Em uma exibição impressionante, o campeão olímpico Eliud Kipchoge quebrou o recorde mundial na Maratona de Berlim neste domingo (dia 16), com 2:01:39. A marca anterior era de 2:02:57 do também queniano Dennis Kimetto na própria Berlim, em 2014.
Com o resultado, Kipchoge passa a ser o único maratonista na história sub 2h02 e um dos dois sub 2h03, consagrando uma carreira brilhante nos 42 km.
Na entrevista coletiva de sexta-feira, em Berlim, ele afirmou que pretendia correr mais dois anos, aposentando-se na Olimpíada de Tóquio, em 2020. Nesse período, os objetivos seriam vencer as três Majors que ainda não correu (Boston, Nova York e Tóquio), além de uma segunda tentativa do sub 2h no Breaking 2 (promovido pela Nike) em ambiente controlado. Teremos de aguardar os próximos passos para saber.
Em Berlim, desde os primeiros quilômetros, o queniano de 33 anos tinha apenas os coelhos (marcadores de ritmo) como companhia, passando as marcas dos 5 km em 14:24 e dos 10 km em 29:21, chegando aos 15 km em 43:38. Nesse momento, “quebrou” até os marcadores de ritmo, com dois abandonando!
O coelho final, Josphat Boit, levou Kipchoge até a metade do caminho em 1:01:06, antes de parar no km 25, fechado em 1:12:24.
Correndo sozinho os 17 quilômetros finais, Kipchoge fez o quê? Acelerou. Ele passou pelo ponto de checagem de 35 quilômetros em 1:41:00, sugerindo que o tempo de 2h02 era algo real. Então, no km 40, cruzado em 1:55:32, o recorde mundial estava diante do mundo.
Kipchoge manteve o ritmo nos momentos finais e cruzou a linha de chegada em 2:01:39, tirando um minuto e 18 segundos do recorde anterior, estabelecido há quatro anos por Dennis Kimetto. É a maior redução no recorde mundial da maratona desde que Derek Clayton melhorou a marca em dois minutos e 23 segundos em 1967.
“Eu não tenho palavras para descrever como me sinto”, disse Kipchoge. “Foi muito difícil (durante os últimos 17 quilômetros), mas eu estava realmente preparado para comandar a minha própria corrida. Eu tive de focar no trabalho que fiz no Quênia e foi isso que me ajudou a manter a força. Estou muito grato à minha equipe de treinamento, à minha gerência, à organização”, afirmou um emocionado Kipchoge em entrevista logo após cruzar a linha de chegada.
O pódio foi todo queniano. Amos Kipruto terminou em segundo lugar em 2:06:23, enquanto o ex-recordista mundial Wilson Kipsang foi o terceiro em 2:06:48.
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Simplesmente sobrenatural. Foi lá e deu o melhor.