O velocista norte-americano Tyson Gay foi flagrado em teste antidoping no dia 16 de maio, fora das competições, e voluntariamente já abriu mão do Mundial de Atletismo de Moscou, em agosto. O próprio atleta comunicou a decisão no domingo. Ele foi notificado pela agência norte-americana na sexta-feira, mas ainda será submetido à análise da amostra B. Também no domingo, mais tarde, o jamaicano Asafa Powel anunciou ter sido flagrado por doping. Ontem, a Adidas anunciou a rescisão do patrocínio de Gay.
Hoje, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) anunciou a suspensão de Idalto dos Santos Rodrigues e Sabine Leticia Heitling também por doping. Idalto testou positivo para as substâncias amfepramona, etilaminopropiofenona e etilnorpseudoefedrina (metabólitos da amfepramona) e OH-isopropil-bis-nor-sibutramina e OH-ciclobutano-bis-nor-sibutramina (metabólitos da sibutramina) durante a disputa da Maratona de Brasília no dia 5 de maio. Já Sabine teve constatado o uso do estimulante metilhexaneamina em sua participação no Troféu Brasil de Atletismo, disputado em 7 de junho, em São Paulo. Na ocasião, a corredora conquistou o pentacampeonato da competição nos 3.000 m com obstáculos.
Tyson Gay, que não revelou a substância proibida usada, era apontado como o principal rival do jamaicano Usain Bolt nos 100 m do Mundial de Moscou. O norte-americano detém o melhor tempo na temporada nos 100 metros, com 9.75. Na Olimpíada de Londres, no ano passado, Gay terminou na quarta posição.
Já Powell, segundo do ranking mundial dos 100 m em 2013, confirmou ter testado positivo para oxilofrina, uma substância estimulante que faz parte da lista das proibidas pela Agência Mundial Antidoping. O seu empresário também confirmou que Sherone Simpson, integrante da equipe jamaicana feminina medalhista de prata no revezamento 4×100 m nos Jogos de Londres/2012, é outra da lista. De acordo com o jornal “The Gleaner”, são cinco os jamaicanos do alto escalão flagrados no doping.
Em nota oficial escrita em primeira pessoa e assinada por ele, Powell confirmou o doping e garantiu que “nunca tomei sob o meu conhecimento ou minha vontade qualquer suplemento ou substância que quebre as regras. Eu não sou agora – nem nunca fui – um trapaceiro”. De acordo com comunicado, a equipe dele já iniciou uma investigação interna e vai cooperar com todos os trabalhos para descobrir como a substância entrou no seu corpo.
Nas provas de velocidade, já são quatro casos confirmados em cerca de um mês. A jamaicana Veronica Campbell-Brown testou positivo para um diurético em prova tirada em maio. Oitava mulher mais rápida da história nos 100 m e bronze nos Jogos de Londres, ela está suspensa preventivamente.