19 de setembro de 2024

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Sem categoria André Savazoni 31 de agosto de 2011 (55) (400)

Tradicional é a Corrida de São Silvestre. Não o percurso

A tradição de uma prova está ligada diretamente a sua história (e seu passado), aos anos de realização, aos participantes. Uma relação que passa de geração para geração. É o caso específico da Corrida Internacional de São Silvestre. A discussão atual é decorrente da alteração no trajeto na corrida paulistana. Largada na Avenida Paulista e chegada no Obelisco do Ibirapuera, confirmada nesta quinta-feira, dia 1º, pela CET-São Paulo (veja o percurso completo no final do texto). Isso não muda a São Silvestre. Continuará sendo a mais falada e histórica prova brasileira, conhecida em todo o mundo. E, para mim, não perde a sua magia.

Nos últimos anos, a subida da Brigadeiro, o “temível” trecho final da São Silvestre (que não é nem tão longa nem tão difícil assim, mas ganha ares de Himalaia pela tradição e pelas dificuldades anteriores da corrida), faz parte dos comentários. Com a mudança da CET, a prova terminará no Obelisco do Ibirapuera e, assim, na “descida da Brigadeiro”. Até acho que a prova ficará mais rápida e menos dura, mas essa é outra discussão. Não a conversa de hoje (o trajeto será alterado para que sejam mantidos os 15 quilômetros).

Foto: Ronaldo Milagre/ZDL

A São Silvestre está nas proximidades de completar 100 anos. É para poucos. Calma, falta um tempinho ainda (13 anos), mas chegará lá sem dúvida alguma. E o trajeto já foi alterado algumas vezes. Inclusive, em sua distância. Não pense que foram sempre 15 quilômetros. Antes, era realizada à noite. Tinha, 9, 12 km…

Por tradição (essa palavra novamente), a largada deveria ficar mesmo na Avenida Paulista. Espero apenas que o ponto de começo seja diante do prédio da Fundação Cásper Líbero (local da chegada atual).

A São Silvestre está ligada ao imaginário popular. Corredor ou não, a maioria dos brasileiros, ou melhor, todos os brasileiros que gostam de esporte a conhecem. Está certo que ouvimos, muitas vezes, a “Maratona de São Silvestre” ou “são quantos quilômetros mesmo?” – viu como o percurso não faz parte da tradição! Tem sido realizada ininterruptamente desde a estreia, mesmo em períodos de guerra mundial ou de anos de chumbo no país – épocas tristes que não condizem com a alegria e a saúde do esporte.

Em maio, quando eu e o Sérgio Rocha entrevistamos o gênio queniano Paul Tergat, ele citou que até na Ásia suas vitórias na São Silvestre eram conhecidas, comentadas, elogiadas. Numa noção de como a prova supera as fronteiras nacionais. A portuguesa Rosa Mota, durante a Meia das Cataratas, em Foz do Iguaçu, em julho, falou com muito carinho da corrida e da relação com os torcedores, da prova “onde tudo começou”. E estou citando apenas duas “feras” que estiveram na São Silvestre.

Falando tecnicamente, a discussão deve ser outra. O importante é que a São Silvestre caminhe para frente. Nada de andar para trás, que não condiz com a corrida. Que tenha cada vez mais participantes, mas com organização. Vai largar na Avenida Paulista e chegar no Ibirapuera? Tudo bem. Só que serão necessários ônibus da chegada para a largada antes do começo, como ocorre na Maratona de São Paulo (em um serviço muito bem feito). Precisa contar com separação por tempo (comprovado) e por ondas na largada. Não há como ignorar isso. Fazer as pessoas ficarem duas horas em pé no sol para conseguir sair mais na frente, é inadmissível.

Quer correr fantasiado ou carregando faixas? Vai lá para trás, para o “fundão”. Por que ir para frente e atrapalhar quem quer correr competitivamente? Nada contra as comemorações. Muito pelo contrário. Correr a São Silvestre é uma forma perfeita de encerrar o ano e agradecer por tudo de bom que enfrentamos, mas se a ideia é festejar, não atrapalhe quem quer competir, seja contra adversários ou contra o relógio.

Acho ótimo se chegarmos mesmo a 25 mil atletas (ou melhor, que um dia sejam 25 mil concluintes, o que realmente importa), mas para isso, antes de pensar em números, a organização (Rede Globo/Yescom) deve acertar a largada. Essa é a verdadeira discussão.

Clique aqui e leia o comunicado oficial da CET-SP. Com o novo traçado, a São Silveste passará pelas seguintes vias:

– Largada na Avenida Paulista em frente ao Masp
– Rua da Consolação
– Rua Rego Freitas
– Avenidas Duque de Caxias e São João
– Viaduto Elevado Arthur da Costa e Silva (Minhocão)
– Praça Padre Péricles
– Rua Marta
– Rua Margarida
– Al. Olga
– Baixos do Viaduto Pacaembu
– Rua Barra Funda
– Rua Dr. Carvalho de Mendonça
– Al. Nothman
– Alameda Barão de Limeira
– Av. São João
– Largo do Paissandu
– Rua Conselheiro Crispiniano
– Praça Ramos de Azevedo
– Viaduto do Chá
– Rua Líbero Badaró
– Largo São Francisco
– Viaduto Brig. Luís Antônio
– Av. Brig. Luís Antônio
– Av. Mal Estênio de Albuquerque Lima
– Rua Manoel da Nóbrega
– Rua Nabia A. Chohfi
– Av. Pedro Álvares Cabral, chegando à Praça Túlio Fontoura em frente ao Obelisco diante do Parque do Ibirapuera.

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55 Comments on “Tradicional é a Corrida de São Silvestre. Não o percurso

  1. A tradição maior, a bem da verdade, já foi “assassinada”. Será que rola uma 100ª edição noturna (nem que seja só ela?).

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    Fábio,
    são 13 anos que faltam. Acho que é tempo suficiente para pensarem e organizarem essa festa! A sugestão sua é realmente boa. Quanto ao “assassinato”, a São Silvestre deixou de ser noturna para atrair grandes nomes do atletismo. O que foi conseguido. Abraço, André Savazoni

  2. Assino embaixo do post. Perfeito!!!!

  3. Eu adoraria correr uma SS noturna. As 2x em que participei, 2010 e 2008, foram emocionantes e em nenhum momento fiquei preocupada com o percurso ou com o recebimento da medalha por antecipação. Detalhes pequenos diante da grandeza da SS. E para corredores como EU q adoram inovação ou virar a esquina para ver onde vai dar, chegar no Ibirapuera pode se tranformar em motivo para correr pela terceira vez. Aiaiai, este é o problema,…

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    Luciana,
    uma corrida noturna seria bem legal mesmo, mas acredito que teria de ser uma edição especial e extra. E não é que prometi que não correria a São Silvestre neste ano, para descansar bem em dezembro, mas agora está pintando uma vontade de fazer a quarta participação… Vamos ver mais para frente. Abraço, André Savazoni

  4. Até agora não consigo entender que conflito existe entre o povo que vai para correr e assistir a prova e os que vão para o “show da virada de ano”.

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    Marcelo,
    nesse ponto, também não tenho a resposta. No ano passado, fiquei bastante tempo após a prova, na Avenida Paulista. Quase duas horas esperando amigos completarem a corrida e irem ao ônibus para voltarmos para Jundiaí-SP. E estava tudo tranquilo, mas tranquilo demais. Sem “muvuca” alguma na Paulista. Abraço, André Savazoni

  5. Todo o problema, caro André, é que a SS é um evento com distúrbios de personalidade. Não se sabe se querem fazer festa de virada do ano (o que seria perfeito) ou se querem fazer um evento esportivo de alto nível para a TV (o que também seria ok). Na dúvida entre um e outro (casar ou comprar bicicleta) tentar fazer as duas coisas e sai esta porcaria aí.

    Eu não sou nenhum Marilson (aliás, não chego nem perto de um André Savazoni), mas eu não tenho a MENOR vontade de pagar este mico que é tentar correr a SS, disputando espaço com o cara da faixa de “Cerquilho” e o “Elvis impersonator”.

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    Luis Fernando,
    você tem toda razão quanto ao distúrbio de personalidade. À noite, era uma festa de virada do ano. Como você disse, perfeito. Mudaram para a tarde, trazendo as feras. Mas misturando tudo, realmente. Por isso que defendo a largada por ondas e por ritmo. Assim, qualquer um, seja o Marilson (esse já consegue, rs) ou alguém que tenha começado a correr há pouco tempo, poderia fazer o seu ritmo na São Silvestre. Atualmente, como ocorre, fica difícil. Tenho inúmeros amigos que não vão à São Silvestre de maneira alguma por isso.
    Houve um ano, na minha estreia, em que demorei 17 minutos para passar da largada! Na segunda vez, uns 10 minutos. No ano passado, larguei na frente e percebi que dá para correr (e muito bem a prova, mesmo com o percurso difícil), mas a Yescom não pensa nesse lado. Esse problema da largada ocorre em TODAS as provas organizadas por eles. Abraço, André Savazoni

  6. Mais um tema para a discussão: a São Silvestre conta com representantes do Brasil inteiro. Inúmeros do Nordeste. Um povo muito alegre, de bem com a vida, com corredores bons demais. No ano passado, conversei com um grupo que veio do interior do Ceará. Três dias para vir e mais três para voltar. Estão na matéria que escrevi para a Contra-Relógio. Felizes da vida. E, para esse pessoal, largar na Avenida Paulista e chegar no Ibirapuera (um lugar que pode ser que nem viriam a conhecer) será um incentivo a mais. Então, não podemos ficar na “zona de conforto” e reclamar, como vi no Twitter, que agora estaremos dois quilômetros do Metrô. Quer moleza, fica no sofá assistindo pela televisão. Vai correr e reclama de caminhar um pouco? E a turma do Ceará fica 72 horas num ônibus e chega sorrindo! Abraços

  7. Não é corrida, é festa. Uma grande massa de tudo: corredores/paraquedistas, estrangeiros, e/imigrantes, desfile de modas, turismo, água quente, xixi aos montes, e assim vai. Mas todo corredor quer tê-la no currículo. Errei?

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    Tadeu,
    ótima definição. Ri muito lendo seu comentário. O pior é que é isso mesmo. Mas tem corrida também e, com a separação por ondas e ritmo na largada (vou defender isso até ficar velhinho, rs), seria corrida + festa, o que poderia dar um evento inesquecível. Agora, todos que conheço, mesmo criticando a prova, querem pelo menos uma edição no currículo. Abraço, André Savazoni

  8. Muito bom. Um novo desafio. Prefiro pensar assim. Vamos só ver quanto sairá a brincadeira. A única coisa que acho realmente ruim da SS é o preço.

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    André, não tenho o preço de 2011 ainda, mas será mais caro que o de 2010. Não tenha dúvida. E também penso como um novo desafio. Como já escrevi, estou até com vontade de correr a prova neste ano. Não iria, mas agora…
    Abraços, André Savazoni

  9. Achei bem coerente o artigo da revista e sei também que a prova já mudou várias vezes e que só quem é corredor sabe e entende a distância e o percurso. Eu realmente não vejo problema em que mude, desde que seja tudo mais organizado. A gente precisa pensar para frente, para melhorar o evento que realmente é um fantástico encerramento de ano! E que tenham os ônibus para a largada, que esta seja em ondas e mais organizada. E a inscrição menos cara! Abraços

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    Karine,

    Também acho que é por aí. Meu medo é que, como em 2010 (por causa das medalhas antecipadas, uma crítica muito justa), a discussão neste ano fique em torno só da mudança do percurso, deixando os pontos principais que precisam melhorar, a meu ver, em segundo plano. Temos de lutar para que isso não ocorra. Andar para frente, como você mesma disse. Com a largada organizada, a São Silvestre será ainda mais um encerramento de ano daqueles. Abraço, André Savazoni

  10. Sou corredor a mais de 30 anos e tive o privilégio de correr algumas edições noturnas. Faz tempo que a São Silvestre vem perdendo a magia, primeiro com a mudança de horário, depois inversão do percurso (antes descia a Av. Brig. Luis Antônio e subia a Rua da Consolação) e mudanças na distância. Se ao longo dos anos mudaram tanto o percurso, essa será apenas mais uma. O que falta de verdade são inovações, entre elas as que cita: “Precisa contar com separação por tempo (comprovado) e por ondas”. Agora, não entendi quando diz que mudaram a São Silvestre de horário para trazerem os “feras”, lembro muito bem que entre outros, Carlos Lopes, Rolando Vera, Rosa Mota e um “pouco” antes Emil ZAtopek, correram a São Silvestre noturna.

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    Paulo,
    Boas lembranças quanto aos corredores que vieram no período noturno. Mas, hoje em dia, se a corrida fosse como antigamente, não teria o nível técnico atual. É o que acredito e, por isso, o comentário.
    Abraço, André Savazoni

    Abraço

  11. Não vejo problema nenhum na mudança. Se é para melhorar a segurança, tudo bem. Precisamos olhar os eventos (SS e festa da virada) sob o ângulo da segurança pública, e realmente estava ficando muito complicado organizar dois eventos com dois públicos totalmrente distintos em um espaço que estava ficando apertado. O público da festa da virada está batendo em 2 milhões. Para os órgãos de segurança estava para se tornar um pesadelo, pois ninguém perdoa nada se houver um furto ou roubo ou um arrastão. A chegada agora será mais confortável com amplo espaço para deambulação. Reclamar que ficou longe do metrô ? Pff.. Fica em casa e assiste na Globo.

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    Julio César,
    O número é esse: 2 milhões de pessoas. Essa é a base da decisão mesmo.
    Abraço, André Savazoni

  12. É verdade, tradicional é a corrida, o percurso sempre variou bastante, assim como a distância. Só quando se estabilizou em 15km para homologação ou sei lá o que da IAAF é que passou a ter um percurso mais fixo, coisa de 15, 20 anos pra cá. Mas, quer saber? Depois dos desmandos dos últimos anos, da constatação da zona que é a prova, ela pode ter mais gente, etc, mas pra mim já perdeu a magia. Imagine, pode até ser, finalmente, bem organizada, finalmente – acabou a desculpa do negócio das medalhas, seu Tadeu!!! – mas não é mais “aquela” São Silvestre que me fez querer correr desde que era criancinha. Hoje eu não tenho mais nenhuma vontade de fazê-la. Com esse percurso novo, então… olha, um dia talvez até faça a prova novamente, quem sabe? Mas vai ser uma prova meio comum, uma outra prova qualquer. Perdeu o encanto, perdeu o tesão. Fica comigo a lembrança das três São Silvestres que eu fiz.

  13. Olha, André, seu artigo está bem legal, muito bem escrito como de costume, e coloca um ponto de vista válido. Realmente, pra quem conhece a história da SS, sabe que esta não é a primeira mudança de percurso ou de distância. Mas o problema é como as coisas são feitas no Brasil: atropelam-se as tradições com arrogância, mentiras e falta de respeito. Quem tem senso crítico sabe que as mudanças que ocorreram na prova nas últimas décadas tem o dedo da TV Globo (a prova surgiu por iniciativa do jornalista Casper Líbero e foi, por muitos anos, organizada pela Gazeta), o que ficou mais flagrante ano passado, via Yescom, na vergonhosa entrega antecipada de medalhas. Vc mesmo confirmou acima que a festa do reveillon (que expulsou a SS da paulista) não conflita com o fim da prova. Mas arruma-se uma “desculpa da CET” e, de quebra, aumenta-se ainda mais o n° de inscritos, não sem um bom reajuste no valor das inscrições (aguardem!). E os corredores, esses seres sem “massa crítica”, que engulam tudo empunhando orgulhosamente a placa de Cerquilho e a faixa do “Galvão, filma eu” na largada…

  14. Que “desculpa da CET” o que …
    Se foi a própria CET que anunciou a mudança.
    Vocês acham que a Gazeta gostou de tirarem a chegada da frente do sua sede ? Simplesmente a festa da virada ganhou a queda de braço com a SS.

  15. O conflito realmente não existe entre os que vão correr e os que vão ao show.
    Mas é preciso enxergar além da corrida, e nisto acho que a organização acertou o ano passado, e acerta novamente ao mudar o local da chegada.
    O brasileiro não é acostumado a trabalhar com a possibilidade de algo errado ocorrer, daí quando acontece fica todo mundo dizendo que deveria ter sido feito isso, aquilo, etc.
    E como disse o Tadeu a SS é antes de tudo uma festa, além de acontecer numa das datas mais festivas do ano.
    Esta notícia até me animou a correr esta prova novamente, apesar de eu ser um crítico das provas da Yescom.

  16. Ê se mudasse o horário para de manhã 9 horas? Nesse dia 31 poucas pessoas trabalham eu acho que daria certo e não precisaria mexer no percurso.

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    Passos,
    Tecnicamente, a decisão da prova pela manhã tornaria a São Silvestre ainda melhor. Porém, dia 31 é dia útil, não vejo como parar São Paulo pela manhã, já que o percurso passa por regiões vitais para o trânsito paulistano. Se eu lidasse com o trânsito, mesmo apaixonado pela corrida, não liberaria.
    Abraço, André Savazoni

  17. Caro Julio

    A CET “assumiu” a responsabilidade, foi isso que eu quis dizer no meu texto. Para bom entendedor é fácil perceber que a mudança não ocorreu por exigência exclusiva da CET. A festa do Reveillon já ocorre na Paulista há mais de uma década. Quem corre a SS, sabe que não há conflito tampouco risco de tragédia (o risoc aumenta à noite, qdo a maioria está bêbada). A mudança de horário já ocorreu por conta da festa do reveilon, por interesses televisivos. E por falar em TV, faz tempo que a Gazeta não apita mais nada, principalmente depois que a Yescom assumiu a organização da SS. E vamos ver o que vai ser feito na área de dispesão da SS no Ibirapuera, haja vista que as imediações do parque não tem estações de metrô próximas como na Paulista e a região já fica com um trânsito pra lá de complicado por conta da árvore de Natal que é montada em frente ao parque.

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    Jacoto,
    A decisão foi tomada sim pela CET (leia, prefeitura de São Paulo). Acredito sim que os organizadores participaram da discussão (mas é só uma opinião, não tenho essa confirmação). O Reveillon ocorre há anos na Paulista, é verdade, mas tomou um corpo ainda maior. O número que usaram, já citei aqui: 2 milhões x 20 mil.
    E continuo com minha opinião, não acho que a prova perdeu. Acredito, até, que a São Silvestre pode ganhar com essa mudança. Mas devem saber fazer para tornar isso realidade.
    Abraço, André Savazoni

  18. A Gazeta não apita mais nada ? Ela é simplesmente a dona da prova. A alteração foi determinada pela CET, juntamente com a Polícia Militar, e acatada pela Gazeta, Yescom e Globo, que na prática ou acatavam ou cancelavam a prova.

    ——————————-

    Julio,
    Estudei na Cásper Líbero. Por quatro anos foi meu ambiente diário. Faz quase 17 anos que saí de lá, mas não vejo como a Gazeta ou a Fundação Cásper Líbero apitarem nessa discussão. Perderam o poder há tempos.
    E foi uma decisão de cima para baixo. Da prefeitura (CET) para os outros.
    Abraço, André Savazoni

  19. Ai, Julio Cesar, vc tbem acredita no Papai Noel e no coelhinho da páscoa? kkkkk É por essas e outras, pela falta de “massa crítica” dos corredores, que somos verdadeira massa de manobra…

  20. Concordo com o Jacoto nessa. Pode até ter o mando da prefeitura, do governo, da presidência, mas por trás disso sempre há o interesse maior da rede televisiva que domina as cabecinhas alienadas do nosso País. Ela é boa em destruir tradições e criar as suas e tem histórico em desrespeitar atletas através do seu braço chamado Yescom.

    Fico triste pela Maratona de São Paulo e a S.Silvestre, corridas emblemáticas da cidade em que moro, estejam em mãos tão incompetentes.

    Abraços a todos

    ——————

    Paulo,

    Não descarto essa sua possiblidade, mas, sinceramente, não vejo o que muda para a Globo (que é a principal organizadora da prova) a chegada ser na Avenida Paulista ou no Parque do Ibirapuera. Na verdade, até tecnicamente complica, porque terão de ter o link e os repórteres/estrutura em dois pontos. Lembrando que a elite faz cerca de 45 minutos (será até menos nesse novo trajeto), então, não dá para ficar na largada e ir para a chegada.
    Vou até dar uma checada nessa informação, tentar descobrir.
    Abraço
    André Savazoni

  21. Simplesmente ridícula a mudança!

    Provavelmente feita por algum burocrata que não tem a menor ideia do que é subir a Brigadeiro e tirar forças não sei de onde para dar um sprint final na Paulista, o maior símbolo de São Paulo.

    Por que não mandam a festa de virada pro Sambódromo?

    ———————————-

    Duran,

    Quanto ao esforço, sprint, é tudo isso mesmo. Muda a caracaterística da São Silvestre.
    Em relação à festa da virada no Sambódromo, não sei dizer se a área ao lado do Anhembi comporta cerca de 2 milhões de pessoas.
    Abraços,
    André Savazoni

  22. É fato conhecido que há tempos a cidade de São Paulo tenta tirar grandes eventos da Paulista. Já tiraram a marcha para Jesus, tiraram a festa do trabalhador, agora tiraram a SS, Falta tirar a parada gay e a festa da virada.

    Se o município não quer que uma corrida de rua passe ou tenha chegada em determinada via pública não tem muito o que fazer. O município é soberano nas decisões da cessão das vias públicas para eventos esportivos e culturais.

    Bobagem sair pela internet falando mal da Yescom e da Globo, sendo que se continuasse na Paulista seria até melhor para a Globo, pois teriam menos despesas (e mais lucro).

    ————

    Julio Cesar,

    Acrescente também nessa lista que você fez as comemorações do futebol, que foram tiradas da Avenida Paulista.

    Abraço, André Savazoni

  23. São Silveste antigamente era “A PROVA”, hoje é apenas mais uma prova. Isto por culpa dos organizadores que a cada ano que passa “incham” a prova sem se preocupar com a parte técnica. A prova só é válida para os atletas de elite e para quem vai para fazer a “FESTA”, dentro da sua fantasia. Para o atleta amador que leva o seu treino a sério fica a decepção! Mesmo que os organizadores anunciem que o tempo é corrigido, depois do tapete, o corredor sério sai voando sobre a multidão???? Os organizadores deveriam se preocupar em fazer uma largada mais organizada onde o tempo do atleta fosse checado, onde apenas no final colocar os atletas fantasiados ou mesmo aqueles que não possuem um tempo em prova oficial. Quanto ao custo desta organização acredito que já esteja incluido no valor da inscrição, pois é uma das provas mais caras sem oferecer nada de especial. Portanto, São Silvestre é apenas mais uma prova, e por sinal muito mal organizada para a maioria de seus participantes!!!!

    ——————

    Edemilton,
    A sensação é essa mesmo. Por isso que bato na tecla: a discussão da São Silvestre é a largada, o respeito ao atleta amador competitivo. A elite e quem vai para a festa, com faixas, fantasiado ou não, é bem atendido. É isso pque precisa ser discutido. E melhorado. É frustrante realmente levar 17 minutas para conseguir passar do tapete de largada. Como já aconteceu comigo. E, nessa discussão, o trajeto pouco importa.
    Abraço, André Savazoni

  24. O importante é ter a prova todo o ano no dia 31!
    Se começa ou termina na Paulista, na minha modesta opinião, tanto faz! Como já tenho a “Maratona São Silvestre” em meu currículo, não tenho vontade de fazer novamente até porque pelo fato de ter a família longe de SP complica para mim. Mas isso é problema meu!
    O que vou fazer novamente este ano, assim como já faço há 4 anos seguidos, é correr o simulado feito nos fim de semanas que antecedem a prova! Isto para mim basta!

    Os corredores da capital paulista andam muito mal acostumados! A meia da Asics teve início e fim em pontos distintos, ninguém reclamou! Chicago, Boston, NY, Berlin…tem início e fim em pontos distintos também! Mas lá é chique correr, dá para encher a boca na volta para contar aos amigos na USP!!! #prontofalei!

    Abraços!
    Fausto

  25. Só completando…
    o que tem que existir é uma melhor organização na largada!
    Aí a história muda e está certíssima no post André!
    Abs.,
    Fausto.

  26. Sim Fausto. A Maratona do Rio tem 42 km de distância entre a largada e a chegada e todo mundo acha legal, inclusive correr os últimos km da maratona ao lado dos caminhantes do calçadão.

  27. Sim André, e digo mais: Para o ano de 2012 talvez nem a largada da SS seja na Paulista. Acho que só não tiraram a largada e a chegada da Paulista este ano porque ia ter muita choradeira.

  28. Só mais alguns dados para debatermos sobre as mudanças na São Silvestre. As feitas e as que precisam ser feitas urgentemente:

    1) Uma realidade política do Brasil: legislam para poucos, deixando sempre a maioria de fora. Os beneficiados são sempre os mesmos. Nessa decisão da CET, foi priorizado o Reveillon na São Silvestre que envolve, mais ou menos, 2 milhões de pessoas. Na corrida, 30 mil envolvidos (20 mil correndo e 10 mil nas ruas)? Que sejam 100 mil, vai.

    2) Dizer que é ruim largar num ponto e chegar no outro, é a maior piada que ouvi. Então, quero ver quem critica as maratonas de Nova York, Boston, Berlim, Rio de Janeiro… por isso. Ou as meias da Asics no Rio e em São Paulo, a Meia Internacional do Rio, a Meia das Cataratas (Foz do Iguaçu). Só pode ser brincadeira.

    3) Hoje, como já comentado, a São Silvestre é ótima para quem é da elite e para quem quer fazer festa, correr fantasiado, com faixa ou encerrar o ano correndo. Os amadores competitivos, que gostam de fazer tempo, são deixados de lado. Isso precisa ser mudado. Acertando a largada.

    4) A subida da Brigadeiro continua. Só perdermos 400m na Avenida Paulista. Isso que não haverá, na chegada. Continuará descendo até o Ibirapuera. Agora, se a descida é ruim no final, que tal então cancelarmos a Maratona de Boston por isso?

    5) Defender um aumento de preços, como li na internet, limitando os inscritos em 15 mil pessoas, é uma brincadeira de mau gosto. Estou cansado no Brasil dessa lei de quem tem dinheiro, pode mais. O legal da corrida é sua democracia, empresários, milionários, são iguais ao gari que ganha um salário mínimo e trabalha muito e honestamente para sustentar sua família. Só para citar um exemplo.

    6) Quer boicotar a São Silvestre. Não se inscreva e não corra. Legítimo. Excelente. Correto. Agora, defender um protesto durante a prova ou correr de “pipoca”, subir a Brigadeiro e virar na Paulista será um desrespeito com quem aceitou as regras, pagou a cara inscrição e quer curtir a corrida. Ou seja, respeite a opinião e o direito de quem quer correr a São Silvestre. Isso sim é democracia.

    E volto a deixar claro, são dados para a discussão. Aqui, no blog, o espaço está aberto a todos. Sem exceção. O debate, a conversa, os pontos de vista contrários ou semelhantes, tudo isso só engrandece o trabalho aqui e na Contra-Relógio.

    Abraços e nos vemos na São Silvestre.

  29. Corri 2008 e 2009, foi minha primeira corrida oficial, treinei pouco, conclui e não tem como não embargar os olhos. No ano seguinte, não consegui correr bem, é uma prova povoada e eu prefiro não ficar duas horas em pé. Encontrei um baiano que nunca tinha corrido, faz os 15 km em uma hora, fez em 1h20, porque não conseguiu correr, não tem como, mas nada atrapalhou, ele tava contente, feliz. Iria ficar e visitar parentes em Santos, subiu para São Paulo para para fazer a prova.
    A prova tem de tudo, o que não tem é organização. Muito ruim a Yescomédia.

  30. Racionalizando a São Silvestre: é uma corrida cheia demais, onde a largada é apertada, o ritmo até chegar à Consolação é um lixo, faz um calor danado, sem banheiro pra todo mundo, uma baita galera mija ali mesmo na Paulista e fica um vapor de urina nojento subindo com o sol da tarde, tem um horário complicado por causa desse calor, e a organização não tem sido muito elogiada, pra não falar outra coisa. Mas a emoção sempre batia mais forte quando após a subida da Brigadeiro vinha a chegada na Paulista em sprint. Tô quase achando mais lógico, se é pra racionalizar, inverter tudo: largada no Ibirapuera, onde cabe todo mundo e onde tem uma estrutura melhor, e chegada na Paulista, subindo a Consolação (como já ocorreu tantas vezes no passado). Ali a massa de corredores já está bem mais dispersa e uma reta maior na Paulista (da Consolação até o prédio da Gazeta é mais de 1km) ajuda ainda mais nessa dispersão. Que tal?

    ————————

    Nishi,
    Realmente, pensando, pode ser uma alternativa mesmo. Se o problema é a dispersão, seria feita ao contrário, descendo em direção ao Paraíso mesmo. A prova ficaria mais dura, porque começaria já em subida e considero a subida da Consolação mais dura que a da Brigadeiro, mas é uma opção realmente. E, bem lembrado por você, esse trajeto “invertido” já foi feito outras vezes.
    Agora, o que fica para discutirmos, é que a CET quer a massa fora da Paulista por causa do Reveillon… então…
    Abraço
    André Savazoni

  31. André, há todos os indícios de que em pouco tempo, a largada da São Silvestre será na Ponte Estaiada, cartão-postal da Globo. Os primeiros passos já foram dados.

    Abraços

    Paulo

    —————-

    Paulo,
    Será mesmo? Realmente, a Rede Globo adora a Estaiada…
    Abraços
    André Savazoni

  32. Concordo….. a Ponte Estaiada é a bola da vez e ao lado do prédio da Globo.
    Não ligo que uma prova tenha largada em um local e chegada em outro, desde que a organização se preocupe com os corredores e não vise apenas $$$$$…. Não comentarei as outras provas que mencionaram pq. não corri, mas a maradona de NY, apesar de largar de um local e chegar em outro, quando corri tinham por volta de 30.0000 corredores e ônibus para levar todos para a largada e toda a estrutura fluiu perfeitamente….. só um lembrete, última vez que corri NY, foi em 1998, ou seja, 13 anos atrás “eles” já faziam o que a SS não consegue ainda hoje em apenas 15 kms. Por isso repito, falta inovações e respeito com os corredores…. o horário é ridículo para uma corrida.
    André, na minha visão a SS a noite ficaria mais técnica do que é hoje.

    Abraço.

    ———–

    Paulo,
    A discussão mesmo é sobre a organização da São Silvestre. Também acho o horário ruim. Além de ser uma hora em que não consigo render na corrida, rs
    De noite, seria melhor para correr, mais técnica, mas daí, criaria outro problema: não teríamos os atletas de ponta atuais. Então, como já discutimos, que a São Silvestre hoje está correta para a elite e para quem quer apenas festejar, não vão voltar para o horário noturno.
    Quanto à largada na Estaiada, vamos aguardar…
    Abraço
    André Savazoni

  33. Amigos, vou colocar mais pimenta nessa discussão. Em primeiro lugar essa história de 2 milhões de pessoas é uma falácia absurda! Olhem bem, na largada da prova há 15 mil, 20 mil pessoas, que TOMAM cerca de dois quarteirões em uma mão de trânsito. Multipliquem por dois, para usarmos todas as faixas de pista e calçada, dá 30 mil. Ok, mais apertado, 40 mil. E quantos quarteirões há na Paulista? 15 talvez? Façam a conta, chegaremos a pouco mais de 500 mil pessoas (e já seria exagerado). A história de conflito com o Reveillon é outra tolice, que estão enfiando em nossa goela para colocar mais gente na prova e lucrar mais um bocado com as inscrições que são caríssimas! Amigos, a prova termina às sete horas para os mais lentos, que raio de conflito é esse com o reveillon?! Também vou apelar ao senso crítico de todos: o que é a organização da São Silvestre? Uma prova que não resolve a largada, que tem sérias deficiências de abastecimento, que entrega um kit porco e ano passado deu a medalha de presente dias antes da prova. A São Silvestre morreu pra mim, fiz 13 vezes, mas agora sem a Paulista no final eu desisti. Quem sabe não serei o único e isso faça a diferença para retomar antigas tradições (invejo quem teve a chance de fazer a prova noturna). Abraço a todos.

  34. Olá amigos!

    Resolvi entrar no debate a convite do amigo André Savazoni, pois ele sabe a grande experiência que tenho nesta prova.

    A minha primeira participação numa corrida oficial foi justamente na São Silvestre de 1981. Eu estava com 15 anos de idade. Naquele ano fiz a maior parte do treinamento correndo dentro do Cemitério de Vila Formosa (http://marcosvianapinguim.blogspot.com/2009/08/marcos-viana-pinguim-o-corredor-do.html).

    Tenho o orgulho de dizer que já participei de 23 São Silvestres (em 1981 e em todas de 1989 até 2010). Este ano, inclusive, vou comemorar o 30º (trigésimo) aniversário da minha primeira participação nesta que é a mais clássica e antiga corrida da América Latina e uma das mais famosas do mundo.

    Na São Silvestre de 1994, eu comecei a fotografar os corredores, com os que estavam fazendo uma homenagem ao Ayrton Senna, que havia falecido em maio do mesmo ano. Eu era fã do piloto, estava sempre correndo com o boné com a frase “Valeu Senna”. Reuni todos numa grande turma e tirei umas fotos com a câmera portátil da minha esposa.

    Pois bem, depois de informar da minha grande experiência na mãe de todas as corridas de rua do Brasil, vou dizer minha sincera opinião sobre a mudança.

    Algumas mudanças de tradição para mim e para muitos foram positivas. No caso a mudança da prova da noite para a tarde. Graças a isso, eu e a maioria dos fotógrafos conseguimos fazer fotos de qualidade superior, pois a luz do dia é imbatível em qualidade em comparação a qualquer flash. Várias fotos de minha autoria da São Silvestre foram publicadas nas capas da Contra-Relógio (números 197, 137 e 125). Outra vantagem desse horário é permitir que os corredores participem da corrida e depois tenham a oportunidade de estar junto com seus parentes e amigos na comemoração do Reveillon, seja na casa dos familiares ou não.

    O que não pode mudar na São Silvestre é o afastamento dos corredores do povo de São Paulo. Por exemplo: se mudarmos a largada para a Ponte Estaiada, estaremos realmente matando a “galinha dos ovos de ouro”. Estou para ver uma local mais afastado da “alma paulista” que esse lugar. Já tem muitas corridas durante o ano que largam na Ponte Estaiada, local que na minha opinião esta virando “carne de vaca”. E olha que eu sou o fotógrafo pioneiro em ter fotos publicadas de lá, tenho dezenas de fotos publicadas dessa ponte, inclusive as mais recente saíram no sumário, na matéria e no caderno de resultado da Contra-Relógio de julho de 2011. Agora, largada de corrida na Av. Paulista só tem uma por ano, e não podemos deixar esse local entrar em extinção para os corredores. Não vejo problema na dispersão dos corredores na Av. Paulista, pois o show começa horas depois, e muito dos corredores já poderiam até se misturar na festa, acho que os 20.000 corredores que vão chegar dispersados não atrapalham em nada um local que esta preparado a receber 2 milhões de pessoas.

    Para mim, isso é uma estratégica suave de tirar toda a prova da Av. Paulista. Primeiro, eles mudam a chegada para não assustar. Depois que todo mundo acostumou, eles vão tirar também a largada de lá. Eu sou contra a mudança de local pois ainda não tem necessidade disso. Em resumo, “quem cala consente”. Um grande abraço!!!

  35. Eu comecei a correr por conta de uma promessa de correr a São Silvestre de 2009. Além de ser uma superação estabelecida para mim, após uma cirurgia, tinha também toda a magia da prova. Mesmo com aquele monte de gente, os cartazes, os fantasiados, o horário da prova, tudo prá mim foi muito emocionante. Essa mudança no percurso só me traz mais vontade de viver essa emoção novamente. Mudar faz parte e, no meu caso, instiga novos desafios. Penso que o mais impostante seja que a prova permaneça acontencedo. Que a tradição se mantenha. E que, caso seja necessário, o percuso se altere e, quem sabe até, melhore! Eu estarei lá! Agoras subindo e descendo a Brigadeiro!

  36. Odiei a mudança. Já estava pensando em não ir por saber do aumento no valor da inscrição este ano. Em 2010, me entregaram a medalha antes de eu completar a prova. Agora, essa bordoada na mudança da chegada. Boa prova para quem acha tudo isso muito bacana.

    ————————————–

    Tatiane,

    Esse é um problema a ser discutido também. A cada ano, tem mais gente na São Silvestre (e, agora, com a mudança no percurso, teoricamente ainda mais) e o preço da inscrição sobe demais (muitas vezes, acima da inflação). É uma conta que não bate.

    Abraço, André Savazoni

  37. Mais um ponto para conversarmos: para mim, a “MUDANÇA” da São Silvestre foi quando tiraram ela da noite. E também aumentou a distância. Assim, agora, é só mais uma alteração. O diferencial dela, que continua, é ser disputada no dia 31 de dezembro realmente. E isso traz algumas complicações. Há outras provas de São Silvestre pelo mundo. Mas não no dia 31. Um pouco antes ou depois. Se fosse no domingo anterior ou posterior ao dia 31, poderia ser de manhã. Mas daí, sim, perderia o charme principal. Abraços

  38. Oi André! Também existe um fator que não foi levado em conta que se chama conflito de “gerações de corredores”. Atualmente, mais de 90% dos corredores que vão participar da São Silvestre nunca correram a noite, por isso nunca fizeram muita questão desse detalhe. Creio que a grande maioria que participa hoje da São Silvestre já acostumou a correr a tarde, e a largar e chegar na Paulista, afinal a última corrida a noite foi 1988, e a grande maioria dos corredores nem corriam nessa época. Abraços!!!

    ———————

    Pinguim,
    Muito bem lembrado
    Abraço, André Savazoni

  39. Respeito todos os pontos de vista, porém, para mim, me sinto um pouco frustrado pela mudança. Acho que um dos diferenciais da prova é a subida da Brigadeiro. Penso que pequenas mudanças são aceitáveis, mas aquelas que mexem com a “alma” da prova, devem ser evitadas. Cresci assistindo as corridas de São Silvestre à meia-noite e a mudança do horário, independentemente dos motivos, tirou um pouca da personalidade da prova, agora, com mais a mudança do percurso, acho que perdemos mais um pouco. Essa será minha primeira São Silvestre e estava contando com o desafio da Brigadeiro.

    ——————————-

    Ivan,

    Concordo plenamente que a mudança do horário tirou a personalidade da prova mesmo. Quanto à subida da Brigadeiro, você irá enfrentá-la ainda. Ela continua lá, mas não nos dois quilômetros finais. Vai subí-la, e depois, descê-la até o Parque do Ibirapuera.
    Um abraço e ótima estreia na São Silvestre.
    André Savazoni

  40. Olá André,olá pessoal como apaixonado por corridas estou acompanhando este debate, e bato na mesma tecla: Antigamente participar da São Silvestre era um prêmio para o corredor, pois para o mesmo estar lá ele deveria ter se preparado e ter um indice técnico. Corri esta prova a noite quando a largada era na direção contrária, estava lá pois tinha um indice técnico e apesar de sabermos quem eram os favoritos teoricamente todos tinham como azarão a condição de vencer a prova. A terrível subida era a Consolação. Brincavamos com os amigos de equipe que não mantinham o ritmo na Terrível subida dizendo que o mesmo tinha morrido na porta do cemitério. O que aconteceu de lá até os dias de hoje. A prova foi aberta a todos é só pagar e participar, não que isto esteja errado. O que esta errado é a falta de respeito da organização com quem corre de forma séria,tendo a corrida como um hábito. Estes que são uma grande maioia não possuem uma estrutura para realizarem uma prova séria.”A organizadora tem que organizar a largada”, onde os mais rápidos saem na frente e os mais lentos atrás.No final coloquem os fantasiados a equipe de reportagem da Globo. Desta forma tudo será perfeito: vamos correr para fazer a melhor São silvestre, o pessoal da festa faz a festa sem atrapalhar e a Globo faz a parte dela.Não importando onde será a chegada.
    Abraço.

  41. E não é que tem outra no dia 31-12-2011:
    http://www.sansilvestrebuenosaires.com/inicio_port.php?pagina=reglamento

  42. Próximo ao Obelisco não tem metrô do lado, se deixar o carro próximo a chegada terá que ir a pé até a largada e pegará trânsito para voltar pra casa (A Brigadeiro e suas travessas interditadas), se deixar o carro perto da Paulista terá que voltar andando.

    Será que vão colocar ônibus para os atletas?

    ———————–

    Marcelo,

    Minha expectativa é que a organização coloque ônibus sim, da chegada para a largada. Como ocorre com a Maratona de São Paulo. É o mais lógico.
    Agora, se não colocarem, uma sugestão é combinar com amigos, deixar o carro próximo do Ibirapuera (há o estacionamento da Assembleia Legislativa, por exemplo), e subir para a Paulista de táxi.
    Mas, volto a dizer, se a organização quer melhorar a São Silvestre, os ônibus serão essenciais.

    Abraço,
    André Savazoni

  43. Prezados,
    Pela primeira vez irei correr a São Silvestre e acho que a mudança para mim não será problema, ate´porque não vivi as outras provas.
    Acredito que a São Silvestre seja maior que o percurso dela com certeza, não deixa de ter sua beleza e motivação.

  44. Aos que acreditam em “Papai Noel” (CET, Yescom com boas intenções), sugiro uma leitura no post do blog do Erich Beting: http://negociosdoesporte.blogosfera.uol.com.br/2011/09/02/a-morte-da-sao-silvestre/
    E se o percurso é o que menos interessa, que tal corrermos todos os 15 km da São Silvestre na Marginal Tietê/Pinheiros, com largada na Ponte Estaiada? (risos) abraços

    —————–

    Jacoto,
    Li esse texto, até comentei no Twitter.
    Para mim, essa parte é mais absurda do que qualquer mudança feita no percurso por quem quer que seja:
    “Era muito simples resolver o problema da São Silvestre. Aumentava-se o valor da inscrição, diminuia-se o número de inscritos e criava-se toda uma expectativa nas pessoas de garantir o tão desejado lugar na prova de rua mais tradicional da América do Sul. Com isso, tem menos gente e um melhor serviço para o corredor que conseguir mais rapidamente adquirir a sua vaga na prova. Isso não significa tornar a corrida elitista, mas simplesmente aplicar o conceito de oferta e procura que rege o mercado capitalista. Para conseguir a vaga, tem de chegar antes.”
    A opinião deve ser respeitada, agora, para mim, o “povão” é a alma da São Silvestre. Povão que vem de todas as regiões do país. A inscrição já é cara. E essa medida seria sim elitizar a prova. Prefiro chegar no Ibirapuera num dia com 30 mil corredores (no ano passado foram 18 mil concluintes e ainda estamos longe desse número) do que ver a São Silvestre terminando na Paulista limitada a 15 mil ou até menos, valendo a regra: quem tem mais dinheiro, corre.
    Abraço
    André Savazoni

  45. Não atrapalhando o tópico…..
    Existem outras SS na noite do dia 31/12. Entre elas a São Silvestre de Avaré, em 2011 completará sua 66ª Edição.

    Abrçs.

  46. Jacoto, valeu pelo post do Erich.

    O texto do Erich Beting elucida os fatos uma vez que ele mesmo conversou com o Kassabian e sabe dos reais motivos da mudança.

    A Yescom é um braço da Rede Globo e em nome desta, tem o privilégio de ganhar dinheiro e é usada como instrumento de interesse televisivo.

    Por isso reforço que acredito piamente que no futuro a Prova terá largada ou chegada na Ponte Estaiada porque é cartão-postal da Globo e também terá como percurso a Av. Roberto Marinho que tem projeto de revitalização gigantesco por parte da Prefeitura de São Paulo.

    O Erich Beting só peca quando opina sobre o aumento no valor das inscrições para diminuir o número de atletas e assim melhorar a organização. Ora, pra mim isso é uma grande distorção, é uma falácia, é sim elitizar a corrida, esta que já há muito vem deixando de ser o esporte mais democrático que existe.

    Basta, ao meu ver, deixar a organização para uma empresa com bons valores e princípios institucionais, ou seja, que posso explorar o evento, mas tenha como finalidade o cuidado e satisfação do atleta. Tanto o atleta festeiro, como aquele amador, como o de elite.

    Só que no Brasil esta empresa ainda não existe.

    Infelizmente.

    Paulo

  47. Faço minhas as palavras do Paulo Sakumoto, mais lúcidas até do que as palavras do Erich Beting, que só escorrega justamente quando apresenta como solução a elitização da São Silvestre.
    Quero chamar a atenção, desde a minha primeira participação neste post, em relação às “falácias”, de não acreditarmos e engulirmos tudo o que ouvimos. Não sejamos tão inocentes. Ter a São Silvestre para 30, 35 ou 40 mil seria ótimo (assim como ocorre em todas as “major marathons”), mas não esperem que o vaor da inscrição vá baixar este ano (quando a Yescom abrir as inscrições, vamos voltar a conversar sobre isso), tampouco que a Yescom vá disponibilizar ônibus até a Paulista (isto até pode ocorrer, afinal, há ônibus para a largada da Maratona de SP e para a chegada dos 25 km, mas não temos nenhuma certeza disto agora) ou que vá melhorar a qualidade dos staffs ou dos kits. Eu acredito que a mudança se dá apenas pela oportunidade de aumentar o número de inscritos e de não atrapalhar o reveillon da Paulista. Lembrando que a SS que nós nos acostumamos a sonhar e correr todo ano foi disputada, na maior parte de sua história, à noite e com chegada na Paulista. Quando for mais uma a chegar no Ibirapuera ou largar no Jockey/Ponte Estaiada, ou qdo ainda mudarem para o “último domingo do ano”, quero ver falarem que o que menos importa é o percurso…

  48. Essa discussão foi mesmo das boas.
    Independentemente das razões da Yescom, fico impressionado como algumas pessoas fazem questão de ter a chegada em frente ao prédio da Gazeta, ou mesmo de nunca se alterar o percurso.
    Pensando assim:
    – Os idealizadores da maratona de NY nunca deveriam ter alterado o trajeto original que era todo dentro do Central Park.
    – Os da maratona de Berlim não deveriam ter alterado o trajeto depois da queda do Muro.
    – Boston nunca deveria ter aceito a inscrição de mulheres.
    – O próprio trajeto da maratona nunca deveria ter sua distância alterada para 42,195 por ocasião dos jogos em Londres.
    – E a própria SS nunca deveria ter tido as alterações que teve.
    – E por aí vai.
    A fila anda…
    “tempora mutantur, nos et mutamur in illis” –
    “os tempos mudam e nós mudamos com eles”

  49. A mudança do percurso não vai resolver o maior problema da prova que é a largada lenta(muitos só conseguem correr pra valer depois do Minhocão). Lembro que anos atrás li na CR sobre uma prova nos EUA (Bolder Boulder) em que havia várias largadas. Será que é tão difícil fazer isso no Brasil?

    —————————————-

    Hideki,
    Concordo plenamente com você. E foi isso que defendi desde o início aqui nessa discussão sobre a São Silvestre. A largada foi, é e continuará sendo o grande problema da prova. É muito simples largar por ondas e com separação por ritmo. Só basta boa vontade.
    Só para lembrar, a Tribuna 10 Km teve 16 mil inscritos neste ano, em Santos, fez largada em duas ondas e melhorou em muito o início da prova. Provando que é possível sim.
    Então, fica a pergunta para a Rede Globo/Yescom e quem mais que seja responsável pela principal prova de rua do Brasil, a São Silvestre: por que não arrumar a largada?

    Abraço,
    André Savazoni

  50. Olá André!

    Refleti mais sobre o assunto e decidi deixar mais um comentário, podemos concluir que é tecnicamente possível manter a chegada na Av. Paulista, pois os cerca de 20.000 atletas não chegariam de uma só vez, eles seriam facilmente dispersos, numa área que supostamente suporta mais de 2 milhões de pessoas para ver o Show da Paulista que só começa horas depois.

    Existe outro fator que não foi levado em conta, e que atinge diretamente a logística do trânsito e a poluição ambiental, que são os ônibus que servirão de guarda-volumes, deverão ser mais de 50 ônibus que vão ocupar um espaço muito maior pelos arredores da Av. Paulista, vão ocupar muito espaço por todo o trajeto até chegar, para estacionar e para sair do local, além de atrapalharem o trânsito pelo percurso até o Ibirapuera vão gerar muito monóxido de carbono sem necessidade. A poluição também vai aumentar na região entre a Av. Paulista e o Parque do Ibirapuera devido ao maior número de carros que irão circular e estacionar na região para transpostar os corredores, pois esta se desperdiçando as várias estações de metrô da Av. Paulista, transporte muito mais limpo para a cidade de São Paulo.

    Já no ano passado foi solicitado a mudança do Palco do Reveillon pelo diretor geral da prova, Júlio Deodoro, veja:

    “A São Silvestre precisa crescer e atender todo o cerimonial que uma corrida exige. Em 2011, vamos reivindicar com a organização do révellion a mudança do palco. Precisamos que ele seja deslocado, na altura da esquina da Rua Augusta. Assim, poderemos aproveitar as duas pistas da Paulista e colocar 30 mil pessoas ali”, afirmou o diretor geral da prova, Júlio Deodoro.

    Fonte: Site Terra – nome do artigo: “São Silvestre pede mudança no Réveillon para ficar na Paulista”: http://esportes.terra.com.br/atletismo/noticias/0,,OI4866518-EI15503,00-Sao+Silvestre+pede+mudanca+no+Reveillon+para+ficar+na+Paulista.html

    Na minha opinião o erro maior é da prefeitura em aprovar a mudança, ela tem o maior poder de decisão, e teria que ter pessoas competentes para analizar o impacto da poluição e do trânsito em toda essa região para exigir a mudança do Palco do Reveillon para próximo da Rua Augusta, decisão muito mais barata, inteligente e que gera muito menos poluição, “ainda esta em tempo, só precisa de vontade política”.

    Abraços!

    Marcos Viana “Pinguim”
    Blog: http://marcosvianapinguim.blogspot.com/

  51. Eu já assistia a Corrida São Silvestre, parei no ano 1987 pra correr-la. Segue minha mensagem.

    MORRE 1 TRADIÇÃO
    TIRAM O BRILHO DA NOITE (MUNDANÇA DE HORÁRIO)
    CONFRATERNIZAÇÃO ENTRE ELITE E ANÔNIMOS (CERIMÔNIA DE PREMIAÇÃO)
    DESRESPEITO (MEDALHA ANTES DA PROVA)
    SHOW EXPULSA CHEGADA DA PAULISTA (TEM MUITOS LUGARES PARA REALIZAR O SHOW-Sambódromo, Ibirapuera, Vale do Anhangabaú, Barra Funda ou outro lugar amplo, pois o que não falta é lugar em SÃO PAULO.

  52. A MUTILAÇÃO DA CORRIDA INTERNACIONAL DE SÃO SILVESTRE
    1º Mudam o Horário – MORRE A TRADIÇÃO
    2º Tiram a Cerimônia de Premiação – afastam o povão da ELITE
    3º Medalha antes de completar a prova – DESRESPEITO
    4º Chegada – show EXPULSA TRADIÇÃO

    OBS: COMO PROTESTO VOU ME INSCREVER CORRER TODO PERCURSO, MAS QUANDO CHEGAR NA AVENIDA PAULISTA VOU ENTRAR E CHEGAR NA VERDADEIRA CHEGADA.

  53. Simplesmente tiraram toda a tradição e charme da São Silvestre.
    São silvestre no período da manhã valha meu Deus.
    Nossa familia ja nem pergunta mais sobre ela,meus netos nem conhece, simplesmente detonaram…

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