deixando que a sensação de cansaço se prolongue muito adiante no percurso, para não correr o risco de ter que diminuir o ritmo de forma drástica para terminar a prova.

Batimento cardíaco: O corredor que já está acostumado a fazer seus treinos monitorando a freqüência cardíaca – e sabe qual a zona de treinamento que corresponde a cada intensidade – se dará muito bem nas provas utilizando o pulso para guiar seu ritmo. Além disso, psicologicamente é também um recurso bem confortável, que deixa o praticante seguro em relação à velocidade que está imprimindo.

Ritmo progressivo (split negativo): O sonho da maioria dos corredores é conseguir fazer o chamado split negativo, que nada mais é do que correr de forma progressiva, em que a segunda metade da prova será mais forte do que a primeira. A maioria dos técnicos é a favor dessa estratégia, até porque é uma forma de controlar a ansiedade inicial dos corredores, que tendem a começar a corrida num ritmo muito forte e pagar o preço no final. Este tipo de estratégia pode ser agradável psicologicamente porque o corredor passa um grande número de pessoas na última metade da prova. Isso claro se o percurso for plano e a corrida realizada em condições climáticas favoráveis. Pode não ser uma boa estratégia se a segunda metade é mais dura do que a primeira. Alguns atletas que querem apenas terminar a prova, sem a preocupação do tempo final, tendem, muitas vezes até involuntariamente, a fazer um split negativo com uma grande diferença de ritmo da segunda metade para a primeira, porque assumem uma estratégia mais cautelosa desde o início, sem riscos de quebra.

De acordo com o percurso: Correr de acordo com o percurso é uma estratégia de corrida em que seu ritmo depende das condições do trajeto. Na maioria das vezes, é adotada por corredores que conseguem aproveitar bem as variações do percurso, como subidas e descidas, levando até uma vantagem em relação a outros competidores. Se usada corretamente, é uma grande estratégia e pode resultar em excelentes resultados numa competição. Pode ser usada também como uma eficiente ferramenta psicológica contra os adversários que não conseguem a mesma eficiência em percursos mais variados.

Início forte (split positivo): Alguns atletas se sentem bem numa corrida fazendo uma largada mais forte, mesmo sabendo que mais adiante terão que diminuir o ritmo. Esse tipo de estratégia é muito usada por corredores mais experientes e competitivos que querem abrir vantagem em relação a seus competidores logo no início da prova. Essa não é uma estratégia recomendada para a maioria dos corredores, já que o final da corrida costuma ser mais sofrido. Muitas vezes, de forma involuntária, corredores tendem a correr dessa forma. É uma estratégia boa para corredores que conseguem manter a qualidade do ritmo satisfatória no final da prova, sem cair muito, mesmo que estejam cansados.

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