21 de setembro de 2024

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Especial admin 4 de outubro de 2010 (0) (123)

Manias de corredor: cada um tem as suas

 

O executivo paulista Rodrigo Dante, corredor há apenas um ano, sempre treina em ritmo musical. "É minha forma de me concentrar, o ritmo rock'n'roll me deixa ligado. Escolhi essa fonte para me animar no treino, que também não pode faltar de forma alguma na largada; fica muito mais excitante correr com rock." Opinião semelhante é a da empresaria na área de restaurante, Sandra Miqui, que já fez uma São Silvestre, mas que prefere atualmente as provas de até 10 km. Ela insiste que não consegue correr sem seu Ipod. "Logo que desperto estou ligada em música e na minha biblioteca musical tem todos os gêneros. Eu ouço no nível médio para altíssimo; ligo antes de começar os alongamentos. É mais que uma mania, virou ritual."

Orgulhoso por possuir várias manias, o jornalista Arnaldo Francisco de Sousa, corredor há dez anos, destacou: "Corro sempre com o mesmo tipo de meias, aquelas com elástico no meio". Observou que se sente seguro com elas e que sempre tem vários pares do mesmo tipo, "para não ter imprevistos e machucados nos meus pés." Nos dias de corrida Arnaldo é ainda mais detalhista, demorando mais de uma hora para se preparar. "Se a corrida é às 8 horas, acordo às 5h30 para preparar o café e comer somente o que estou acostumado, e que sempre inclui um suco antioxidante que demora quinze minutos para ser feito." Após esse ritual, que já leva uma década, Arnaldo ainda tem a preocupação de chegar sempre uma hora antes da largada, "para estacionar no local próximo da saída, para quando a prova acabar não enfrentar problema para sair."

Ao contrário de Arnaldo, a empresaria Roberta Gatuso leva a corrida com descontração: "Odeio treinar sozinha, a corrida é minha sala de estar; quando estou treinando tenho a mania inesgotável de conversar e colocar as fofocas em dia. Sem isso não é possível começar o treino. Alongo conversando, aqueço falando, corro conversando. Não dá para separar, sou naturalmente tagarela, essa é minha mania!" Do mesmo grupo de corrida de Roberta, o paulista Rogério Andrade, representante comercial, tem o seu ritual quase britânico. É o chá antes do treino. "Faço isso há anos, virou uma mania, não saio para treinar sem antes tomar meu chazinho das cinco… das cinco da manhã!"

Quem também tem mania relacionada com a alimentação é o alagoano Tito Francisco da Silva Filho, que possui um hábito comum, mas ao mesmo tempo uma combinação estranha. "Sempre pela manhã como bananas, mas sem acompanhamento de nada, apenas tomando goles de água." Tito que corre desde 2005, tem o hábito de correr com a cabeça quase colada no ombro direito. "Tento mudar, mas não consigo", fazendo lembrar nossa atleta de elite Márcia Narloch, que tinha esse estilo de correr.

 

Cheio de manias. Desde 1990, o empresário Alberto Banach é um apaixonado pelas corridas de rua. Começou caminhando, passou para provas curtas e foi avançando até a maratona. Alberto se reconhece como um verdadeiro excêntrico e destaca algumas de suas muitas manias: "Sempre coloco na camisa de competição o nome de meus filhos ao contrário NivekNerak – Kevin Karen." Quando lhe perguntam o significado, Alberto brinca que NivekNerak é um pensamento do Talmut".  Banach é de origem judaica e sempre se compromete a ir a uma sinagoga na cidade da maratona em que vai correr. "Mas percebi que acabo nunca indo e que virou uma mania também não cumprir essa promessa."

Apesar de experiente, continua não conseguindo dormir direito na noite que antecede uma prova importante, e que leva sempre o pijama da corrida anterior para dormir na tarde do evento. Alberto correrá a terceira maratona em Paris e irá na mesma pizzaria que foi em 98 e em 2000. "Essa será minha 26ª maratona e seguirei o meu roteiro; sempre tomo o café da manhã no dia da corrida na caneca da última que participei – desta vez levarei a caneca de Chicago!"

Para finalizar, a vendedora Karina Taques tem uma das manias mais atuais: twittar. "Fora minha mania de no dia da prova trocar o café da manhã pelo Gu, eu agora tenho o vício de twittar tudo que acontece na corrida e no treino. Os meus amigos e amigas corredoras ficam sabendo em primeira mão!" Terminada a micro entrevista, ela já estava disparando ao seu grupo que estaria na CR de março…

 

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