20 de setembro de 2024

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Notícias admin 4 de outubro de 2010 (0) (64)

Ultra Trail Serra da Freita, em Portugal

E uma prova de 51 km que acontece há 3 anos em Portugal e é organizada pela Confraria Trotamontes. Tem como coordenador José Moutinho, um idealista, empenhado em fazer o melhor para os corredores e pioneiro em corridas de montanha no país. Eles organizam outras provas, como Caminho de Santiago e Ultra da Ilha da Madeira; veja no site: www.confraria-trotamontes.com.

A Serra da Freita, que aconteceu dia 13/7, é realizada em uma região montanhosa, próximo da cidade de Arouca, por sua vez a 80 km do Porto. Fui o primeiro participante brasileiro nesta ultra e tratado como convidado especial, pela amizade que tenho com Moutinho, que já esteve em Florianópolis, participando da Volta á Ilha.

A maior parte dos 150 participantes ficou hospedada em um camping, na Serra da Freita, onde se dá a largada e chegada. Como estávamos a 950 m de altitude, fazia até frio quando largamos às 6h00, mas não podíamos sair com muita roupa, pois seriam muitas horas pela frente e era verão. Nos primeiros quilômetros passamos por pequenas estradas e trilhas numa região relativamente plana. Depois do km 6 começamos um longa descida por trilhas, com bastante pedra e chegamos a 300 m de altitude, passando por vilas com casas de pedras, que deviam ter mais de 500 anos. Senhoras vestidas de preto tocavam vacas, nas proximidades destas vilas.

Depois do km 15 acompanhamos um rio por uns 4 km, correndo (ou melhor caminhando, escalando) pelas margens. Em vários locais precisávamos de muita atenção para não escorregar nas pedras. É lógico que os pés estavam molhados neste momento. Depois de nos abastecer em um dos postos, era hora de encarar uma grande subida, numa estrada de terra ou trilhas com muitas pedras chegando a uma altitude de 1.100 m. Atingimos um platô, onde foram instaladas várias torres de energia eólica para produção de energia.

Até estrada romana. Neste tipo de corrida, sempre que subimos muito, sabemos que logo virão descidas e depois mais subidas. Então passamos por uma estrada romana, isto mesmo, estrada de pedra do tempo do Império Romano e mais aldeias com casas de pedras. Depois alcançamos uma região onde havia muitas pessoas aproveitando o domingo de sol em volta de um rio e camping. Nos avisaram que faltava pouco, mas nunca é bom se empolgar muito, pois os quilômetros finais costumam ser mais "longos". Mas depois percebi que realmente faltava pouco e deu para dar uma corrida mais animada e chegar com 8h52.

Pois é, demorei todo este tempo para percorrer os 51 km, que pensava fazer em 6 ou 7 horas. A quantidade de subidas e descidas íngremes, onde íamos muito lentos e principalmente a demora em vencer o trecho ao lado do rio, explicam o tempo alto.

O que devemos ter em mente é que vamos completar; então é ir devagar e sempre, sem desanimar. Quem quiser mais informações pode me contatar (carlos@ecofloripa.com) ou diretamente no site dessa ultra portuguesa, que tem bom abastecimento, atendimento médico no percurso e cuja inscrição custa 30 euros.

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