Notícias admin 10 de março de 2015 (0) (119)

Uma maratona e meia modestas na Alemanha

Tive o prazer de ganhar uma viagem para a Alemanha da empresa em que trabalho e pude aproveitar para realizar o sonho de correr fora do país pela primeira vez. Fiz uma pesquisa na internet, buscando uma prova no final de semana em que estaria por lá, e no primeiro momento encontrei várias, mas longe de Wolfsburg, cidade onde ficaria hospedado.
Depois de um tempo descobri uma maratona e meia, a 30 km de onde eu estava e fiz rapidamente minha inscrição nos 21 km. O evento se chama Heidemarathon e é realizado na aldeia de Stüde, uma das sete que formam a cidade de Sassenburg, a aproximadamente 210 km de Berlim, um lugar lindo e tranquilo na Baixa Saxônia.
Chegamos às 18h, bem no horário do jogo do Brasil contra o Chile. Por sorte colocaram um telão no salão da festa onde acontecia o jantar de massas, para assistirmos ao jogo. De brasileiros, apenas eu e minha esposa. Mas entrando no local, encontramos um casal com a camisa da seleção brasileira. Brinquei com eles, e o alemão (que falava um pouco de português) disse que havia morado 4 anos em São Paulo e era apaixonado por nosso país.
O domingo amanheceu chuvoso e com a temperatura por volta dos 12°C. Fomos para Stüde onde foi servido um café da manhã. Nesse dia, fui com minha esposa e um amigo brasileiro que mora na Alemanha e é casado com uma alemã. Fiz um breve aquecimento com o novo amigo alemão (o do jantar) e às 9h foi dada a largada, bem em frente ao salão de festa da noite anterior. É uma corrida com poucos participantes, não mais que 100.
Fizemos o primeiro quilômetro nas ruas da aldeia e chegamos ao canal Elbe-Seiten, onde corremos quase toda a prova. Percurso plano de areia e pedriscos e, devido à chuva das últimas horas, encontramos muitas poças.
A cada 3 quilômetros havia postos de hidratação onde serviam água, isotônico, Coca-Cola e banana. Além disso, existiam várias pessoas assobiando, utilizando apitos e outros brinquedos para animar os corredores. Tudo com muito carinho e alegria, mesmo com o frio e a chuva.
A partir do km 8 a leve chuva parou, mas o tempo continuava nublado e com um pouco de vento. Com 10,5 km, uma placa indicava o retorno, ou seja, voltar pelo mesmo percurso. Aí pegamos vento a favor, o que foi muito bom para manter o ritmo. Nesse momento tomei meu gel que havia levado do Brasil para não experimentar produtos diferentes e ter surpresas pelo percurso. Dos postos de hidratação tomei apenas água.
Completei o trajeto com 3 minutos abaixo da meta estabelecida anteriormente, em 1h42. Após cruzar a linha de chegada, havia uma mesa com muita bebida e comida organizada pelos moradores da aldeia – Coca-Cola, água, isotônico, suco, café, chocolate, balas, gomas e vários petiscos salgados, além de cerveja, é claro.
Para minha surpresa, vi meu nome em primeiro lugar na faixa de idade e oitavo no geral. Depois de alguns minutos fui chamado para receber o troféu, o certificado e tirar uma foto, coroando uma viagem muito especial.
Para quem procura correr na Europa, juntando diversão, tranquilidade e carinho numa região linda, pode se programar para o ano que vem. Uma prova pequena, sem cronometragem por chip, percurso não aferido oficialmente, mas tudo muito bem organizado. A inscrição custou apenas 12 euros, com o jantar de massas incluso.
Mais detalhes no site: www.heidemarathon.de

Rodrigo Paschoalin
é assinante de São Carlos, SP.

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