Nos últimos anos, treinei conforme diversos métodos. Costumo dizer que, raramente, há certo ou errado dentro de uma periodização bem feita. Principalmente para a corrida e as longas distâncias.
Falando especificamente da maratona, há metodologias que pregam menos intensidade e mais quilometragem. Outras com baixa quilometragem e muita intensidade. Qual está certa? As duas. Para ficar em apenas dois exemplos.
Claro que um exemplo pessoal não é algo significante, porém, na literatura, há outros, inclusive nos estudos científicos. Porém, bati recordes pessoais e fui sub 3h na maratona das duas formas.
Em comum, nos dois casos citados, o uso do ritmo por km (ou milha) para determinar a evolução, os treinos, sejam intervalados, contínuos (rodagem) ou longos.
O que não acredito é na “mistura”, como algumas vezes encontramos por aí, entre ritmo e frequência cardíaca (FC). A meu ver, um irá entrar em “atrito” com o outro, pois clima, cansaço, estresse, dia, influenciam diretamente a FC. Se for se basear nas duas coisas, então, será uma verdadeira “bagunça”.
Assim, já conhecia o método do Dr. Philip Maffetone pelos amigos que utilizaram com sucesso (como o Adolfo Neto, de Curitiba), por norte-americanos que encontrei em provas e, principalmente, pelo grande “garoto propaganda”, o triatleta Mark Allen.
Chegou um momento em que, fazendo a faculdade de Educação Física, como vocês sabem, é interessante também como aprendizado experimentar outras formas de treinar, de encarar o esporte, de analisar as diferenças, semelhanças e probabilidades. O “novo” do título deste artigo é por nunca ter feito, mas de “novo” não tem nada!
Assim, junto com o amigo e professor de Educação Física André Pizzinato, da AP Performance & Endurance (que já utilizou o método no triatlo), resolvemos partir para essa linha.
Para quem pretende saber um pouco mais, dois links que explicam bem a metodologia, um do Phil Maffetone no blog do Adolfo Neto (clique aqui e tenha acesso em português) e outro artigo do Mark Allen publicado pela Revista Mundo Tri (aqui está na íntegra e recomendo demais a leitura).
O fato de treinar o corpo para utilizar a gordura (algo que acredito demais) também me levou a querer experimentar esse treinamento. Inclusive pois é algo que acredito na alimentação, com a redução do carboidrato ingerido e treinos em jejum (a maioria tem sido assim, sendo 100% quando consigo treinar pela manhã, como agora no período de férias).
Para não me estender no texto, irei escrevendo as sensações e experiências (já foram quase quatro semanas) ao longo de todo este ano de 2017 que pretendo adotar essa linha, inclusive com as evoluções (ou não).
De qualquer forma, há pequenas variações entre a conta da fórmula do Mark Allen e do Phil Maffetone, mas nos dois artigos, você pode compará-las. Além disso, há os dois sites, podem ser acessados por aqui, com textos, explicações, informações (mas em inglês). O do Maffetone é www.philmaffetone.com e o do Mark Allen, www.markallencoaching.com.
Bons treinos!