9 de maio de 2024

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Tô Correndo Tomaz Lourenço 26 de outubro de 2023 (0) (1977)

Maratona ponto a ponto, com largada e chegada no mesmo local ou com voltas? Escolha!

POR TOMAZ LOURENÇO

No Brasil e no mundo as maratonas costumam ter dois tipos de percurso: ponto a ponto, ou seja, sai de um lugar e chega em outro, ou com começo e fim no mesmo local, que é o predominante. No primeiro caso, podemos citar a de São Paulo, Foz do Iguaçu, Salvador e SP City. Já no segundo estão Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Sorocaba, Uberlândia, Floripa e Manaus, entre outras.


Para os organizadores, é muito mais prática a segunda opção e mesmo para os participantes, daí ser ela a mais comum. A outra gera uma sensação mais desafiadora e animadora, pois se vai correr de um determinado ponto até outro, distante 42 km, que é o que verifica em maratonas famosas lá de fora, como Nova York, Londres e Boston. As de Paris e Berlim ficam no meio termo porque as largadas e chegadas ficam próximas.

Já fazer a mítica distância em duas ou mais voltas é muito raro, sendo que no Brasil só temos conhecimento da prova da Fila na capital paulista e o retorno neste ano da maratona em Blumenau. Naquela são quatro voltas de 10,5 km, enquanto na catarinense foram duas de 21,1 km, mas não se sabe ainda como será no próximo ano.

O lado positivo dessa alternativa é a possibilidade de maior interação dos maratonistas com seus familiares, amigos e colegas de equipe, mas por outro lado existe o inconveniente da repetição do percurso, que pode ser bem desestimulante, como se constatou na maratona da Fila. Dos 460 que largaram este ano, 335 completaram todo o percurso; 70 fizeram três voltas, 40 duas voltas e 15 apenas uma volta.

Por outro lado, em Blumenau a desistência foi mínima, uma vez que somente 52 participantes, dos 847 que começaram, pararam nos 21 km. Tal realidade poderá estimular mais maratonas brasileiras a repetirem o desenho de Blumenau, da mesma forma que Porto Alegre e Florianópolis imitaram a realização da meia na véspera dos 42 km, iniciada na do Rio de Janeiro, que por sua vez copiou a da Disney, estimulada pelo enorme sucesso desse evento norte-americano.

Existe ainda uma inovação não praticada, sugerida pelo site da CR para a SP City, mas que vale para outras maratonas como Curitiba, que é fazer duas meias, uma saindo com os 42 km e outra começando na marca dos 21,1 km, duas horas depois. Dessa forma, a primeira largada seria mais tranquila, enquanto os da segunda não teriam que começar de madrugada e, o que é mais importante, acompanhariam os maratonistas na sempre dura metade derradeira para eles.

Qual você prefere? Mande sua resposta para o e-mail tomazloureno1947@gmail.com



Tomaz Lourenço é jornalista, 76 anos; lançou a revista Contra-Relógio em outubro de 1993, sendo seu editor até a última edição em abril de 2021. Correu mais de 60 maratonas no Brasil e exterior, além de 2 Comrades; seu recorde nos 42 km foi ao estrear na distância, em Blumenau 1992, com 3h04. Contato: tomazloureno1947@gmail.com

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