20 de setembro de 2024

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Sem categoria André Savazoni 22 de setembro de 2014 (3) (139)

Violência no trânsito e os corredores, triste realidade no Brasil

Os números da violência no trânsito sobem ano após ano no País. Hoje, as vítimas fatais já são superiores, inclusive, às mortes de câncer ou de armas de fogo. A morte por atropelamento do corredor Álvaro Teno, na USP, no mês passado, reforçou essa discussão, que levantamos na Contra-Relógio no editorial deste mês de setembro e na edição de outubro.

Pensando nisso, o blog foi ouvir uma psicóloga, além de corredores e treinadores de diversas cidades brasileiras (Belo Horizonte, Campinas, Cuiabá, Porto Alegre, Curitiba, Brasília e Rio de Janeiro), para mostrar como é essa difícil relação, mostrando os exemplos positivos e negativos. Assim, nos próximos dias, a partir de hoje, contaremos uma dessas histórias por dia.

Vamos começar essa série com Cuiabá, em uma conversa com o treinador e corredor Fernando Góis, da FG Assessoria Esportiva.

Cuiabá-MT

“Infelizmente, Cuiabá hoje conta com pouquíssimos pontos para treinos de corrida de rua. Há três parques na cidade (Mãe Bonifácia, Massairo Okamura e Zé Bolo Flô) sendo que nenhum tem iluminação noturna, falta policiamento… O que apresenta a melhor estrutura para treinos é o Mãe Bonifácia.

Pistas em funcionamento, atualmente, nenhuma, pois todas foram fechadas para reformas antes e após a Copa do Mundo (a cidade foi uma das 12 sedes do Mundial de futebol entre junho/julho) e até o momento ainda não foram liberadas ao público. Outro local que a população está usando para treinos é em torno da Arena Pantanal, construída para a Copa, sem estrutura nenhuma como banheiros e bebedouros. O projeto de uma pista emborrachada na Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) era para antes da Copa e até o momento ninguém sabe quando ficará pronta e nem como irá funcionar.

Nas ruas devemos tomar todo o cuidado, como em quase todas as capitais do Brasil, pois o respeito ao ciclista e corredor é mínimo. Não se tem nenhuma via fechada pelo poder público para treinos no final de semana. Projetos existem, mas até agora nada!

Só nos resta tomar todo o cuidado para treinos em ruas, escolhendo horários e dias de menos tráfego. E procurar percursos mais afastados como estradas de chão e até mesmo Chapada dos Guimarães, distante 65 km de Cuiabá para longões!”

Fernando Góis, treinador da FG Assessoria Esportiva, de Cuibatá-MT

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3 Comments on “Violência no trânsito e os corredores, triste realidade no Brasil

  1. Olá,

    Puxa, Niterói/RJ estava precisando uma reportagem desse tipo. Aqui, a coisa não anda bem “literalmente”.

    Abs!!!

  2. Savazoni,
    acho importante mencionar as festas que acontecem na USP às 6as feiras e terminam nas manhãs do Sábado, quando vamos correr. Resultado: várias pessoas bêbadas saindo para dirigir, sem qualquer fiscalização (blitz). Num desses finais de semana um sujeito entrou com o seu carro em cima de 3 carros estacionados em frente ao MPA. Neste final de semana (após a festa que teve este garoto desaparecido), uma outra pessoa perdeu o controle do seu carro, bateu na guia em frente à praça do relógio, simplesmente trancou o carro e foi embora.
    A USP está cada dia mais perigosa para corrermos.
    Abs,
    Juliano

    ————

    Ótimo complemento, Juliano. Obrigado
    Abraço
    André

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