20 de maio de 2024

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Tô Correndo Tomaz Lourenço 8 de agosto de 2023 (0) (876)

Calor e sol forte castigam os participantes da 3ª Maratona  Internacional de João Pessoa

POR TOMAZ LOURENÇO

Neste domingo (06) aconteceu a terceira edição da maratona promovida pela prefeitura da capital paraibana. Como outras no Brasil, foram 4 corridas, mas com destaque para a maior distância, o que é sempre um forte apelo. Com boa premiação em dinheiro para a elite, o evento atraiu uma centena de corredores profissionais para as 4 provas, e 4.700 amadores, sendo 1.800 nos 5 km,  1.100 nos 10 km, 900 nos 21 km e 790 nos 42 km, totalizando 4,7 mil inscritos.


Mesmo com largada bem cedo, as partir das 5h30, os participantes sofreram com o calor, que passou dos 30 graus e sol pleno, além do trecho inicial (e de volta) de 7 km com subidas e descidas suaves (para os maratonistas e meio), sem qualquer sombra. Para piorar, o trajeto restante é pela orla totalmente plana, mas com brisa a favor na ida e obviamente contra na volta.

Por outro lado, a organização a cargo da empresa Race83 foi impecável, cumprindo integralmente o indicado pela CBAt para um evento oficial, mesmo com alguns exageros e equívocos, por parte da entidade. Um deles é a exigência de um intervalo de 20 minutos entre a saída da elite e o geral (na maratona), fazendo os atletas de ponta correrem isolados e não atraindo o interesse do público, enquanto os outros 99% são obrigados a aguardar estupidamente a largada.

O evento é bastante festivo, com participação expressiva de equipes locais, mas também dos dois estados vizinhos (Pernambuco e Rio Grande do Norte), com alguns corredores de fora da região praticamente apenas na maratona. O destaque é mesmo a concentração/dispersão dentro de um amplo espaço coberto, do Centro de Eventos de João Pessoa, com banheiros e toda estrutura necessária.

O sensacional é que a largada e chegada são dentro do Centro, com direito à arquibancada, tudo com muita música. Ou seja, trata-se da única prova brasileira com essa característica, ao que se sabe. O evento cresceu e ganhou expressão nacional por iniciativa do prefeito Cícero Lucena, um entusiasta do esporte e com várias ações comunitárias na cidade, e que correu os 10 km.

Também como outras maratonas, foi convidado um queniano, que obviamente venceu os 42 km. Em segundo lugar chegou Jair José da Silva (2h29) e depois Carlos André Silva (2h31). A experiente Marily dos Santos foi a campeã (3h03), seguida da Daiana Justino (3h10) e Stephania de Brito (3h21). Nos 21 km, vitória de Justino da Silva (1h06) e Mirela Saturnino (1h18). Os resultados da maratona serão válidos para o RANKING CR e já estarão na terceira atualização, que entra no ar ainda esta semana.

Para a próxima edição, a sugestão do site é para que a largada da maratona aconteça às 4h30, da meia às 5h30 e dos 10 e 5 km às 6h00. Isto tornaria menos penoso o percurso para os maratonistas, além de não afetar tanto o trânsito na orla da capital paraibana, que seria liberado a partir das 8 horas.


Estive lá fazendo os 21 km, que esperava completar em pouco mais de 2h30. Mas os últimos 7 km foram bem duros, o que me obrigou a intercalar corrida com caminhada, debaixo de sol. Completei em 3 horas, mas feliz por conhecer a bela João Pessoa, por participar de uma prova bem organizada e de conhecer/conviver com corredores da região, alguns antigos assinantes da revista (FOTOS).

Mais informações e resultados completos em https://www.race83.com.br/login/2023/corrida-de-rua/maratona-internacional-cidade-de-joao-pessoa-2023



Tomaz Lourenço é jornalista, 76 anos; lançou a revista Contra-Relógio em outubro de 1993, sendo seu editor até a última edição em abril de 2021. Correu mais de 60 maratonas no Brasil e exterior, além de 2 Comrades; seu recorde nos 42 km foi ao estrear na distância, em Blumenau 1992, com 3h04.

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