Notícias admin 3 de maio de 2015 (0) (70)

20 anos da Volta à Ilha

As corridas de montanha e trilha, tão em moda atualmente no Brasil, devem sua existência em grande parte ao revezamento Volta à Ilha, em Florianópolis, surgido em 1996, por iniciativa de Carlos Duarte, que continua à frente do evento. No dia 11 de abril ele reuniu 400 equipes (3.700 corredores), que deram uma volta completa na Ilha de Santa Catarina, totalizando 140 km, divididos em 18 etapas.
Foram 12 largadas, saindo às 4h15 os primeiros integrantes das equipes mais lentas, enquanto os representantes das mais competitivas começaram às 7h30. O objetivo é fazer com que as chegadas sejam aproximadas, assim como para não haver congestionamentos no trajeto.
Este detalhe é importante porque os participantes correm por áreas não isoladas, mas apenas identificadas pela organização. Assim, o fazem por ciclovia (no começo e no fim), por praias, trilhas em morro, calçadas e acostamento ou na beira de estrada, sem qualquer separação do trânsito local. Também não há suporte médico, devendo se procurar atendimento público ou particular no caso de algum problema.
A organização cuida especialmente dos postos de revezamento, fiscalizando as passagens, com anotações, porque não há controle por chip, apenas o tempo de largada e o de chegada. O abastecimento fica por conta das equipes, que utilizam um ou dois carros para os deslocamentos, devidamente orientados pela prova e com inúmeras regras, especialmente visando não haver grandes congestionamentos nos postos de troca, mas que mesmo assim acabam acontecendo.
Mesmo com toda essa "rusticidade", a inscrição na Volta à ilha é extremamente difícil, abrindo-se apenas 1/3 das 400 vagas, já que as demais são oferecidas prioritariamente aos grupos que lá vão há algum tempo. Nesta edição de aniversário, equipes com 7 ou mais anos de participação tiveram essa regalia. A arrecadação com as inscrições supera R$ 700 mil (R$ 200 por corredor), sem contar o apoio financeiro da marca esportiva, que tem sido a Asics/Paquetá nos últimos anos.
O enorme sucesso do revezamento da Ecofloripa premia Carlos Duarte pela criação de uma prova inovadora e que se mantém única (por juntar trilha/praia com asfalto/calçada), com grande apelo visual e que estimula o companheirismo. Inicialmente com grupos notadamente da capital paulista e de SC, hoje atrai gente de todo o Brasil.
É efetivamente uma corrida de confraternização, sendo que a maioria das equipes é de participação, com até 12 integrantes, o que significa que alguns fazem apenas um trecho de 5 km, mas passam o dia todo com o grupo, nos deslocamentos com os carros, o que pode representar mais de 15 horas. No final, muita festa, muito cansaço e muita satisfação de completar a Volta à Ilha, uma prova particular que nasceu simples e assim continua, apesar do enorme crescimento.
Os resultados completos estão em www.ecofloripa.com.br

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