Ultramaratona do Aconcágua é cancelada por protesto sindical

No sábado, o Aconcágua, a maior montanha da América do Sul (6.969m), receberia a primeira ultramaratona, com duas distâncias, 25 km e 50 km. Porém, a prova marcada para o Parque Provincial do Aconcágua, na Argentina, foi cancelada devido a um protesto realizado pelo grupo sindical ligado à Associación Trabajadores del Estado (ATE). Os guardas fecharam o caminho e tiraram as marcações do evento, inviabilizando a competição.

A fisioterapeuta e assinante da Contra-Relógio Luciana Fioravanti, de Porto Alegre, estava no Aconcágua. Extraoficialmente, ela fez toda a prova participativa dos 25 km. “Houve uma greve dos guarda do parque! Os 50 km largaram às 7h30 e 45 minutos depois a prova já foi interditada. Os 25 km começaram às 8h. Fomos avisados da greve instantes antes e falaram que era para seguirmos em frente sem dar bola para os grevistas”, conta Luciana.

“O percurso foi alterado. E os grevista retiram as marcações do trajeto, razão pela qual senti muito medo de me perder na volta. Na ida, os corredores estavam juntos, mas na retorno fiquei muito tempo sozinha. A galera dos 50 km acabou sem apoio, razão da suspensão da ultra”, diz a fisioterapeuta gaúcha. “Nas conversas, ouvimos que a organização já sabia da greve e que não suspendeu a largada para não ter de devolver o valor das inscrições. Os ultramaratonistas estão revoltados (havia cerca de 500 inscritos de 50 países). Querem processar a organização. Conversei com um atleta de Juiz de Fora que ficou 15 dias aqui treinando e aclimatando”, completa Luciana.

A organização divulgou um comunicado oficial citando a ação dos guardas do parque e dos sindicalistas da ATE da Província de Mendoza, relatando o ocorrido e o fechamento da ponte no percurso, além das ações contra o evento. Não falam nada em indenização ou devolução do dinheiro aos inscritos. Veja o comunicado oficial abaixo (em espanhol) e mais informações no site da Ultra do Aconcágua.

“Suspensión Ultra Maratón Aconcagua

En el día de hoy, 29 de Noviembre, a las 08:15 hs, debido a una medida de fuerza tomada por Guardaparques provinciales y delegados del sindicato ATE de la provincia de Mendoza – quienes interrumpieron con cortes violentos una parte del circuito – la organización del evento debió tomar la decisión de suspender la carrera.

Luego de 45 minutos comenzada la prueba y a sólo 8 km de la largada, fue necesario tomar esa decisión, para no poner en riesgo la integridad física de todos los participantes.

El grupo de Guardaparques en su protesta, no sólo bloquearon el paso por un puente peatonal único en el recorrido, sino que también instalaron un cordón humano en el camino de acceso al mismo, impidiendo el tránsito seguro de personas por ese sector de manera negligente. Dándose además contacto físico intimidatorio de los Guardaparques para con los participantes y organizadores del evento.

Lamentablemente este grupo corto el libre tránsito en un área habilitada para tal fin, en el marco de un evento autorizado formalmente por la Dirección de Recursos Naturales Renovables de la Provincia de Mendoza y las autoridades de aplicación especificas.”

ASSINE NOSSA NEWSLETTER

É GRATUITO, RECEBA NOVIDADES DIRETAMENTE NO SEU E-MAIL.