Domingo, 13 de novembro de 2011, meu pequeno Pedrinho (que ainda não sabe ler, caso contrário já brigaria com o pai, “sou gande”) completa três anos de vida. De aprendizado, de crescimento, de ensinamento, de molecagem. Vivendo como toda criança deveria vir ao mundo: amada, protegida, abençoada, com condições de se desenvolver e aprender, sem ter que se preocupar com nada mais do que brincar e se divertir. Foram três anos bem corridos, literalmente. Junto com os 3 anos do Pedro, arrendondo para 3 anos a minha convivência diária com a corrida.
Já escrevi aqui no blog, mas, para relembrar, comecei a dar os primeiros passos “sérios” na corrida durante a gravidez do Pedro. Não, eu não estava grávido, era a Mari, mas digamos que o casal vive junto esse momento mágico. Decisão tomada principalmente depois que ficamos sabendo que seria um menino – temos nossa princesa morena de olhos verdes, a Vitória, hoje com 7 anos. No momento, pensei: “Tenho 34 anos, quero vê-lo crescer, ficar o maior tempo que puder ao lado do Pedro. Isso com muita saúde, com condições de correr, brincar, jogar bola… com o máximo de qualidade de vida possível.” Como isso? Estando saudável. E, com uma analogia mais do que usada por quem corre (todos já ouviram isso um dia pelo menos), como o personagem de Tom Hanks em “Forest Gump”, comecei a correr.
Nesses três anos, Pedro mudou nossas vidas. Internamente, ele foi o motor de uma transformação pessoal. Sempre pratiquei esporte – natação, futebol, futsal, tênis, musculação. A corrida, de alguma forma, fazia parte do aquecimento, do pós-treino. Mas não era a protagonista. Tornou-se há três anos. E, como Pedro cresceu, nos encanta a cada dia com a beleza que é ver um filho desenvolver-se, a corrida me transformou em uma pessoa melhor. Fisicamente, perdi muitos e muitos quilos, “sequei”, hoje peso quase o mesmo dos 18 anos, mas com inúmeros fios de cabelos brancos!. Fiquei mais tranquilo, calmo, apesar do sangue italiano que vira e mexe ferve. Isso não vai mudar. Como atleta, amador é claro, mas atleta, meu desempenho também mudou, consegui mostrar a muitas pessoas do convívio diário que a corrida só traz benefícios. Aprendi muito também. Corri quatro maratonas. Nem pensava nisso há três anos! Nem meias, só em 2011 foram seis.
De todos os pontos positivos, acredito que dar o exemplo para a Vitória e ao Pedro, principalmente, é o maior de todos. Eles estão crescendo em um ambiente em que o esporte faz parte do dia a dia, como almoçar, estudar, brincar, tomar banho, dormir. Tem a mesma importância. E o esporte ensina, agrega, aumenta os vínculos, traz amigos. Quem pratica esporte, nunca está sozinho. Eles já sabem disso. Pedrinho adora correr. Vitória também, pede para ir em provas e, o tempo todo, corre sorrindo. Não forço nada. Eles já sabem como é gostoso.
Um dia, eu e Mari não estaremos mais aqui. Vitória e Pedro sim. Terão um ao outro, é claro. Felizmente, são irmãos apaixonados, desde o primeiro olhar, desde o dia em que peguei a Vitória na escola, a levei para casa, dei banho e contei: seu irmão nasceu, vamos conhecê-lo. E ela, no olhar puro de uma criança, ao pegá-lo no colo pela primeira vez, com os olhos molhados, disse: “Ele é de verdade”. Sim filha, muito de verdade. Ou melhor, essa relação é ainda anterior. Sem saber que era o dia do parto, 13 de novembro de 2008, a Vitória dormiu nos avós, meus pais, já que iríamos bem cedo à maternidade. Pedro nasceu por volta de 7 horas. Nesse horário, Vitória acordou, chamou minha mãe e disse: “Meu irmão nasceu”. E voltou a dormir.
Vou continuar treinando, correndo, melhorando a cada dia, tanto no esporte quanto na vida. Pedro vai crescer ainda mais, ficar realmente “gande”. Um dia, daqui a bons anos, quem sabe não estarei aqui, neste blog, escrevendo sobre a experiência que é correr uma prova ao lado do filho, de completarmos uma maratona juntos, cruzando a linha de chegada de mãos dadas. E o Pedro (por que não a Vitória também?) terá algumas marcas familiares para buscar! Afinal de contas, comecei a correr para ter saúde e ficar ao lado da Vitória e do Pedro o maior tempo que puder. Três anos de vida. Três anos bem corridos. Feliz aniversário, filhote. E obrigado por tudo o que me ensinou (e continua me ensinando) desde quando estava dentro da barriga da mamãe.
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Massa! Post sensacional!
A corrida faz isso mesmo. Comecei correndo por causa dos meus primos. Agora eu também sirvo de exemplo pros outros, além de ter melhorado a saúde.
Parabéns, pra você e pro seu filho.
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Enio, é muito legal essa união de família, um apoiando ao outro, dando exemplo. E, depois, podemos mesmo servir de espelho aos outros, ajudar a desenvolver a corrida e contribuir para uma melhora na qualidade de vida e saúde de quem está ao nosso redor.
Um abraço e bom final de semana
André Savazoni
Parabéns André!
Te conheço há pouco tempo, mas parece que faz meses.
Gostei muito desse post.
E sem demora: PARABÉNS PEDRINHO!!!
Ainda irei ver, correndo ao lado, o “velhinho” André, estarei lá para ver isso. Nos com nossos poucos e brancos cabelos.
Sucesso garoto, felicidades.
Abração do amigo corredor Angelo
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Grande Angelo
Pedrinho agradece os parabéns e obrigado pelas suas palavras. Precisamos correr uma prova juntos logo.
Abraço e boa corrida neste domingo no Rio
André Savazoni
Nossa André, que belas palavras você colocou. Parabéns para você e sua esposa pela linda família! Que vocês sejam sempre unidos e compartilhem de grandes momentos.
Um feliz aniversário para seu filho e também por seus 3 anos de corrida!
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Obrigado Daniela, Pedrinho agradece os parabéns.
E bons treinos para todos nós.
André Savazoni
Ahhh que bonitinho…parabéns a vc e Mari por construirem esta familia cheia de energia! E o post está mesmo emocionante! Beijos aos 4 🙂
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Valeu Luciana, obrigado pelas palavras.
Beijo
André Savazoni
Parabéns André, emocionante!!
Também tenho filhos e são dois guris, corro extamente pelos mesmos motivos q vc descreveu. Ainda estou nos 5 e 10km. Eles já me acompanham em algumas provaS e, encontrá-los na linha de chegada e cruzá-la com eles: NÃO TEM PREÇO!!!
Abração e, vamo q vamo…
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Que legal Jackson. Parabéns pela criançada. É muito legal trocar essas experiências com outros corredores e perceber que, muitas vezes, as motivações são muito parecidas (para não falar iguais).
Dar esse exemplo para os filhos não tem preço.
Abraço
André Savazoni
Cabelos brancos? Não vi nenhum cabelo nessa cabecinha de playmobil!
Falando sério, parabéns pro pequeno Pedro, a Marina tá com saudade dele e da Vitória.
Belo texto, amigo velho! Ainda vamos correr juntos a São Silvestre.
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Caio, é que estou sempre passando a máquina no cabelo. Se deixar crescer, tem cada vez mais fios brancos e na barba também, rs.
Pedrinho agradece. Vitória está com saudade da Marina também, vira e mexe fala dela.
E vamos correr essa São Silvestre juntos sim. Com certeza.
Abraço
André Savazoni
A minha história com as corridas é mais ou menos parecida com a sua. Ao ler o seu relato eu relembro a emoção que tive esse ano, especificamente no dia 17 de julho, ao cruzar de mãos dadas com o meu filho Eduardo, de sete anos de idade, a linha de chegada da Maratona do Rio de Janeiro. Sem fazer propaganda mas aproveitando a deixa:é um momento “não tem preço”.
Guarde com carinho esta crônica, ela é um verdadeiro poema de amor, para daqui a alguns anos ler junto com o seu filho. Certamente ele irá se emocionar como todos os seus leitores.
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Obrigado Claudio
Farei isso sim. E guardarei a crônica para quando o Pedro puder ler e compreender também.
Ainda não tive a oportunidade de cruzar uma maratona com as crianças junto, mas sei que esse momento chegará. Ainda não será em 2012, já que eles não devem ir comigo nas duas viagens para correr os 42 km, mas logo, logo vivenciarei essa experiência que você teve no Rio. Parabéns.
Abraço
André Savazoni
André, parabéns! Post fantástico.
Sou pai de um menino e entendo perfeitamente quando diz: “quero vê-lo crescer, ficar o maior tempo que puder ao lado do Pedro…”.
Boa sorte nas futuras corridas!
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Obrigado, Luiz. Tem certas coisas que só sendo pai para entendermos.
Um abraço
André Savazoni
André: lindo texto! Poder dedicar uma maratona aos meus filhos foi uma das razões que me fez correr 42K. Parabéns pelo Pedro, pela Vitória e pelas conquistas.
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Gustavo, os filhos nos transformam. Para melhor. Isso que é muito gostoso. E a corrida nos deixa mais saudáveis, felizes e com saúde para aguentar o pique deles!
Abraço
André Savazoni
Emocionante André!
Identifico-me totalmente com o post. Tenho uma filha de 3 anos e meio e comecei a correr um ano atrás também buscando qualidade de vida e saúde para poder acompanhá-la.
Parabéns para o Pedrinho e para você pela atitude!
Abraço
Giordano