Notícias André Savazoni 6 de junho de 2012 (3) (136)

Wilson Kiprop é a esperança do Quênia para acabar com jejum de 44 anos nos 10.000 m

Há 44 anos, Naftali Temu vencia os 10.000 m na Olimpíada da Cidade do México e conquistava o primeiro e único ouro para o Quênia nessa prova. Agora, Wilson Kiprop, vencedor da seletiva queniana no Prefontaine Classic com 27:01.98, melhor tempo do ano, é a esperança para acabar com esse jejum nos Jogos de Londres.

“Por enquanto não posso dizer nada porque a tarefa à frente de mim é maior do que o que eu fiz (na noite de sexta-feira na seletiva). Eu tenho que voltar ao Quênia e planejar como buscar essa marca. É uma meta difícil. Temos os etíopes competindo e são sempre fortes (ganharam as últimas quatro Olimpíadas). Precisamos nos unir para ver o que faremos para obter essa medalha de ouro que não vem para o país há 44 anos”, disse Kiprop, que não era o favorito na seletiva queniana.

Todo o grupo de quenianos que viajou para Eugene passou dois meses juntos em um grupo de treinamento obrigatório da Federação de Atletismo em Eldoret. De acordo com Kiprop, embora isso seja incomum para o Quênia, é algo que a equipe etíope faz regularmente. E com sucesso. Foi também uma indicação de como os quenianos estão levando a sério esse desafio. Kiprop não descarta, inclusive, a possibilidade de manter o trabalho em conjunto com Moses Masai (27:02.25) e Bitan Karoki (27:05.50), segundo e terceiro colocados na seletiva, que também estarão na briga pelas medalhas dos 10.000 m em Londres.

Os seis primeiros colocados da seletiva queniana marcaram os seis melhores tempos de 2012, mas apenas os três primeiros vão para a Olimpíada. Além disso, os 15 primeiros correram abaixo de 28 minutos. Clique aqui e veja os resultados completos de todas as provas do Prefontaine Classic.

SUPREMACIA – Após a Olimpíada do México em 1968, nos 10.000 m masculino, foram duas medalhas de ouro da Finlândia (Lassen Virem em 1972 e 76); cinco da Etiópia, incluindo as quatro últimas (Muruse Yefter em 1980, Haile Gebrselassie em 1996 e 2000, e Kenenisa Bekele em 2004 e 2008), uma da Itália (Alberto Cova em 1984) e duas do Marrocos (Brahim Boutayeb em 1988 e Khalid Skah em 1992).

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3 Comments on “Wilson Kiprop é a esperança do Quênia para acabar com jejum de 44 anos nos 10.000 m

  1. Pode ser, pode ser, mas eu apostaria todas minhas fichas no Mo Farah, que está muito bem, com sangue nos olhos e com a faca nos dentes, ele mostrou isso no Mundial…. ele não vai entregar barato, tanto nos 10.000 como nos 5.000, ainda mais competindo “em casa”. Abraço André, ótima reportagem.

  2. A briga promete ser boa nos 10000m… o esquadrão queniano, Mo Farah e Bekele retornando…faço minhas apostas que o Bekele se recupera 100% e leva essa pela terceira vez…

  3. Na pista, os etíopes são melhores que os quenianos, embora estes últimos sejam em maior número.
    Acho que não será este ano que vão quebrar o jejum.

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