POR DENISE AMARAL
Após sete participações na Maratona de Tóquio, somente agora consegui conciliar para conhecer outras cidades no Japão. E, já que estava lá, procurei outra prova e tive a grata surpresa de encontrar a Maratona Feminina de Nagoya, na semana seguinte!
Mesmo com 166 maratonas já completadas, nunca tinha tido a chance de correr uma maratona feminina.
A maratona feminina não foi cancelada durante a pandemia e foi realizada em 2020, 2021 e 2022, com número menor de participantes e sem estrangeiros, exceção para as corredoras de elite. O Japão proibiu a entrada de estrangeiros, com objetivo de reduzir a contaminação pelo COVID, até setembro de 2022.
Nagoya não é uma cidade atraente como Tóquio, Kyoto e Osaka e optei por um hotel próximo à linha de largada. A largada e chegada são próximas também do bonito estádio de beisebol, local da entrega do kit.
A expo tinha uma loja grande da New Balance, mas apenas camisetas com a logo da prova. E, assim como na Maratona de Tóquio, não tinha jaqueta da prova (alô, ASICS e New Balance ).
No domingo, ao ir a pé para a largada, pude observar pelos gritinhos de alegria das japonesas quando já estava próxima do local.
Um mar de mulheres, sendo muitas fantasiadas. Muitas meninas bem jovens e senhoras também!
O percurso é basicamente plano, com MUITOS staffs com seus lindos casacos em diferentes cores de acordo com a função ( alô, New Balance! E os casacos para os corredores ?).
Não tinha muito público, mas os inúmeros staffs compensavam quando sorriam e acenavam com tanta alegria.
O Isotônico é o Pocari,. Muitas balas e outros docinhos oferecidos pelos espectadores. No km 30, a prova oferecia caramelo de leite e de chocolate.
A queniana Ruth Chepngetich venceu mais uma vez a prova e recebeu o prêmio recorde de 250 mil dólares.
Na chegada, dentro do Estádio de Beisebol, recebemos uma toalhinha e um copo térmico inoxidável com a logo da prova, um colar com um pingente de prata da Tiffany, exclusivamente criado para a corrida, dentro da famosa sacola e caixinha azul, entregues por rapazes de smoking e gravata borboleta. As japinhas, que adoram uma foto, foram à loucura!
E a camiseta da prova, da New Balance, foi entregue somente na chegada. Mas não tinha medalha de participação .
Pouco mais de 12 mil maratonistas concluíram a prova dentro do tempo limite de 7 horas, que é contado a partir do tiro da largada, independente do curral de A até H. E o percurso tinha 5 pontos com informações sobre os horários limite de corte.
Aconteceu, também, uma meia maratona, com largada no mesmo local, com 6 mil corredores e uma prova de 10 km com 5 mil participantes, de ambos os sexos.
Ainda tive o prazer de ser recepcionada em Nagoya pelo casal Márcio e Tatiana, brasileiros que moram no Japão há alguns anos. Márcio disse que ouviu algumas lives que participei, enviou mensagem pelo Instagram dizendo que gostaria de me conhecer . O mundo mudou e nos proporciona essas oportunidades!
Concluí a maratona Nº 166 com uma satisfação diferente ao ver tantas mulheres ao meu lado, ao longo do percurso, e com a certeza que ELAS também adoram correr!
Se você correu alguma maratona lá fora e quer contar sua experiência na seção "Maraturismo", mande sua história (com fotos) para contato@contrarelogio.com.br