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Notícias André Savazoni 17 de fevereiro de 2019 (0) (142)

Viviane Lyra vence os 50 km da Copa Brasil de Marcha Atlética com recorde

A marchadora Viviane Santana Lyra (FECAM-PR) venceu os 50 km da Copa Brasil Caixa de Marcha Atlética, neste domingo (dia 17), em Bragança Paulista, com o tempo de 4:37.05.

A carioca comemorou muito o resultado que é o novo recorde brasileiro da prova – a marca anterior pertencia a Nair Rosa (4:38:48, obtido em Sucúa, no Equador). Nair (AABLU-SC) foi a segunda colocada na competição.

No masculino, Claudio Richardson Santos (AABB Currais Novos-RN) conquistou a decacampeonato dos 50 km (4:30:03), com Rudney Dias Nogueira (USIPA-MG), ficando em segundo (4:55.46).

Os dois primeiros colocados no feminino e no masculino garantiram participação na Copa Pan-Americana, que será disputada dia 20 de abril, na cidade mexicana de Chihuahua, uma das referências da marcha no mundo.

Viviane ficou surpresa com o tempo para esta época do ano. “Fiz 4h41 no Troféu Brasil e não esperava baixar tanto o meu tempo. Fico feliz porque sei que estou no caminho certo. Uma marca dessas no início da temporada é muito boa e vou continuar trabalhando para evoluir. Também quero fazer os 20 km da Copa Brasil, dia 17 de março, no Balneário Camboriú. Por enquanto, estou fazendo as duas distâncias.”

Viviane tem 25 anos, nasceu no Rio de Janeiro, e conheceu a marcha numa competição da Escola Ramis Galvão, aos 12 anos. “Como não tem competição de marcha no Rio comecei a fazer os 3.000 m com obstáculos, mas no Evento Teste para os Jogos Olímpicos, em 2016, voltei a marchar. Cometi, fui bem e… não adianta: a marcha está no meu coração.”

O potiguar Claudio Richardson dos Santos conquistou o seu décimo título da competição (2000, 2002, 2003, 2004, 2009, 2010, 2011, 2013, 2014 e 2019. Claudio é dono também da melhor marca da Copa Brasil, obtida em Timbó (SC), em 2009, com 4:04:46. José Alessandro Bagio (FME Timbó-SC), bicampeão da Copa Brasil, desistiu.

“Foi uma prova dura, muitos atletas quebraram, mas estou bem satisfeito”, disse Claudio, de 42 anos, há 22 na marcha. “Agora vou treinar, com o professor Judson José de Lima, ir a Copa Pan-Americana e tentar fazer uma marca para ir aos Jogos Pan-Americanos.”

O decacampeonato de Cláudio Richardson certamente será um dos assuntos da semana em Currais Novos, especialmente no Salão Charme e Beleza, que o marchador tem na cidade em sociedade com a Jucilene e mais uma amiga. “Os clientes ficam sabendo, perguntam e começam a torcer pela marcha, pelas vitórias e o sucesso dos marchadores. Eles começam a conhecer o esporte e as dificuldades que o marchador enfrenta.” Claudio Richardson divide as funções de cabeleireiro com os treinos diários. “Tentei dar um tempo, mas fica um tédio. Voltei a treinar.”

O primeiro vencedor da Copa Brasil de Marcha, em 1989, Cícero Sabino de Moura, de 61 anos, esteve em Bragança Paulista para assistir à prova. Nasceu na Paraíba, morou a maior parte da vida em São Paulo e se naturalizou italiano – competiu os Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, pela Itália, onde atuou no Clube Salerno por 12 anos. “A marcha era uma prova muito discriminada quando competi na primeira edição da Copa Brasil. Que bom ver que isso mudou.”

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