Na corrida, há diferentes métodos tradicionais e aprovados de treinamento. Sem classificações como “certo” ou “errado”. O importante é encontrar aquele que se adapta melhor às suas expectativas, fase da vida, experiência, dia a dia, objetivos… Se uma pessoa obtém um resultado esperado, não quer dizer que se você fizer exatamente como ela fez, chegará à mesma marca. Individualmente ou ao lado de seu treinador, o primeiro passo é chegar a um consenso sobre a forma de treinar. Agora, uma regra não falha: treinando com dedicação, o resultado será certo.
Algumas vezes, nos assustamos num primeiro momento quando traçamos um novo objetivo, que nos tira de uma zona de conforto. Mas esses são os melhores. Como correr a primeira maratona ou buscar um recorde pessoal nos 21 ou 42 km. Olhamos para frente e vemos 12, 15 semanas de treinamento intenso, evolutivo, com desafios semanais. Acordamos num sábado e saímos de casa para percorrer 32, 34, 36 quilômetros. No final, ao completá-los, a sensação é indescritível. Não é?
Não podemos ter pressa na corrida. Com treinamento, a evolução é gradativa e constante. Alimentação e descanso são fundamentais, mas a dedicação é o “pulo do gato”. Lembre-se: não dá para pular etapas. Se quiser acelerar essa evolução, a tendência de se dar mal é grande. Correr é um aprendizado, físico e mental. A cabeça não pode ser deixada de lado. Nunca. Interpretar, entender, “ler” como correr certa distância será decisivo no dia da prova. Deve-se chegar ao dia da corrida sabendo o ritmo a seguir.
Diferentemente dos esportes coletivos, que permitem algumas vezes um relaxamento, a corrida, como a maioria das disputas individuais, não aceita falhas em excesso. Se não tivermos uma boa noite de sono antes do longão de 32 km, não vamos render o necessário. Se a alimentação não for balanceada e correta, antes, durante e depois dos treinos, o corpo vai “pedir água” e garanto que não será o líquido!
Faço sempre um paralelo entre a corrida e a vida: o aprendizado que obtemos com a perseverança, dedicação e comprometimento que precisamos ter nos treinamentos e provas reflete positivamente nas relações profissionais e pessoais. Dessa forma, a sensação de superar etapas, vencer desafios e, no final, atingir os objetivos, é indescritível.
Em alguns dias, sair de casa, principalmente de manhã, exige força de vontade, mas, invariavelmente, terminamos o treinamento nos sentindo muito melhor do que começamos, não é verdade? O cotidiano fica mais fácil. Assim, para melhorar a vida pessoal e esportiva, basta treinar, treinar e treinar.