O jamaicano Usain Bolt é um fenômeno.
Um dos maiores velocistas de todos os tempos e, se formos analisar friamente os números, o maior.
Tricampeão dos 100 m e, daqui a pouco, pode fazer ainda mais história nos 200 m. Sem falar, na sequência dos dias do atletismo, do revezamento 4×100 m.
Bolt fala em bater o recorde mundial nesta noite. Que seria esse o objetivo nos 200 m. Matematicamente, algo monstruoso. Até mesmo para Bolt. Mas vindo do jamaicano, o impossível é algo que não se deve falar, nem citar.
Mas veja em números. Ele tem 9.58 como recorde mundial nos 100 m. Dobrando a distância e o tempo, chegaríamos em 19.16 nos 200 m e Bolt já tem 19.19! Impressionante ou não?
Agora, independentemente de tudo o que já se falou e de tudo o que Bolt comprovou na prática, o jamaicano elevou o patamar do atletismo na Olimpíada do Rio.
Bolt está correndo brincando e brincando de correr. Mostrando um domínio/controle de ritmo e de adversários impressionante. Ainda mais se pararmos para pensar na velocidade em que ele está ao fazer isso.
Falava-se, antes da disputa, que seria a Olimpíada mais difícil para ele. E está sendo o oposto.
O jamaicano está solto, dentro e fora das pistas. A ponto de correr sorrindo e fazendo show, inclusive, durante as provas eliminatórias, trazendo com ele o canadense Andre De Grasse.
A semifinal da dupla ontem nos 200 m e como Bolt controlou tudo e todos, inclusive o canadense rumo ao recorde pessoal, foi demais.
Bolt comprova na prática aquilo que ouvimos muito desde crianças (há quem acredite, há quem busque e há quem nunca encontre ou queira): a vida deveria ter como obrigatoriedade a diversão, o prazer, a felicidade, o saber aproveitar o momento…
Nesse aspecto, a felicidade de Bolt na pista do Engenhão já pode ser considerada um dos maiores legados da Olimpíada do Rio.