Notícias André Savazoni 31 de janeiro de 2020 (0) (140)

World Athletics modifica regras de tênis e proíbe protótipos nas corridas

A World Athletics anunciou nesta sexta-feira (dia 31) uma alteração nas regras que regem os tênis de competição (dos atletas de elite). As modificações foram aprovadas pelo Conselho Mundial de Atletismo, após a recomendação do grupo de estudos que analisou o caso.

Assim, a partir de 30 de abril de 2020, qualquer tênis deve estar disponível para compra por qualquer pessoa no mercado aberto (on-line ou em lojas físicas) por um período de quatro meses, antes de poder ser usado em competição oficial que siga as regras na World Athletics.

Com essa alteração na regra, caso o tênis não esteja abertamente disponível a todos, por no mínimo 4 meses, será considerado um protótipo e vetado das competições.

Exemplificando, o Vaporfly da Nike está liberado, mas o Alpha Fly, por exemplo, que Eliud Kipchoge (FOTO) usou no Ineos (sub 1h59 nos 42 km), não.

A World Athletics informou ainda que se houver suspeitas de que um tênis ou tecnologia específica possa não estar em conformidade com as novas regras, ele pode ser enviado para estudo e proibido enquanto estiver em análise.

Além disso, com efeito imediato, há algumas mudanças por tempo indeterminado, que os tênis têm que seguir:

A sola não deve ter mais de 40 mm de espessura.

O tênis não deve conter mais de uma placa ou lâmina rígida incorporada (de qualquer material) que percorra todo o comprimento ou apenas parte do comprimento do calçado. A placa pode estar em mais de uma parte, mas essas partes devem estar localizadas sequencialmente em um plano (não empilhadas ou em paralelo) e não devem se sobrepor.

A sola não deve ter mais de 30 mm de espessura.

O árbitro das competições terá o poder de solicitar que um atleta forneça imediatamente os tênis para inspeção, após a conclusão de uma prova, em caso de suspeita de violação das regras.

A World Athletics concluiu que “há pesquisas independentes que indicam que a nova tecnologia incorporada nas solas dos tênis das provas de rua e dos cravos nas pistas podem fornecer uma vantagem de desempenho e existem evidências suficientes para levantar preocupações de que a integridade do esporte está sendo ameaçada pelo desenvolvimentos recentes dessas tecnologias”.

Por isso, apesar das mudanças nas regras, houve a recomendação da entidade de mais pesquisas para definir o verdadeiro impacto dessa tecnologia e um novo grupo de trabalho será formado, incluindo especialistas em biomecânica.

Veja também

Leave a comment