Notícias admin 29 de fevereiro de 2016 (0) (130)

91 anos de tradição

Uma prova que caminha a passos largos para os 100 anos. Em 2024, teremos a edição centenária de uma das poucas ininterruptas no mundo (não parou nem durante a 2ª Guerra Mundial). Com medalhistas olímpicos e mundiais no currículo, e muita tradição, sendo a mais famosa do Brasil, com 24.386 concluintes em 2014. Uma grande festa popular, com inúmeros sotaques, atraindo gente de todos os Estados brasileiros. E também uma bagunça inesquecível. Poderia ser melhor? Claro! Tem os seus problemas, principalmente na largada, mas nem por isso deixa de ser a mais desejada do Brasil.
Mais uma vez, a prova será realizada no período da manhã. O pelotão de elite feminino terá a largada às 8h40. Logo em seguida, às 9h, é a vez da elite masculina, pelotão especial e corredores em geral. Cadeirantes e atletas com deficiência terão seus horários definidos agora em dezembro.
A retirada do kit e do chip está marcada para os dias 27, 28 e 29 de dezembro das 9h às 19h, e no dia 30 de dezembro, das 9h às 16h, no Ginásio Estadual Geraldo José de Almeida – localizado à Rua Manoel da Nóbrega, 1.361, em São Paulo, ao lado do Ginásio Ibirapuera. O kit deverá ser retirado preferencialmente pelo atleta inscrito. Para a retirada por terceiros, verificar o regulamento da prova no site oficial do evento (www.saosilvestre.com.br).
Lembrando que a Contra-Relógio estará presente na feira de entrega dos kits com um estande, como ocorre tradicionalmente, com promoção de assinaturas e renovações (com direito a boné CR-Diadora, meia Mizuno e o calendário Adidas-CR de 2016, além de outros brindes). Também haverá venda avulsa do exemplar de dezembro que vem com o calendário, e será implementada a promoção de tênis Spira por valor hiperpromocional. Passem por lá!

SOBE E DESCE – O percurso da São Silvestre exige bastante dos corredores, sem contar o congestionamento nos primeiros quilômetros. Tem descidas íngremes e também fortes subidas, passando por pontos tradicionais de São Paulo, como o Viaduto do Chá, Avenida Pacaembu, Largo São Francisco, cruzamento da Avenida Ipiranga com a São João… A largada e a chegada ocorrem na Avenida Paulista, ponto de concentração antes e depois dos 15 km.
O início ocorrerá entre a Alameda Rocha Azevedo e a Rua Frei Caneca, na Avenida Paulista. Então, os corredores seguem para a Avenida Dr. Arnaldo e Rua Major Natanael, quando pegam uma descida íngreme e longa, contornam o Estádio do Pacaembu, passam pela Rua Desembargador Paulo Passalaqua e entram na Avenida Pacaembu. Então, viram à esquerda na Rua Margarida, Alameda Olga, Rua Tagipuru, Rua Fuad Naufel e Avenida Auro Soares de Moura Andrade, na região do Memorial da América Latina, retornando para a Avenida Pacaembu. Sobem e descem o viaduto e entram à direita na Avenida Marquês de São Vicente, Rua Norma Pieruccini Gianotti, Avenida Rudge e a subida mais íngreme de todo o trajeto, o Viaduto Orlando Murgel. Guarde energia e saiba correr nesse ponto para não faltar pernas lá na frente!
Então, a partir desse momento, é hora de entrar no Centro Velho de São Paulo. Avenida Rio Branco, Avenida Ipiranga, Avenida São João, Largo do Arouche, Avenida Vieira de Carvalho, Praça da República, novamente a Avenida Ipiranga e a São João (se olhar no mapa, esse percurso formará um "coração"), Largo do Paissandu, Rua Conselheiro Crispiniano, Ladeira Esplanada, Viaduto do Chá, Rua Líbero Badaró, Largo São Francisco (com a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo) e, então, virando à direita, a famosa e aguardada Avenida Brigadeiro Luis Antônio, com sua longa mas não muito forte subida, até entrar de novo à direita na Avenida Paulista. Esse é o ponto de comemorar. Alguns poucos metros e a chegada, em frente ao prédio da Fundação Cásper Líbero, no número 900 da Paulista.
Completar a São Silvestre é um momento único. A história se repete, sendo contada inúmeras vezes, mas todo corredor, experiente ou não, jovem ou veterano, já ouviu a frase: "Mas e a São Silvestre, já fez?". Mesmo depois de contar que completou uma maratona. Se uma tem 42 km e a outra 15 km, pouco importa para o imaginário popular: a tradição da prova paulistana a transforma em uma "ultramaratona".

SEGUNDA MAIOR – Em termos de números, hoje a São Silvestre também é grandiosa, chegando a 24.386 concluintes em 2014 e podendo beirar os 30 mil neste ano. A maior do mundo na distância de 15 km é a Zevenheuvelenloop (www.zevenheuvelenloop.nl), em Nijmegen, na Holanda, com 25.408 corredores no ano passado, de acordo com as estatísticas do Running USA (www.runningusa.com).
Os Estados Unidos são o país da corrida, certo? Com milhões de corredores, centenas de maratonas, mais de 2,6 milhões de pessoas completando uma meia-maratona em 2014, mais de 570 mil nos 42 km… porém, a maior norte-americana nos 15 km é a Gate River Run, em Jacksonville, com 15.512 participantes, ou seja, quase 10 mil a menos do que a brasileira, que terá mais um capítulo especial neste 31 de dezembro, com a confusão na largada, os fantasiados, gente caminhando, inscritos sem a menor condição física de correr 15 km, mas também os "canelas finas", pessoas chorando e rindo, enfim uma grande bagunça, mas inesquecível para quem participa!

CURIOSIDADES

A estreia
A primeira edição da São Silvestre, em 1925, contou com 60 inscritos. No dia 31 de dezembro, porém, apenas 48 largaram. De acordo com os registros históricos, 37 chegaram ao final com no máximo três minutos atrás do primeiro colocado! Agora, 90 anos depois, a prova busca quebrar a barreira dos 25 mil concluintes e o último colocado completará, aproximadamente, 3 horas após o vencedor!

Ano ruim
O pior resultado brasileiro na São Silvestre foi em 1972, com o 17º lugar de Irides Silva. O destaque individual foi o colombiano Victor Mora, vencedor da 48ª edição.

Limite de participantes
A São Silvestre é um grande sucesso de público e objeto de desejo há quase 60 anos. Com milhares de atletas querendo participar da prova, foi preciso limitar os participantes (este ano, as 30 mil vagas se esgotaram com quase 2 meses de antecedência, de acordo com a organização). Assim, a partir de 1948, foram realizadas seletivas pelo país. Cada estado tinha o direito de enviar o primeiro colocado dessa competição. A sede, São Paulo, ficava com 250 vagas. O restante era formado por estrangeiros, classificados também em seletivas ou por convites.

800 mil espectadores
Medalha de ouro nos 5.000 m, 10.000 m e na maratona dos Jogos Olímpicos de 1953 (único atleta a obter esse feito até hoje), Emil Zatopek, a Locomotiva Humana, da Tchecoslováquia, participou da prova de encerramento do vitorioso ano. De acordo com os organizadores e com base em registros da época, foi o maior público da São Silvestre (ou de um evento esportivo no Brasil) na história: 800 mil pessoas teriam saído às ruas para ver Zatopek voar pelo trajeto de São Paulo. (Veja seção "História" nesta edição)

Estreia em Brasília
Em 1958, a cidade de Brasília entrou para a história do esporte do Brasil ao realizar uma eliminatória para a São Silvestre. Essa foi a primeira prova esportiva da futura capital do país. A disputa foi prestigiada pelo presidente Juscelino Kubitschek, que deu o tiro de largada.

Homenagens
A edição comemorativa dos 50 anos de São Silvestre, em 1974, teve a participação de estrelas de 29 países e a homenagem a antigos vencedores. Receberam o troféu Cásper Líbero, entre outros campeões da prova, o tcheco Emil Zatopek, o brasileiro Sebastião Alves Monteiro, o uruguaio Oscar Moreira, o chileno Raul Inostroza, o finlandês Viljo Heino e os belgas Lucien Theys, Gaston Roelants e Henry Clerck.

A hora das mulheres
A prova segue rumo aos 100 anos, mas apenas em 1975 as mulheres chegaram à São Silvestre. Ou seja, completam, agora, 40 anos de participação. A vencedora foi a alemã Christa Valensieck, em grande disputa com a norte-americana Jackie Hansen. A presença ainda foi pequena: 17 mulheres inscritas, com 14 largando e 12 completando. Como comparação, na edição do ano passado, 6.252 mulheres concluiram os 15 km.

A festa de José João
Depois que a São Silvestre virou uma corrida internacional, trazendo grandes nomes do esporte, o Brasil sofreu um longo jejum. Foram 33 anos sem vitórias. Mas José João da Silva, na época com a camisa do São Paulo, quebrou a hegemonia estrangeira no dia 31 de dezembro de 1980 e repetiu o feito em 1985.

O reinado de Rosa Mota
Entre 1981 e 1986, a São Silvestre teve o incrível reinado de Rosa Mota, uma das maiores fundistas da história. A portuguesa foi hexacampeã da SS. Nesse período, ainda, ela conquistou a medalha de bronze da Olimpíada de Los Angeles em 1984 (na estreia das mulheres em Jogos Olímpicos nos 42 km) e foi bicampeã da Maratona de Chicago, entre outros feitos. Porém, em 1981, ainda pouco conhecida, Rosa Mota teve o primeiro lugar "ofuscado" pelo tetracampeonato do colombiano Victor Mora.

De tarde e direto do Equador
A São Silvestre foi disputada no período noturno, na passagem do ano, até 1989, quando teve a largada transferida para a tarde (às 15h15 no feminino e às 17h no masculino e geral). Essa edição colocou definitivamente o nome do equatoriano Rolando Vera nos registros. Isso porque o tetracampeão (1986 a 89) é o único atleta a chegar em primeiro lugar de noite e de tarde. Ganhou em 1988 (a última noturna) e 1989 (a primeira vespertina). Outro dado curioso é que a também colombiana Martha Tenório repetiu o feito, algum tempo depois. Após ter vencido em 1987 de noite, ela voltou a garantir o primeiro lugar em 1997, de tarde!

Vitória de Ronaldo da Costa
Depois de 9 anos da segunda vitória de José João, Ronaldo da Costa vence fácil a 70ª São Silvestre, em um ano glorioso, já que ele bateu em 1994, por duas vezes, o recorde sul-americano nos 21 km (1:01:03) e foi 3º no Mundial de Meia-Maratona.

Primeira campeã brasileira
Em 1995, pela primeira vez uma brasileira vence a SS: Carmem de Oliveira. Era nossa principal corredora (e ainda recordista sul-americana de maratona, com 2:27:41, conseguido em Boston 1994), mas pouco participava de provas no país. No ano seguinte, Roseli Machado tornou-se a segunda corredora a conseguir o feito.

A estreia de Paul Tergat
Em 1995, o simpático e competente queniano Paul Tergat ganha a São Silvestre pela primeira vez. Era o início de uma hegemonia histórica, com o pentacampeonato. Ganhou também em 1996, 98, 99 e 2000.

Quebrando um mito
O reinado de Paul Tergat teve uma barreira, em um dos momentos mais marcantes para o Brasil na São Silvestre. Em 1987, o paranaense Émerson Iser Bem fez o que poucos acreditavam: superou Tergat. Inclusive, foi a única derrota de Paul Tergat na prova! Quem acompanhou a disputa, até hoje se recorda do grande desempenho de Iser Bem, na verdade mais preocupado em ser o primeiro brasileiro (e ganhar um carro!) e superar Vanderlei Cordeiro de Lima, mas que na euforia acabou vencendo.

Tricampeonato de Marílson
Marílson Gomes dos Santos foi campeão na São Silvestre pela primeira vez em 2003. Depois, o brasileiro (bicampeão da Maratona de Nova York), voltou a brilhar em 2005 e 2010, tornando-se o primeiro atleta brasileiro tricampeão desde a fase internacional da Corrida de São Silvestre.

Pela manhã
Primeiro, a São Silvestre era noturna, depois, no período da tarde. E, desde 2012, passou para o horário da manhã, com largada às 9h para o público geral. Medida que ocorre até hoje e será repetida no dia 31 de dezembro de 2015.

Quase 25 mil
A 90ª edição da Corrida Internacional São Silvestre em 2014 teve 24.386 concluintes (18.134 homens e 6.252 mulheres), o recorde na história e o que a deixa como maior prova individual de corrida no Brasil. Como comparação, nos Estados Unidos, o "país da corrida", no ano passado, o principal evento de 15 km foi a River Run, em Jacksonville, com 15.512 corredores. Neste ano, a organização disponibilizou 30 mil vagas e informou que todas foram preenchidas. Teremos, então, um novo recorde? Vamos aguardar dia 31 de dezembro…

Fonte: Fundação Cásper Líbero e Contra-Relógio

Quadro
GALERIA DE VENCEDORES

Os campeões
1925 – Alfredo Gomes (Brasil)
1926 – Jorge Mancebo (Brasil)
1927 – Heitor Blasi (Brasil)
1928 – Salim Maluf (Brasil)
1929 – Heitor Blasi (Brasil)
1930 – Murilo de Araújo (Brasil)
1931 – José Agnello (Brasil)
1932 – Nestor Gomes (Brasil)
1933 – Nestor Gomes (Brasil)
1934 – Alfredo Carletti (Brasil)
1935 – Nestor Gomes (Brasil)
1936 – Mario de Oliveira (Brasil)
1937 – Mario de Oliveira (Brasil)
1938 – Armando Martins (Brasil)
1939 – Luiz Del Greco (Brasil)
1940 – Antônio Alves (Brasil)
1941 – José Tibúrcio dos Santos (Brasil)
1942 – Joaquim Gonçalves da Silva (Brasil)
1943 – Joaquim Gonçalves da Silva (Brasil)
1944 – Joaquim Gonçalves da Silva (Brasil)
1945 – Sebastião Alves Monteiro (Brasil)
1946 – Sebastião Alves Monteiro (Brasil)
1947 – Oscar Moreira (Uruguai)
1948 – Raul Inostroza (Chile)
1949 – Viljo Heino (Finlândia)
1950 – Lucien Theys (Bélgica)
1951 – Erik Krucziky (Alemanha)
1952 – Franjo Mihalic (Iugoslávia)
1953 – Emil Zatopek (Tchecoslováquia)
1954 – Franjo Mihalic (Iugoslávia)
1955 – Kenneth Norris (Grã-Bretanha)
1956 – Manoel Faria (Portugal)
1957 – Manoel Faria (Portugal)
1958 – Osvaldo Suarez (Argentina)
1959 – Osvaldo Suarez (Argentina)
1960 – Osvaldo Suarez (Argentina)
1961 – Martin Hyman (Grã-Bretanha)
1962 – Hamoud Ameur (França)
1963 – Henry Clerckx (Bélgica)
1964 – Gaston Roelants (Bélgica)
1965 – Gaston Roelants (Bélgica)
1966 – Alvaro Mejia Flores (Colômbia)
1967 – Gaston Roelants (Bélgica)
1968 – Gaston Roelants (Bélgica)
1969 – Juan Martinez (México)
1970 – Frank Shorter (Estados Unidos)
1971 – Rafael Tadeo Palomares (México)
1972 – Victor Mora (Colômbia)
1973 – Victor Mora (Colômbia)
1974 – Rafael Angel Perez (Costa Rica)
1975 – Victor Mora (Colômbia)
1976 – Edmundo Warnke (Chile)
1977 – Domingo Tibaduiza (Colômbia)
1978 – Radhouane Bouster (França)
1979 – Herb Lindasy (Estados Unidos)
1980 – José João da Silva (Brasil)
1981 – Victor Mora (Colômbia)
1982 – Carlos Lopes (Portugal)
1983 – João da Mata (Brasil)
1984 – Carlos Lopes (Portugal)
1985 – José João da Silva (Brasil)
1986 – Ronaldo Vera (Equador)
1987 – Ronaldo Vera (Equador)
1988 – Ronaldo Vera (Equador)
1989 – Ronaldo Vera (Equador)
1990 – Arturo Barrios (México)
1991 – Arturo Barrios (México)
1992 – Simon Chemwoyo (Quênia)
1993 – Simon Chemwoyo (Quênia)
1994 – Ronaldo da Costa (Brasil)
1995 – Paul Tergat (Quênia)
1996 – Paul Tergat (Quênia)
1997 – Emerson Iser Bem (Brasil)
1998 – Paul Tergat (Quênia)
1999 – Paul Tergat (Quênia)
2000 – Paul Tergat (Quênia)
2001 – Tesfaye Jifar (Etiópia)
2002 – Robert Cheruiyot (Quênia)
2003 – Marílson Gomes dos Santos (Brasil)
2004 – Robert Cheruiyot (Quênia)
2005 – Marílson Gomes dos Santos (Brasil)
2006 – Franck Caldeira (Brasil)
2007 – Robert Cheruiyot (Quênia)
2008 – James Kipsang (Quênia)
2009 – James Kipsang (Quênia)
2010 – Marílson Gomes dos Santos (Brasil)
2011 – Tariku Bekele (Etiópia)
2012 – Edwin Kipsang (Quênia)
2013 – Edwin Kipsang (Quênia)
2014 – Dawit Admasu (Etiópia)

As campeãs
1975 – Christa Valensieck (Alemanha Ocidental)
1976 – Christa Valensieck (Alemanha Ocidental)
1977 – Loa Olafsson (Dinamarca)
1978 – Dana Slater (EUA)
1979 – Dana Slater (EUA)
1980 – Heide Huterer (Alemanha Ocidental)
1981 – Rosa Mota (Portugal)
1982 – Rosa Mota (Portugal)
1983 – Rosa Mota (Portugal)
1984 – Rosa Mota (Portugal)
1985 – Rosa Mota (Portugal)
1986 – Rosa Mota (Portugal)
1987 – Marta Tenório (Equador)
1988 – Aurora Cunha (Portugal)
1989 – Maria del Carmen (México)
1990 – Maria del Carmen (México)
1991 – Maria Luisa Servin (México)
1992 – Maria del Carmen (México)
1993 – Helen Kimayio (Quênia)
1994 – Derartu Tulu (Etiópia)
1995 – Carmem de Oliveira (Brasil)
1996 – Roseli Machado (Brasil)
1997 – Martha Tenório (Equador)
1998 – Olivera Jevtic (Iugoslávia)
1999 – Lydia Cheromei (Quênia)
2000 – Lydia Cheromei (Quênia)
2001 – Maria Zeferina Baldaia (Brasil)
2002 – Marizete Rezende (Brasil)
2003 – Margaret Okayo (Quênia)
2004 – Lydia Cheromey (Quênia)
2005 – Olivera Jevtic (Sérvia)
2006 – Lucélia Peres (Brasil)
2007 – Alice Timbilili (Quênia)
2008 – Yimer Wude Ayalew (Etiópia)
2009 – Pasalia Kipcoech Chepkorir (Quênia)
2010 – Alice Timbilili (Quênia)
2011 – Priscah Jeptoo (Quênia)
2012 – Maurine Kipchumba (Quênia)
2013 – Nancy Kipron (Quênia)
2014 – Ymer Wude Ayalew (Etiópia)

Veja também

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