Notícias Redação 28 de fevereiro de 2018 (0) (90)

1.176 brasileiros completam a Maratona de Buenos Aires

Com várias novidades, a Maratona Internacional de Buenos Aires foi disputada no dia 15 de outubro e comprovou na prática porque a cada ano mais brasileiros têm se deslocado para correr os 42 km na capital argentina. Neste ano, houve a inclusão das baias de largada com controle de tempo e fiscalização de entrada, um dos problemas de edições anteriores.
Mas a alteração principal foi em relação ao percurso. Devido a obras na cidade, foram necessárias mudanças, principalmente na região do Porto e de Puerto Madero, o que reduziu sensivelmente os retornos e vaivéns, deixando a prova ainda mais rápida e gostosa de correr. Os corredores ouvidos pela Contra-Relógio, que já tinham experiência em Buenos Aires, foram unânimes em dizer que o trajeto atual foi o melhor que participaram. Entre as principais novidades, agora, na reta final da maratona, foi incluindo o Estádio Monumental de Nuñez, do River Plate.
No restante, o trajeto faz um grande (e belo) passeio turístico pela capital argentina, na maior parte em avenidas largas e com espaço para correr, incluindo Belgrano (ponto de largada e chegada), bosques de Palermo, Recoleta, Avenida Nove de Julho, Teatro Colón e Obelisco, Aeroparque, Casa Rosada e Plaza de Maio, Puerto Madero e La Boca (incluindo o estádio do Boca Juniors).
Como já havia ocorrido na meia portenha, realizada em setembro, houve uma melhor separação (e com controle) de baias na largada. Pulseiras foram entregues na hora de retirar o kit (integrantes do staff apresentavam os ritmos propostos e o corredor informava em qual iria correr, recebendo uma pulseira de cor específica ao ritmo. Ainda sem comprovação de tempo, mas um avanço). No dia da corrida, os entrevistados pela CR também informaram que realmente só entrava nos locais de largada quem tinha a pulseira da cor determinada. Hidratação média de 2,5 em 2,5 km (água e isotônico) foram outros pontos de destaque.
Apenas o clima mais quente do que o normal em Buenos Aires chegou a prejudicar os corredores, principalmente os mais lentos. Mesmo assim, o nível técnico foi forte, tanto que o queniano Barnabas Kiptum bateu o recorde da prova com 2:09:48, enquanto no feminino a vitória foi da etíope Amelework Bosho, com 2:35:32.
Com três posições das seis no pódio, os brasileiros dominaram o Campeonato Ibero-Americano de Maratona, disputado simultaneamente. O primeiro colocado foi Antonio Wilson Sousa Lima, com 2:17:42, seguido pelo equatoriano Marco Erazo (2:23:02) e por Laurindo Nunes Neto, com 2:23:06. Andreia Aparecida Hessel foi a campeã, com 2:39:38, recorde pessoal, seguida da argentina María Urrutia (2:46:51) e da peruana Rosa Romero (2:51:18).
Caso tenha se interessado em correr a Maratona de Buenos Aires em 2018, a prova tradicionalmente ocorre no segundo ou terceiro domingo de outubro, com as inscrições sendo abertas no dia 1º de janeiro. Vale acompanhar pelo site oficial e pelo site/redes sociais da Contra-Relógio, que informaremos o processo assim que estiver confirmado.
Mais informações em www.maratondebuenosaires.com.

 

Invasão brasileira

Em números gerais, houve uma redução no total de corredores que terminaram a Maratona de Buenos Aires neste ano, apesar do crescimento do total de inscritos divulgados pela organização, a Associação Nandu. Pelos dados passados à Contra-Relógio pelo Clube de Corredores, responsável pela cronometragem, foram 8.151, o que a mantém como a maior da América do Sul. Na prova de 2016, tinha sido registrado o recorde de 9.583 concluintes.
O que chama a atenção é o total de brasileiros: 1.176 completando os 42 km, o maior número até agora, contra 948 em 2016. E praticamente um mês atrás, no dia 10 de setembro, na Meia de Buenos Aires, foram 1.344 concluintes do país!
Confira os resultados completos da Maratona de Buenos Aires em www.clasificacionmaratones.com/results42k.

 

DEPOIMENTOS

O melhor percurso
"A Expo melhorou muito. Cheguei na sexta-feira às 18h e fui diretamente do aeroporto. Tudo sem filas, camiseta bonita, várias lojas, estande da Adidas caprichado, palestras, totens para fotos… No dia, currais de largada fechados por grade com fiscalização, guarda-volumes funcionando superbem, largada pontual. O novo percurso melhorou a prova, diminuiu o vaivém de Puerto Madero consideravelmente. Muitas atrações no percurso. Os últimos 7 km pela Costanera, com o visual do Rio da Prata, deixou o trajeto muito agradável. A subida do km 41, uma das novidades neste ano, é leve, nada que atrapalhe se você estiver bem. O percurso deste ano foi o melhor dos quatro que já fiz lá. E a organização também. Água nos km 5 e 10, depois, água e isotônico a cada 2,5 km. Em alguns postos, a água vinha em garrafas, em outros, em copos abertos. Houve ainda quatro pontos de frutas."
Marcel Pracidelle, de São Paulo

Largada organizada
"Gostei muito do percurso, considerei mais rápido do que o de 2013, por ter menos curvas e, mesmo a ponte no final, achei bem tranquila. Corre-se sozinho em algumas partes, mas isso já é sabido. O vento que poderia ser um problema esteve fraco e ajudava até a resfriar o ‘radiador'. O calor pegou principalmente no final, corremos em um dia bem ensolarado. Largamos com uns 15°C e clima agradável, com muitas sombras, mas a partir do km 15 começou a complicar. Em termos de organização, as baias de largada tinham efetivo controle de entrada. Apenas uma problema que vejo: na feira, você pegava a cor de pulseira e ritmo que quisesse, sem comprovação de tempo. Porém, apenas pelo fato de ter essa medida, já foi um avanço. Hidratação básica e competente. A camisa da prova achei bem mais bonita ao vivo do que no site, mas o corte era maior, mais comprido do que o padrão normal no Brasil. Medalha muito bonita e com top 1000. A expo, em termos de preços, segue não valendo a pena comprar, já que encontramos com valores similares e até mais baratos no Brasil. Na comemoração do pós-prova, as empanadas e vinhos continuam muito bons!"
Ricardo Mizumoto, de São Paulo

Falta a cidade participar
"Minha comparação é com Santiago (Chile) para a expo. A de Buenos Aires valeu pela loja da Adidas, que tinha produtos com 20% de desconto e algumas promoções. Além disso, a feira contou com estandes de roupas, suplementos, de outras provas, como a da Maratona de Roma. Mas, tirando a Adidas, os valores não chamaram a atenção. Para pegar o kit, escolhi a fita de ritmo de largada sem comprovar tempo e retirei a camisa bem tranquilamente. A vantagem de a feira ser próxima do ponto de largada da maratona neste ano também achei positivo. Somente se entrava na baia de largada com a pulseira da cor correspondente. Assim, desde o início, foi possível correr no ritmo planejado. O trajeto é fantástico; plano, sem vaivém, alguns viadutos, mas nem se consideram subidas. Porém, poucas pessoas nas ruas. Apenas a partir do km 28 é que havia um maior público. Falta ainda a cidade abraçar a maratona. Muitos motoristas de Uber com quem conversei nem sabiam da prova. Na chegada muita gente, uma grande festa, extremamente organizada, tudo funcionando muito bem."
Claiton Lenz, de Lajeado

Reforço na hidratação
"Organização impecável, largada pontual, às 7h, baias bem controladas. Por ser Buenos Aires e esperarmos tempo frio, o calor pegou e a organização fez o que devia fazer: aumentou a hidratação e colocou bombeiros com mangueiras na segunda metade da prova em vários pontos, aliviando o calor! O clima do pós-prova, em um grande parque aberto, é um convite à confraternização e conversas com os amigos."
Thiago Damasceno, de Goiânia

Um belo passeio
"Fui buscar meu kit na sexta e achei bem organizada a expo. O atendimento foi muito rápido e eles estavam preparados para resolver um ‘problema' de muitos corredores: o esquecimento de preencher o termo de responsabilidade. Havia uma pessoa com o termo em branco e canetas por todos os lados para ajudar com o documento. Várias lojas de roupas, suplementos, equipamentos etc. O ponto fraco foi a loja da Adidas, que não tinha qualquer produto específico da maratona. Não vendiam camisetas, blusas ou qualquer lembrança dos 42 km.
A prova é belíssima, passa por diversos pontos turísticos e tradicionais na cidade, incluindo os dois estádios dos clubes mais tradicionais (Boca Juniors e River Plate) A maratona não é 100% plana, como eu esperava. Existem uns 3-4 viadutos com subidas leves, mas concentrados nos primeiros dez quilômetros. Há outra subida por volta do km 39/40, a mais inclinada de todas. O clima estava bom durante a prova, largamos com 14°C e terminamos com 22-23°C. Nos trechos onde ficamos próximos ao Rio da Prata, o vento contra atrapalhou um pouco.
A hidratação para mim foi excelente, com água de 5 em 5 km e isotônico entre os postos de água, ou seja, tudo de 2,5 em 2,5 km. Nos primeiros, a água era servida em garrafa e da metade para frente, em copos. Outro ponto positivo: vários postos de comida; serviram bananas, laranja e balas de goma.
Para fechar, a chegada muito organizada, com apoio médico rápido. Entrega de medalhas bem eficiente. Foram bastante ágeis para distribuir as medalhas especiais de top 200 e top 1000 e as normais."
Manoel Pedrosa, de Santana de Parnaíba

 

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