O grande favorito venceu sem dificuldades. Isto, em síntese, foi o que aconteceu na Meia-Maratona de Lisboa, dia 16 de março, quando o etíope Haile Gebrselassie cruzou a linha de chegada em primeiro lugar, com o tempo de 59:15, exatos 1 minuto e meio na frente do queniano Charle Kamathi.

O recordista mundial de maratona (2:04:26 em Berlim 2007) assumiu a ponta no km 10 e a partir daí correu sozinho, faltando estímulo para tentar a melhor marca do mundo nos  21,1 km, que pertence ao queniano Samuel Wanjiru (58:33 em Haia 2007).

A prova portuguesa apresenta excelentes condições para marcas rápidas, mas pelo fato de ter um desnível de mais de 1 metro por quilômetro seus resultados não são homologados pela IAAF. Por essa razão, a organização decidiu este ano fazer uma largada à parte (na Ponte Algés) para a elite, encontrando o percurso dos demais participantes (que continuam largando na Ponte 25 de Abril) só depois de alguns quilômetros. A Algés é mais baixa e assim a Meia de Lisboa passa a valer para marcas mundiais.

Porém, a mudança do começo do percurso e mais a contratação de Haile acabaram não conseguindo trazer o recorde, talvez por falta de coelhos ou de maior número de participantes da elite mundial.

No feminino a chegada foi muito disputada, com vitória da queniana Salina Kosgei (também campeã em 2005 e 2006) com o tempo de 1:09:57, seguida da queniana Pamela Chepchumba e da argelina Souad Salem, com o mesmo resultado (1:09:59).

Como tem acontecido nos últimos anos, muitos brasileiros lá estiveram correndo a Meia ou a Mini (de 7 km). No total das duas provas, com chegada em frente ao famoso Convento dos Jerônimos, são mais de 20 mil participantes, mas a maioria faz (correndo ou caminhando) a de menor percurso, o que exige dos corredores "sérios" um bom posicionamento na saída, na ponte, para não enfrentar um enorme congestionamento.