20 de setembro de 2024

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Notícias admin 4 de outubro de 2010 (0) (97)

Meia de Nova York: Uma Nova e Boa Opção

Dia 5 de agosto aconteceu a segunda edição da Meia-Maratona de Nova York, organizada pelo clube de corredores da cidade, igualmente responsável pela mais famosa maratona do mundo.

Atraído por um percurso totalmente diferente daquele que caracteriza a Maratona de NY, resolvi, juntamente com mais 38 brasileiros, percorrer as ruas e avenidas de Manhattan correndo. A inscrição dos estrangeiros tem que ser feita por agências de turismo autorizadas (no Brasil, a Kamel) ou por meio de entidades beneficentes (detalhes no site do evento).

A entrega do kit foi na Niketown, megaloja da patrocinadora. A organização inovou ao recepcionar os participantes com uma autêntica e original "feira" de corrida: exposição de seus produtos (tênis, camisetas, bonés, jaquetas, dentre outros artigos esportivos) em meio a cartazes e caixotes com frutas, iguais aos das feiras-livres. No kit, recebemos chip, número de peito, camiseta de algodão, isotônico em pó, pipoca de microondas e sacola para guardar os pertences no dia da prova.

No sábado, véspera da prova, jantar de massas no B.B. King Blues Club & Grill", tradicional bar, restaurante e casa de shows do lendário bluesman, localizado ao lado da Time Square. Diante das limitações das dependências do bar, o jantar se deu em dois horários, com poucos participantes, mesmo porque os estrangeiros são absoluta minoria, ao contrário da maratona. Pagamos 35 dólares por esse jantar nada festivo. Uma frustração!

A largada foi às 7 da manhã, com uma temperatura de quase 30 graus. Tudo impecavelmente organizado, desde o guarda-volume, banheiros, baias separadas por número de inscrição, e 10 mil corredores sem qualquer empurra-empurra. Após a execução do hino dos EUA, e sem qualquer outra música, saímos para percorrer quase 13 km (ou 8 milhas) dentro do Central Park, com direito a uma volta inteira de quase 10 km.

De imediato, pude perceber que o uso de ipods é uma febre entre os corredores norte-americanos. Na segunda milha surgiu o primeiro posto de hidratação, com água e isotônico em copos de papelão. No quinto quilômetro o primeiro tapete para registro das parciais (também localizado nos km 10 e 15, além da chegada). Antes da sexta milha, passamos novamente pela local da largada. Faltava pouco para sairmos do Central Park e ganharmos as ruas de Nova York!

Era o fim das muitas subidinhas e descidinhas dentro do parque, seguindo então pela 7ª avenida rumo a Time Square. A partir de agora teríamos mais público e muitas bandas pelo percurso, além de lojas e famosos pontos turísticos. Logo após, a banda The Mondays seria a primeira das treze atrações musicais prometidas pela organização. Exatamente na Time Square (conhecida pelos seus letreiros, telões e painéis de publicidade gigantes) ganhamos um sachê de carboidrato em gel, viramos à direita e seguimos pela rua 42.

Após passarmos pelo 12ª avenida e avistarmos o "Samba New York!" (um grupo carnavalesco com muitas mulatas e capoeiristas com as cores do Brasil), seguimos pela West Side Highway, avenida que marca as últimas três milhas da prova (4,8 km), beirando o rio Hudson. A partir de então, os fartos postos de hidratação marcam presença em todas as milhas finais. DJs comandam a trilha sonora dos quilômetros finais. Apesar do calor, o percurso totalmente plano da última milha e a vista do Battery Park (local da chegada), incentiva o sprint final. Hora de sorrir e levantar os braços. Encontro vários colegas brasileiros satisfeitos: todos haviam conseguido baixar suas marcas pessoais.

A chegada é tranqüila. Somos recebidos com toalha úmida, isotônico, água, kit com frutas e salgadinho. O Battery Park, próximo à Estátua da Liberdade, concentra o ponto de encontro dos familiares, os banheiros químicos, os guarda volumes, os deliciosos e gelados smoothies da Jamba Juice, dois palcos com bandas e o pódio, onde seriam premiados Haile Gebrselassie (campeão com 59:24), Abdi Abdirahman (1:00:29) e Robert Cheruiyot (1:00:58), além de Hilda Kibet (1:10:32), Catherine Ndereba (1:10:33) e Nina Rillstone (1:10:35), que protagonizaram uma emocionante chegada. 

Missão cumprida, todos saímos com a impressão de que a Meia de NY é uma ótima opção para quem quer correr na Big Apple, ou mesmo debutar em alguma prova estrangeira, mas que ainda não possui condições para encarar uma maratona. Além disso, só esta corrida pode proporcionar um percurso por toda extensão de Manhattan, numa época mais quente do ano, o que certamente deve potencializar o crescimento desta corrida nos próximos anos.

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