A K42 Bombinhas reuniu corredores de 15 estados brasileiros e do exterior, principalmente uruguaios e argentinos, na quarta edição, realizada no último sábado no litoral de Santa Catarina. Foram 713 concluintes. A prova marcou o tetracampeonato de Giliard Altair Pinheiro, primeiro colocado com 3h09. No feminino, a argentina Adriana Vargas não só venceu a prova como superou o melhor tempo do percurso, com 4h09.

A maratona teve duas metades bem diferentes nesta edição. Nos primeiros 21 km, a lama deixou muito escorregadia tanto a subida quanto a descida do Morro das Antenas, exigindo demais da técnica e da atenção dos corredores. Houve até chuva. Já nos outros 21 km, o piso estava seco, mas nessa parte o desafio foi a altimetria, com longas e íngremes subidas, além do costão na beira-mar. Quem teve mais resistência, se saiu melhor.

Giliard liderou desde o início. Natural de Bombinhas, o campeão conhece as trilhas como poucos, o que fez a diferença neste ano, quando enfrentou um perseguidor implacável, o triatleta Alexandre Manzan, que manteve um ritmo constante durante os 42 km, terminando na segunda posição na sua estreia em maratonas trail-run.

Giliard não bateu o recorde da prova, mas manteve a invencibilidade no K42 Bombinhas, ganhando novamente o direito de participar da etapa final do Circuito K42, em novembro, em Villa La Angostura, na Patagônia argentina. “Treinei 50 dias para esta edição. Saí para bater o recorde (3h07, de 2009, no primeiro ano), mas não deu. Porém, fiquei muito feliz por ter defendido o título, ainda mais pela disputa com o Manzan, um atleta de elite acostumado a enfrentar provas difíceis.”

A argentina Adriana Vargas assumiu a primeira posição por volta do km 21 e a partir daí acelerou tanto nos trechos planos quanto nas trilhas para vencer com o tempo recorde (a melhor marca até então era 4h10, da carioca Rosália de Camargo, no ano passado). Natural de Córdoba, a campeã veio pela primeira vez ao Brasil e elogiou as duas características básicas da K42 Bombinhas: as belezas naturais e as dificuldades. A melhor brasileira foi Cilene dos Santos, na segunda posição, com 4h13.

Leia a cobertura completa na edição de setembro da Contra-Relógio e saiba mais no podcast Contra-Relógio no Ar desta quarta-feira.

Mais informações e resultados completos no site oficial.