A elite masculina na Maratona de Boston, no dia 16 de abril, terá o queniano Geoffrey Mutai defendendo o título com os incríveis 2:03:02 de 2011, o etíope Gebre Gebremariam correndo pelo índice olímpico (fez 2:04:53 na edição passada, seu recorde pessoal) e mais seis corredores sub 2h07. No feminino, são 12 mulheres sub 2h25, com destaque para a atual campeã, a etíope Aselefech Mergia (2:19:31 em Dubai-2012) e a russa Galina Bogomolova (2:20:47 em Chicago-2006). Sem contar a também etíope Firehiwot Dado, vencedora de Nova York no ano passado. Mutai chega credenciado por ter sido o único corredor a vencer
Leia maisATUALIZAÇÃO: Haverá transmissão da prova pelo canal por assinatura Bandsports a partir das 22h. Outra alternativa usar o programa KeyholeTV (baixe por aqui) e ver através do streaming oficial da Nihon TV. Adriana Aparecida da Silva, melhor maratonista do Brasil na atualidade, correrá neste final de semana a prova mais importante de sua carreira até o momento, que pode superar inclusive a medalha de ouro no Pan-Americano de Guadalajara. Domingo às 9h locais (noite de sábado no Brasil), Adriana terá de completar a Maratona de Tóquio abaixo de 2:30:07, índice para a Olimpíada de Londres. A tarefa não será fácil.
Leia maisQuênia e Etiópia no atletismo têm a mesma rivalidade de Brasil e Argentina no futebol. E não estou exagerando. No ano passado, foi uma goleada queniana. Supremacia total nas maratonas, com vitória e recordes em todas as Majors, recorde mundial, melhores marcas de todos os tempos em Boston... Das 30 melhores marcas mais rápidas de 2011 (segundo a Iaaf, que não leva Boston em consideração), 29 foram de quenianos. Apenas o brasileiro Marilson Gomes dos Santos foi o intruso no ninho com os 2:06:34 em Londres. O melhor tempo etíope foi de Bekana Daba, com 2:07:04, em Houston (EUA). Agora,
Leia maisO que representam oito segundos no esporte? No nosso caso, no atletismo e mais especificamente nas corridas? Em provas de velocidade, uma eternidade. Quase o tempo que Usain Bolt leva para percorrer 100 m. Nos 200 m, 400 m e até nos 1.500 m, oito segundos são demais. E na maratona? Em 42.195 m, perdemos oito segundos ao reduzir para tomar um copo de água, deixar o gel cair da mão, pegar tráfego numa curva e não tangenciar.... No caso dos profissionais, uma trombada, uma confusão no posto de abastecimento... Algo quase que insignificante. Quase. Não use a palavra insignificante para o
Leia maisNo Brasil, há quem goste de brigar com números e imagens. Principalmente no futebol. Agora, sinceramente, não acredito que possa existir alguém que conteste a supremacia queniana nas maratonas. É difícil fazer comparações entre épocas e modalidades, mas acredito que “nunca na história de um esporte individual” um país tenha dominado tão amplamente uma distância. E não estou falando só do atletismo. Neste ano, nas cinco Majors – Boston, Londres, Berlim, Chicago e Nova York –, cinco vitórias quenianas (quatro atletas diferentes) com cinco recordes de percurso (incluindo um mundial e as três marcas mais rápidas de todos os tempos).
Leia maisMoses Mosop venceu neste domingo a Maratona de Chicago com 2:05:37, confirmando seu favoritismo. A temperatura alta, 18,5°C às 7h30 (horário local), na largada, e a falta de competidores em ritmo forte, inviabilizaram a busca do recorde mundial. Mosop sobrou na disputa e “tirou o pé” a partir do km 35, quando a vitória estava garantida. Mesmo assim, bateu o recorde da prova, que era do compatriota Samuel Wanjiru (morreu neste ano), de 2009, com 2:05:41. O Quênia comprovou a ampla supremacia em mais uma maratona em 2011. O segundo colocado foi Wesley Korir, com 2:06:15 (tinha 2:08:24 como melhor tempo)
Leia maisPela Conferência de Berlim de 1885, o Quênia ficou sob responsabilidade do Reino Unido, que confiou as terras em regime de monopólio à Companhia Imperial da África Oriental Britânica. Em 1887, a companhia comercial assegurou o arrendamento da faixa costeira. Após décadas de disputas internas e externas no território, sempre baseadas no controle das terras, o Quênia tornou-se independente apenas em dezembro de 1963, tornando-se uma república no ano seguinte. Pela divisão geográfica, há sete províncias e uma área no país. Hoje, depois de 126 anos de ser “entregue” aos britânicos, os quenianos espalham-se pelo mundo e vão conquistando pódios e
Leia maisQuem gosta de correr, importa-se pouco com o piso. Com opções, é claro, vai escolher as melhores condições. Sem a chance da escolha, garanto que muitos que estão lendo esse texto agora foram correr onde era possível. Terra, grama, asfalto, concreto, paralelepípedo, praia... Poder variar o piso, sim, é uma grande vantagem. Que digam os africanos, filhos do cross-country e verdadeiros “fórmula 1” do asfalto. Só para lembrar: os quenianos, “papa-tudo” da maioria das provas de fundo, ao lado de argelinos, treinam na maior parte do tempo na terra. No Quênia, nem é preciso dizer. Mas mesmo os que estão
Leia maisDa mesma forma que surpreendeu o mundo com o título e recorde olímpico em Pequim com o primeiro ouro queniano na maratona, ou na espetacular vitória na Maratona de Chicago do ano passado, Samuel Wanjiru acumulou confusões nos últimos meses. Notícias de brigas com a esposa e de ter sido flagrado com armas. Uma certeza: ficou longe das ruas e voltou a ser notícia nesta segunda-feira, com a trágica morte ainda não bem explicada. Para entender melhor a situação, devemos traçar um paralelo entre o futebol no Brasil e as corridas no Quênia. É a mesma relação de idolatria e
Leia maisEsportivamente, ao logo das décadas, o Brasil vive de poucos e raros ídolos. E, na maioria das vezes, o País não sabe aproveitar o bom momento desses atletas de ponta. Foi assim na época de Gustavo Kuerten. Número 1 do tênis, Guga bateu os maiores do mundo, foi campeão do Masters há dez anos vencendo Pete Sampras na semifinal e André Agassi na final. Algo inédito. O tempo passou, a modalidade não se desenvolveu. Na corrida de rua, não é diferente. É claro que, sem comparações, Marilson Gomes dos Santos, nosso melhor maratonista, é quem consegue chegar próximo dos africanos.
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