Primeiro colocado da Comrades neste ano, o sul-africano Ludwick Mamabolo testou positivo para methylhexaneamine, um estimulante, de acordo com comunicado distribuído hoje pela Saids, a entidade antidoping da África do Sul.
Mamolo venceu a ultramaratona entre Pietermaritzburg e Durban no dia 3 de junho, percorrendo os 89 km em 5:31:03. A amostra será analisada agora por um laboratório de Colônia, na Alemanha, e a previsão é de que o resultado seja divulgado em até quatro semanas.
Caso seja considerado culpado, de acordo com a Saids, Mamabolo pode ser suspenso por até dois anos e ter o título da Comrades cassado.
Ele se tornou o primeiro sul-africano a vencer a ultramaratona desde 2005, quando Sipho Ngomane foi o primeiro colocado.
O segundo colocado deste ano, o também sul-africano Bongmusa Mthembu (5:32:40), será declarado vencedor em caso de confirmação do doping. Mamabolo tem ainda a possibilidade de ter a contraprova testada.
No único caso confirmado até o momento na famosa ultramaratona sul-africana, Charl Mattheus perdeu o título da Comrades de 1992, após ser pego no exame antidoping. Na época, o título passou para o sul-africano Jetman Msuthu.
O presidente da ASA, a Federação de Atletismo da África do Sul, James Evans, preferiu não comentar o caso até que o processo de investigação da Saids seja concluído. A Comrades Marathon Association também não se pronunciou oficialmente até o momento.
Na CR de julho, matéria sobre os brasileiros na Comrades, tendo lá terminado este ano 80 corredores, entre os quase 12 mil concluintes.