André Savazoni
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Os treinadores sempre trabalham com um ciclo olímpico. Tanto nos esportes coletivos quanto individuais. O objetivo é traçado pensando em atingir o ápice em quatro anos. Ou seja, estamos a menos de um ano de Londres-2012. Só que, no Brasil, essa conta é ainda mais complexa. São menos de cinco anos para a Olimpíada do Rio de Janeiro, que deveria ser o foco principal. Porém, a cada dia, perdemos mais tempo. Neste momento que estou escrevendo o texto, é disputado o Troféu Brasil, em São Paulo. E sem transmissão ao vivo pela televisão. O momento seria esse, mas…
Claro que para a TV aberta abrir espaço ao vivo para o atletismo só na Olimpíada e Pan-Americano mesmo. Às vezes, em um domingo especial. Paciência. Faz parte do mercado. Agora, e as TVs por assinatura? Especializadas em esporte? Por que não transmitir o Troféu Brasil na íntegra (todos os dias e ao vivo?). Infelizmente, não tenho essa resposta. Se bem que acabei de dar passeada pelos canais da TV aberta neste exato momento e tem tanta reprise (VT) ou programas que não me interessam nada, que as provas melhorariam demais a programação!
Detalhe para apimentar a discussão, a Simone Alves da Silva quebrou o recorde sul-americano da Carmem de Oliveira que durava 18 anos, ao marcar 31:16.56 nos 10.000 m no Troféu Brasil. Um momento histórico para o atletismo brasileiro. Sem transmissão ao vivo pela TV! E o Marilson Gomes dos Santos ainda vai correr a mesma prova. Então, se nem no pós-Pan do Rio e, agora, vivendo o ciclo olímpico para Londres-2012 e Rio-2016, não aproveitamos para crescer, ter mais espaço para os esportes e, consequentemente, mais estrutura e benefícios para esses valentes atletas, quando teremos?
Complemento – O Sportv transmitiu parte dos eventos dos outros dias do Troféu Brasil. Vale essa informação pelo blog. Então, poderia ter mostrado ao vivo a quebra do recorde pela Simone (atualmente suspenso até o complemento das ações pelo doping positivo no exame pós-prova). Eu estava com a TV ligada no momento da prova e não houve a transmissão.
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Porque a CBAT é incompentente para costurar um acordo com as TVs pagas e com os patrocinadores, porque a transmissão de um evento com o mínimo de estrutura é cara e porque as emissoras não tem compromisso com o esporte. O que pega aí, para todos os lados, é grana, simplesmente isso. Quem fica órfão é o atleta (não se preocupe, três meses antes da Olimpíada todos vão lembrar que eles existem) e quem gosta do esporte e não teve a chance de ir ao Ibirapuera para ver o Troféu (que a propósito, além do mais é extremamente mal divulgado). Abraço
Só ganhamos Medalhas e temos algum Sucesso no atletismo Brasileiro graças aos “ET’s” (só podem ser) e Heróis que mesmo sem apoio e estrutura conseguem superar todas as dificuldades (como atletas e cidadãos). Muita Sorte e Sucesso para todos estes campeões!!!!!
Infelizmente, é isso mesmo, Brenno. São verdadeiros heróis e, diria, sobreviventes para enfrentar tudo e todos pelo esporte. Abraço
É isso mesmo, Carlos. A CBAt falha nos acordos, as emissoras também em não abrirem espaço e perdemos nós, que gostamos do esporte, e principalmente os atletas. Abraço
As emissoras abertas não abrem espaço por causa do que o Lars Grael chama de “monocultura do futebol” que vigora no país. Infelizmente é assim, evento esportivo na tv nacional é sinônimo de futebol em pelo menos 85% do tempo (exceto pan e olimpíada).
Nos canais fechados é um pouco diferente, mas não muito. Basta ver que nesta época do ano os campeonatos europeus de futebol estão parados, mas os canais de esporte tem muita coisa em VT, programas de blá-blá-blá, etc.
E junta-se a isso a incompetência da cbat em organizar e promover o evento, para o público em geral apenas, diga-se. Pois acredito que entre eles (organizadores e patrocinadores) está tudo bem organizado, visto que são sempre os mesmos há muito tempo.
Manoel, essa monocultura realmente existe. É futebol, futebol e futebol. Um pouco de vôlei, de vez em quando. Então, na TV aberta, a coisa complica demais mesmo. Estão preocupados com o marketing, não com a divulgação e valorização do esporte, mesmo sendo um esporte nobre como o atletismo. Agora, nas TVs por assinatura, deveria ser diferente. Ainda mais porque, em competições no exterior, estão sempre passado, mas não valorizam as nossas, a nossa cultura. O Sportv, parece, vai transmitir algo nesta sexta-feira, a partir das 16h, do Troféu Brasil. Continua sendo pouco demais. Abraço
Realmente é desolador.
O Brasil é o país do futebol, infelizmente, onde um a cada cem mil consegue carreira. E a mídia deixa de passar maratonas internacionais para passar reprise de entrevista com jogador de futebol. Brincadeira.
Eu não assisto mais ao futebol depois da Copa de 1998, por simplesmente a gente se matar e os caras olharem para suas contas cheas de milhões e nem ligarem por perder uma a mais.
O Atletismo pode não dar futuro financeira para a maioria também, mas serve para fazer amizades (só amizades e não brigas como no futebol) e serve para melhorar todo o condicionamento físico e mental … já o futebol é grana para uns e milhões de gente brigando por um resultado, como fosse mudar suas vidas !!! Viva o país do futebol !!! Abraços
corridaderuams.blogspot.com
Sr. Ministro Orlando Silva…… E AS TVS-CULTURA…. por que não transmitem o “TROFÉU BRASIL DE ATLETISMO”?
E, nesta sexta-feira, o SporTV entrou com a transmissão de parte do Troféu Brasil. O que fica pior ainda, porque, então, eles poderiam ter transmitido o primeiro dia e a histórica quebra do recorde da Carmem pela Simone. O primeiro dia teve o ápice da competição, sem transmissão ao vivo. Uma pena.