20 de setembro de 2024

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Blog do Corredor André Savazoni 24 de janeiro de 2012 (8) (146)

Um patamar, treinamento e evolução. Assim é a corrida

Você já percebeu como a evolução na corrida, com algumas exceções claro, é feita patamar a patamar? Calma, não estou ficando louco. Treinamento, preparação e chegamos no tempo sonhado. Completa, então, mais algumas provas na distância e os tempos ficam parecidos demais. Daí, é preciso treinar ainda melhor para pular para outro patamar.

Por exemplo, corri cinco ou seis provas de 10 km em 2010 para valer e, em quase todas, rodei ao redor de 42:20 (cheguei a cravar esse tempo em algumas). Fiquei um período me dedicando apenas à maratona. Na média, quando no final de 2011 participei de algumas corridas de 10 km, o tempo ficou entre 41:10 e 41:40. Hoje, rodo nesse patamar com “tranquilidade”. Fiz um 40:00 no meio tempo, mas influenciado por diversos fatores.

Na meia-maratona, rodei várias provas para 1h29 (incluindo treinos e passagens da maratona) em 2011. Nas duas maratonas que corri, mesmo com dificuldades diferentes (calor em Porto Alegre, muito vento contra em Punta del Este), marquei3:09:28 na capital gaúcha e 3:09:34 no Uruguai. Esse é o patamar que estou falando.

Vou baixar (e bem, não tenho qualquer dúvida), todas essas marcas neste ano. Não é questão de falta de modéstia, mas de treinamento, de esforço, dedicação. Atingirei outro patamar nas três distâncias e, daí, será necessário mais esforço para superá-lo. Já vivenciou isso, não é mesmo?

Não há segredo, “coelho da cartola” no mundo das corridas. Volto a escrever isso aqui no blog. Treinou, acertou a alimentação, descansou, o resultado virá. De vez em quando, pode levar uma passada de pé do clima ou de um dia ruim (todos estamos sujeitos a isso), mas será a exceção.

Chegará um dia em que a evolução terá quase seu limite. Parte fisiológica, idade, vários fatores influenciam esse freio, mas enquanto isso não chega (que demore bastante!), vamos aos treinos.

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8 Comments on “Um patamar, treinamento e evolução. Assim é a corrida

  1. Tem coisa que só vem com o tempo, não tem jeito. O duro é ficar no meio do caminho por lesão, pressa em melhorar, desmotivação… tenho uns 7 anos de corrida e ainda melhoro. Sei que um dia a idade vai pesar, mas tô indo. No ano passado, que tirei como sabático, correndo só por prazer, consegui baixar tempo em uma prova. E me vi correndo na faixa de 5min/km de uma forma mais fácil do que era 4, 5 anos atrás, mesmo tendo tirado o meu foco da velocidade, depois que descobri as maratonas e ultras. Mas embora não tenha “coelho da cartola”, tem dia bom. Mas só existe dia bom se você treinar. Sem isso, o dia bom nunca chega.

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    Nishi, concordo plenamente, tem dia bom e tem dia ruim. Por mais treinado que esteja, tem aquele dia que não vai. Você acorda, até tenta ir, fazer sua parte, mas já sabe que não dará. O interessante é que isso ocorre com a elite também. Vários me relataram isso. “Não era o dia”.

    Abraço
    André Savazoni

  2. Olá André, outro dia mesmo estava pensando nisso, será que vou evoluir? Vou sim, com certeza, tenho isso na minha cabeça e na minha dedicação, como você falou (mas é dureza !!! ). Um dia de cada vez e quando chegar o grande dia será muito mais fácil. abraços

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    É Fábio, esqueci dessa palavra, paciência. Sem ela, também não conseguimos evoluir.

    Abraço
    André Savazoni

  3. O legal é ver como vamos evoluindo com os treinos. Comecei a correr há apenas 2 anos, então imagina o quanto progredi. Sei também que ainda tenho muito caminho pela frente. Ah, sem polemizar, seu tempo de 40 minutos nos 10 km não foi tempo bruto…? Abraços!

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    Oi Alessandro, foi o tempo bruto sim, mas não havia o líquido, então, vale como a marca oficial. Não tem jeito. E, quanto à evolução, é assim mesmo. Com paciência, sem pular etapas.

    Abraço
    André Savazoni

  4. Grande André, tudo bem? Um ponto importante também é a experiência que se adquire nestes períodos de dedicação, ou seja, a aprendizado trazido pelos erros e tropeços que noa fazem evoluir não só na corrida mas na vida!! Abraço

  5. É isso aí. O tripé da melhoria de performance: treino, descanso e alimentação. Realmente contra este time ai, só o tempo: idade! O tempo é implacável, o contra ele ninguém pode!

  6. Oi andre. Vc esta certissimo neste texto. Estou me recuperando e coloquei um objetivo pessoal, mas sei q sem paciência, não será possivel alcanca-lo.
    Outro ponto interessante q noto é o lastro q vc acumula c os anos de kms rodados. Minha referência é o tecnico Wanderlei de Oliveira. Hj c 52 anos, eu acho, já bateu alguns recordes pessoais. É claro q este é o seu trabalho, mas penso q ele trabalha muito bem suas metas, respeita seus limites (nunca faltou a um treino, consequentemente presumo q nao sofreu uma lesao sequer), e cumpre fielmente td q vc descreveu…
    A minha meta principal é aprender c meus erros e paciência. Olhar no longo prazo, o q é mto dificil pra mim, com evolução rápida….
    Obrigada por compartilhar conosco o conhecimento.
    Fico muito feliz c td q tem agregado e me ajudado a conter a impaciência e ansiedade. Bons treinos. Ab,

  7. Legal é ver isso também nos testes ergospirométricos… o meu limiar era 176 ao final de 2010 (ano que comecei a treinar de maneira séria) e agora ao final de 2011 passou a ser 185! O médico até me deu os parabéns, rs!

  8. Excelente texto André. O corredor que tem isso na cabeça e consegue seguir as etapas, equilibrando o que for necessário, vai conseguir subir para o próximo patamar. Não é fácil e é por isso que a recompensa é tão boa. Fiz minha estréia na maratona em Buenos Aires no ano passado com 3:50:00, antes só tinha feito algumas meias. Foram só dois meses da decisão de partir para a maratona até o dia da prova. Treinei sério e fiquei muito satisfeito. 1 mês e meio depois fiz a ultra de revezamento Aracajú-Maceió que saiu na CR de janeiro. Treinei e corri melhor do que o esperado. Vinha evoluindo, mas peguei dengue e agora estou em recuperação. Quando estiver inteiro, o negocio é fazer os ajustes necessários e ir aos treinos. Abraços!

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