28 de setembro de 2024

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Entrevista com AMANDA APARECIDA DE OLIVEIRA

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POR JOSIANY SALACHE | @josianysalache @corridanaredepodcast

A atleta Amanda Aparecida de Oliveira, da equipe Elite Runners, foi a brasileira mais bem colocada na Maratona do Rio, completando os 42km da prova com o tempo de 02h39min59s – recorde pessoal na distância, com apenas seis segundos atrás da etíope Betelhem Moges, campeã da disputa.

Natural da cidade Mercês, Minas Gerais, Amanda Oliveira, de 27 anos, é praticamente uma estreante em maratonas, sendo agora apenas a segunda que a atleta competiu na carreira. Vale lembrar que, ano passado, em 2023, a mineira foi a melhor brasileira,  também na Maratona do Rio, porém, ocupando a terceira colocação geral, com 2h46min40s. 

Nessa entrevista concedida para o site da Contra-Relógio, e estreando aqui também o nosso quadro de entrevistas com atletas de elite, Amanda Oliveira contou um pouco mais sobre a sua recente conquista na Maratona do Rio, curiosidades, rotina de treinos e seus planos futuros na corrida de rua. Confira: 

CR: Como foi sua prova na Maratona do Rio? Tinha como meta estar no pódio?

A Maratona do Rio foi uma prova inesquecível pra mim. Tinha sim como meta subir no pódio. Treinei para isso, me dediquei, me empenhei o máximo. Sabia que as adversárias eram todas mais experientes que eu. Essa também foi a minha segunda maratona e eu fiquei “muito muito” feliz com o resultado. É sinal que estamos no caminho certo e temos muito a evoluir!

CR: Como é a sua rotina de treinos? 

A minha rotina de treinos é seis vezes por semana, com uma folga, ou no sábado ou no domingo. Eu faço duas vezes treinamento de força e a rodagem semanal depende do objetivo, né? Na maratona, o máximo que eu já cheguei foram 160 km, mas varia entre 140 e 120, 100 km, dependendo do objetivo.

CR: Tem alguma dieta especial? Usa suplementos para melhorar o seu desempenho? 

Minha alimentação é bem especial, mas eu como de tudo. Porém, evito doces, gosto muito de legumes, frutas, carboidratos bons como batata, inhame e mandioca. Não sou muito de comer frituras. Eu utilizo sempre suplementos mais conhecidos mesmo, como Whey Protein, ômega 3, creatina e glutamina.

CR: Como e quando você começou a disputar provas de corrida de rua?

Eu sempre fui uma pessoa apaixonada por esportes. Jogava futsal, dançava e jogava vôlei… tudo que tinha de esporte na escola ou na quadra eu participava. Então, com 13 anos de idade, um policial da minha cidade fez um convite na escola para a gente participar de uma corrida que ele ia organizar. Eu aceitei o convite e fui… disputamos uma prova de 3 km. É uma distância bastante alta para quem nunca correu! Tinha umas 25 pessoas na prova, entre homens e mulheres juntos, na idade de 13 a 15 anos, e eu ganhei de todo mundo na minha primeira corrida, até dos meninos! Então, eu fiquei surpreendida… vi que tinha talento para aquilo! Eu lembro que saiu todo mundo muito rápido. E, chegou no morro ali de um bairro que tinha uma subidinha e todo mundo foi “afrouxando”, ficando cansado, eu lembro que eu não parei nem um minuto nessa corrida… eu cheguei bem cansada, mas ali eu já vi que eu era resistente!

CR: Qual seu próximo desafio?

Troféu Brasil de Atletismo, em São Paulo, no final do mês.

CR: Suas inspirações:

As minhas maiores inspirações de vida são o meu papai e a minha mamãe. Eles que me levantam todo dia com sua força, coragem, determinação e trabalho.

CR: Como vê o esporte (Atletismo) no Brasil.

No Brasil, o atletismo deveria ser um pouco mais valorizado, porque às vezes a gente tem muito talento desperdiçado, mas não tem investimento necessário para pegar o atleta, levar para um camping, “ficar só por conta de treinamento”, mas hoje eu posso falar que eu tenho um apoio muito melhor, porque quando eu comecei era eu contra eu mesmo e se a gente não fizer a nossa parte ninguém vai fazer –, era eu que comprava os meus tênis, pagava as minhas viagens e ia nas “corridas de dinheiro” para me manter. Hoje eu agradeço imensamente a minha equipe (Elite Runners), que é o meu suporte maior, e os meus patrocinadores tenho agora, que são a Fila e o Sicoob Guaranicredi.

CR: Mensagem final da atleta.

Quando você tem um sonho, tem uma meta, não desista, vá atrás! No caminho, você vai encontrar muitos desafios, muitos obstáculos! Mas só você mesmo conseguirá superar tudo isso! O caminho pode ser difícil e doloroso, mas a conquista é para sempre!

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Josiany Salache é jornalista apaixonada por esportes, corredora de rua e Host do Podcast Corrida Na Rede @corridanaredepodcast

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