Hoje a conversa é com o maratonista Felipe Arakawa, sobre a situação em Campinas, no interior de São Paulo, na série sobre a violência no trânsito e os corredores.
Clique nos nomes das cidades e veja as três primeiras reportagens da série: Cuiabá, Rio de Janeiro e Curitiba.
Campinas-SP
“Aqui em Campinas, quando se pergunta a um esportista amador sobre a infraestrutura de treinamento, a maioria diz ter um sentimento misto, de revolta e gratidão. Comigo é assim também. Existem vários lugares para se treinar corrida, por exemplo, como o Parque Portugal (Lagoa do Taquaral), Parque Ecológico, Bosque dos Jequitibás e Pedreira do Chapadão. As estruturas não são das melhores, sempre tem algo pendente, seja na iluminação, no calçamento e, principalmente, na segurança, mas a gente acaba agradecendo por ter este mínimo, em comparação com outras cidades.
Aos domingos, a prefeitura fecha a avenida que contorna a Lagoa do Taquaral, e ao mesmo tempo funciona a ciclofaixa, o que acaba gerando certa confusão entre ciclistas e pedestres, pois uma boa parte do percurso é mista, o que força alguns corredores a preferir o sábado, mesmo com a avenida aberta, optando por correr na calçada e na pista interna (terra batida).
Como na maioria das cidades, a relação entre ciclistas, pedestres e motoristas não é das melhores. Não é raro a gente ficar sabendo de algum atropelamento, principalmente envolvendo ciclistas. O trânsito de Campinas tem fama de ser violento. No geral, a situação é ruim: alguns parques dão a impressão de abandono e nós nos sentimos inseguros, por motivos diferentes, seja nos parques ou nas ruas.”
Felipe Arakawa, maratonista de Campinas-SP