20 de setembro de 2024

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Blog do Corredor André Savazoni 5 de dezembro de 2013 (8) (269)

Um treino de tiro e a cabeça a mil: o que desgasta mais?

Hoje, fazendo os treinos de tiros, devido a um desconforto na perna pela intensidade da preparação, dei uma “desacelerada”. Mantive a repetição, mas segurei na velocidade pois a perna esquerda estava “travada” pela musculatura da coxa. Nada fora do normal, mas para manter os treinos, achei melhor soltá-la. E terminei melhor do que comecei!

Agora, dessa forma, tive mais tempo para pensar. Até conversei com meu treinador, Marcelo Camargo, sobre o assunto. Chegamos à conclusão alguma. Ou melhor, a uma: que dá um belo estudo em universidades (já deve ter, inclusive, vou até pesquisar). O que desgasta mais?

O exercício é o seguinte: 15 x 600m com 1 min de intervalo ativo, com dois minutos a cada cinco repetições. Numa pista de atletismo oficial, raia 1, sem sombras, com cronômetro e controle do ritmo a cada marcação de 200 m.

1) Feito em uma temperatura de 18 a 20 graus, com 2:06/2:09 a cada 600 m.Logo ao amanhecer ou de noite.

2) Na temperatura de 30 a 32 graus, umidade alta, como hoje na maior parte do Brasil, com 2:012/2:15 a cada 600 m. Um sol na cabeça de cada um. Sensação de esforço, apesar do ritmo mais “leve”, parece ser maior.

Então, o que desgasta mais e o que está “dentro da planilha”? Podemos dizer que nos dois casos, os benefícios para o corredor foram os mesmos? Ou não? Em alguns dos casos, ficou devendo? É algo extremamente complexo, no meu ponto de vista.

Já vivenciei situações assim. Outras, trocando o calor por vento contra. Nos dois casos, mesmo correndo mais “leve”, a sensação de esforço me indicou um nível maior de cansaço na temperatura mais alta ou no vento no peito. Mas será que é isso mesmo?

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8 Comments on “Um treino de tiro e a cabeça a mil: o que desgasta mais?

  1. André,
    As variáveis que podem influenciar o treino são quase infinitas. Pode ser o clima (vento, temperatura, chuva, sol), passando pelo humor (problemas no trabalha, em casa ou até uma notícia boa), falta de sono, alimentação errada, hidratação, etc. A lista pode ser imensa.
    Normalmente registo todos meus treinos para tentar controlar estes “fatores” que influenciam no rendimento. Alguns consigo perceber facilmente (o calor acaba comigo) já outros são muito subjetivos e difíceis de mesurar.
    Saber dosar a medida durante o treino, levando em conta estes fatores, requer um bom autoconhecimento e tempo de treino. Além disso, temos o outro lado: nossa cabeça muitas vezes tenta fazer com que façamos “algo mais leve”. Ficamos achando desculpas: está quente, dormi mal, etc.
    O que fazer então? Seguir a planilha à risca e convencer a cabeça de que tudo não passa de “preguiça”? Ou aliviar levando em conta as variáveis que podem estar nos “travando”?
    Não existe resposta certa. Tem dias que dá pra enganar o cérebro, fazer a planilha direitinho e ainda sair com uma moral. Já outros a gente briga, briga e acaba chegando a conclusão que é caso perdido.

  2. Duvido, mas duvido mesmo, que tenha alguma pesquisa sobre isso com qualidade suficiente. Treinamento de corrida é muito mais arte do que ciência, muito mais achismo do que evidências, muito mais associação do que causa. Quem discordar disso que me mostre as evidências (científicas).

  3. Sei que você não é fã, mas o monitoramento cardíaco dá algumas respostas.
    Com vento a média de BPM (na mesma velocidade) aumenta. Com calor também. Não estou falando de pesquisa. Estou falando da minha experiência.

  4. Terça feira fui pra pista ao meio-dia, estava um sol de uns 28 graus. Só eu e os quero-queros e uma coruja que mora lá. Um treino feito nessas condições na hora parece que foi uma droga, mas vale o ditado de que tudo que não mata nos fortalece. Treinos assim vão nos transformando em corredores melhores, não no sentido de ser mais rápido, mas no sentido de entender e aguentar melhor as dificuldades.

  5. De todos os fatores, diria que o calor é um dos principais! Pelo menos para mim. Provas longas acima de 25 graus, não funciono. Mas tem a variação individual, tem gente que sofre menos com calor, tem gente que sofre menos ou mais com vento, com dormir pouco….e por aí vai! Temos que ir testando e nos conhecendo.

  6. Hoje às 07:30 saí pra rodar 11 km, sendo os últimos 5 km em ritmo forte. A umidade estava absurda e a temperatura alta. Consegui rodar forte apenas 3 km, os últimos 2 km foram no trote. Na hora fico chateado, mas nada como um dia depois do outro.

  7. Não descarto as técnicas, porém sigo os sinais do meu corpo e as minhas intuições.

  8. Acredito que o calor é a principal variável, ainda mais se for acompanhado de uma umidade alta. Aí, não dá pra brigar. Grande abraço.
    André Mendes.

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