Blog do Corredor Redação 18 de outubro de 2023 (0) (5689)

Viajar para correr ou correr para viajar?

or GISA OLIVEIRA | @runnergisa

Em dois finais de semana, fiz duas viagens para correr. E, na volta de uma delas, refleti bastante sobre oportunidades e o quão longe a corrida tem me levado.

No final de semana do dia 24, aconteceu a 1ª edição da Maratona de Criciúma, SC, e eu só cheguei até lá porque uns meses antes fui apresentada aos responsáveis pela organização da prova, quando estava na retirada de kit da Maratona de Ponta Grossa, PR. Ou seja, aconteceu um networking entre estados e eu estava no lugar certo na hora certa, porque a corrida me levou até lá.

Foi uma experiência muito bacana chegar em uma cidade totalmente desconhecida pra mim, mas, ao mesmo tempo e pelo acolhimento das pessoas, eu me senti em casa. Criciúma teve sua primeira maratona e eu tive o privilégio de estar lá pra ver de perto a emoção dos corredores da cidade em poder participar da prova.

Eram quatro distâncias (5 km, 10 km, 21 km e 42 km), eu completei meus 10 km e fiquei na chegada assistindo os corredores dos 42,195 km completarem suas primeiras ou mais maratonas da vida. Ali eu sorri e chorei junto com eles. Só quem já viveu essa experiência de correr uma maratona sabe a mistura de alívio e felicidade que é cruzar a linha de chegada.



Quatro dias se passaram e eu embarquei para o Rio de Janeiro, rumo a 3ª edição da Meia do Cristo, uma prova desafiadora, com duas distâncias, 10 km e 21 km. Mais uma vez, minha participação foi nos 10 km, dessa vez buscando realizar o sonho de subir até o Cristo Redentor correndo.

E lá fui eu, acordei às 3h30 de uma madrugada bem chuvosa. O desafio já começou em tomar coragem de sair da cama quentinha pra correr na chuva.

Minha largada foi pouco depois das 5h30 da manhã. Nessa hora a chuva apertou, ventava bastante cada vez que ficava mais alto e a visibilidade era pouquíssima. Ou seja, não vi o Rio de Janeiro de cima (era essa a intenção), mas nada tirou meu foco de completar a prova e chegar aos pés do Cristo. Detalhe, passando a linha de chegada, ainda tinha mais de 200 degraus para chegar nele. Lá em cima ventava muito mais, mas a emoção de estar ali não tinha tempo ruim pra me parar ou tirar meu sonho.

Resumidamente, sobre o título “Viajar para correr ou correr para viajar?” é muito sobre onde a corrida tem me levado e as oportunidades que ela vem me proporcionando ao longo desses anos!

Sigo por aqui, correndo, de malas prontas para a próxima viagem! Até mais…


Gisa Oliveira é chef de cozinha. criadora de conteúdo digital para marcas esportivas, lifestyle e gastronomia, corredora de rua e embaixadora da ASICS Brasil.

@runnergisa

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