Boston é o palco da centenária maratona, motivo de desejo para corredores das diversas partes do mundo. Porém, é muito mais do que isso. A prova é apenas um ingrediente a mais em uma cidade que respira cultura e história. Em qualquer viagem, ainda mais para nós, amadores, isso nunca deve ser deixado. Mas, em Boston, ganha ingredientes a mais por tudo o que a cidade representa.
A começar que Boston é o berço da Independência dos Estados Unidos. Você verá referências por todos os cantos. Apenas isso, já vale a visita (mesmo que seja em alguma outra época do ano, mesmo que não seja para correr…). Palco de universidades de excelência, uma “casa” de estudantes de todos os cantos e idiomas. Para citar duas, MIT e Harvard. Local de hospitais de ponta, um centro de excelência no tratamento do câncer infantil (algo triste de ser ver e imaginar principalmente ao caminhar pelo bairro médico, mas ao mesmo tempo de alegria por saber também quantas vidas são prolongadas…).
Claro que esse ambiente estudantil também é levado para as festas e bares bem interessantes (mas não faça isso nas vésperas da maratona!). A região do Quincy Market, área de visita imperdível, além da Newbury Street (paralela à Boylston, da chegada dos 42 km e da Expo) são paradas obrigatórias.
A gastronomia é diversa. Vinho, massas e o tradicional canoli no bairro italiano. Mas a principal marca em alimentação de Boston são os frutos do mar e o tradicional creme de marisco (o clam chowder).
Como toda a região central é plana e segura, dá para caminhar tranquilamente e fazer tudo a pé para quem se hospeda próximo. Se preferir, o metrô é o mais antigo dos Estados Unidos, fácil de se locomover e te leva para todos os cantos.
Em termos de museus, as dicas são o Fine Arts, John Kennedy e Museum of Science.
Mas lembre, também, que Boston tem uma alma esportiva, sendo a casa dos Red Sox no Fenway Park (no beisebol) e do Boston Celtics (NBA), com jogos no período da maratona. A NBA estará nos playoffs, então, é necessário ver a agenda mais próximas e os valores. Já para os Red Sox, dá para comprar ingressos mais baratos pois ainda será a temporada regular. Mesmo se você não entende nada de beisebol, como eu, vale para ver o evento.
Os dois parques centrais, o Boston Common e o Public Garden são excelentes para caminhar, bater papo e treinar, caso queira se exercitar antes ou depois dos 42 km. Outro ponto tradicional de treinos são as margens do Charles River, com vista para Cambridge.
Outro local para curtir passeando é Beacon Hill, a velha Boston, com ruas estreitas, com paralelepípedos, luz a gás e arquitetura de época. Não deixe de fazer o Freedom Trail, um passeio a pé, pelo caminho da independência: ao todo são 16 atrações oficiais (algumas, para ver apenas de fora e fotografar). O caminho é todo marcado no chão e você pode pegar mapas logo na chegada ao aeroporto ou pelas ruas de Boston. Aqui, em inglês, você tem todo o mapa e explicações históricas e turísticas do Freedom Trail.
Claro que não poderia deixar de falar da Samuel Adams. Para os amantes da cerveja (que combina muito bem com maratona), degustação nos bares pela cidade e visita à fábrica são funções imperdíveis. O tour de cerca de uma hora pela cervejaria termina, claro, com cerveja! É bem fácil ir de metrô. Clique aqui e tenha todas as informações.
Ao longo dessa série, iremos falando mais sobre Boston, principalmente de lugares que já visitamos tanto para comer quanto para beber e comemorar os 42 km com os amigos.
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.
Que saudade de Boston! Viajei aqui lendo seu texto.
André e demais corredores que irão a Boston neste ano, não deixem de comer o que é considerado o melhor hambúrguer de lá… fica no restaurante Mr. Bartley’s, em frente ao campus principal de Harvard… é sensacional!O hambúrguer é grande, vc escolhe os acompanhamentos e claro, vêm bacon, come-se com garfo e faca, se vc quiser mais bacon, paga-se uma pequena taxa e eles acrescentam muito, mais muito bacon… Até tirei uma foto pro meu marido ver, pois ele é fã! Uma outra curiosidade deste lugar é que não há banheiro… se vc quiser simplesmente lavar as mãos, o garçom irá orientar a andar 2 quarteirões e ir a um banheiro público… fico imaginando aqui, seria fechado… E outra coisa, o restaurante possui mesas pequenas e grandes e conforme vai abrindo lugar, eles vão encaixando… não fica lugar vazio e o lugar é muito concorrido… Vale muito a pena passar por lá e depois ir passear na universidade!