Sem categoria admin 12 de outubro de 2014 (0) (129)

Várias opções na Europa para duas maratonas em seguida

Na seção de Cartas, desta edição, há o relato de um corredor de Goiânia que fez a Maratona de Boston e 6 dias depois a Big Sur. É uma experiência que se torna corriqueira, de certa forma contestando a opinião de alguns treinadores que ainda recomendam dar um intervalo de várias semanas (ou meses!) entre provas de 42 km. Mais comum ainda é a dobradinha de meia e maratona seguidas, sem contar o enorme sucesso do Desafio do Pateta, na Disney, em que se completam os 21 km no sábado e os 42 km no domingo.
Em 2000 resolvi fazer o teste de correr a Maratona de Paris e na semana seguinte a de Londres, para aproveitar a viagem, mas também para colocar em xeque a recomendação em voga na época, de que não se deviam fazer mais de 2 ou 3 provas de 42 km durante o ano e, muito menos se pensar em não dar um espaço de pelo menos 2 meses entre elas. Já tinha constatado que, ao terminar uma maratona, há naturalmente o cansaço na semana entrante, mas não se perde o condicionamento e, portanto, encarar outra em seguida deveria ser algo nada complicado.
E essa suposição se comprovou, com folga. Corri Paris para 3h28, dando o meu melhor, e depois fiz apenas um treino leve de meia hora em Londres, na quarta-feira. Entrei na prova inglesa sem nenhuma preocupação com o relógio e passeei, para completar em pouco menos de 4 horas, nada esgotado. Voltamos no mesmo dia para o Brasil e lembro que no domingo seguinte participei de uma meia e sobrei nos 21 km.
O que parece real e racional é que não dá para encarar duas maratonas seguidas ou bem próximas da mesma forma, ou seja, é recomendável correr uma sem forçar, para buscar resultado na seguinte, ou vice-versa. Aliás, no depoimento que citamos no início, vê-se que os dois corredores de Goiânia usaram a segunda estratégia, correndo a Big Sur 10 minutos mais lentos do que em Boston.
Então, apresentamos a seguir algumas sugestões para fazer uma dobradinha de maratonas, sendo que algumas oferecem também a possibilidade dos 21 km, para os que não se sentirem tão animados com o desafio de 42 x 2. É importante destacar que todas as competições são em belas cidades, com boa organização, de fácil inscrição e não gigantescas, ficando de fora as que já não têm vagas neste ano, como Berlim e Amsterdã.
Uma primeira opção é correr em agosto no norte da Europa, em Helsinque e Reykjavik. Já em setembro as possibilidades são inúmeras, como escolher uma das três do dia 14 e emendar com Oslo dia 20; ou fazer esta maratona norueguesa e a dinamarquesa Christian Andersen dia 28. O mesmo acontece em outubro, com Lisboa ou Bruxelas, e cinco opções na semana seguinte.
Enfim, são 14 disputas em 13 países. Escolham e aproveitem!

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