O mercado de corridas no Brasil está em amplo crescimento. E isso envolve diversos setores. O de turismo inclusive. Viajar e correr ou correr para viajar está no topo da lista do principal “esporte” de muitos. Nas viagens internacionais, o tempo e passeio na maioria das vezes é maior, não há tanta correria. Fica-se, no mínimo, uma semana. Nas nacionais, porém, dá para ir e voltar no final de semana, de sexta a domingo por exemplo. Um dia “enforcado” no trabalho. Nesse caso, ainda mais indo com a família (com ou sem crianças), perder tempo não está no roteiro. Dentro e fora das ruas… É nesse filão que apostam as agências de turismo, ou melhor, “assessorias de viagens”. Já há diversas opções pelo país.
Sempre viajei por conta, montando meus “esquemas”. Inclusive para provas em Buenos Aires (Argentina) e Punta del Este (Uruguai). O mesmo para fazer a cobertura de corridas para a Contra-Relógio. Marcamos hotel e avião separados, sem incluir os traslados de um pacote. No último final de semana, eu e o Sérgio Rocha fizemos um “test-drive” com a Running Tour, que durante um mês patrocinou nosso podcast Contra-Relógio no Ar. Nova no mercado, a empresa tem a meta de ser organizada de corredores para corredores. Viagem de três dias, sexta a domingo. A experiência foi bem proveitosa. Confesso que ajuda e muito.
O pacote incluia os traslados aeroporto/hotel/aeroporto; hotel/retirada de kits/hotel; hotel/prova/hotel. Ou seja, em termos de deslocamento, tudo fechado. Uma preocupação a menos (e quem viaja, sabe que muitas vezes não é pouco o trabalho, ainda mais em locais totalmente desconhecidos). Com a prova na Lagoa da Pampulha em Belo Horizonte e com o Aeroporto de Confins bem distante, valeu a pena. Perdemos bem menos tempo do que viajar “na raça”. Você consegue organizar-se muito bem.
Há sempre a questão do café da manhã nos dias de prova nos hoteis. Com largada às 7h, é sempre uma dúvida. Com muitos corredores inscritos, facilita (o que não foi a questão na capital mineira, invadimos a sala de refeição), porém essa é uma negociação caso a caso. O que muitas vezes parece algo simples, como começar a servir às 5h30 ao invés das 6h, na prática torna-se uma dificuldade daquelas… mas está melhorando.
Uma sugestão que fica para a Running Tour (e para outras empresas) é enviar por e-mail para os clientes textos simples, diretos, com o que visitar na cidade, onde comer (com dicas nas redondezas do hotel onde ficará hospedado, para ir e voltar a pé de preferência, ou pelo transporte público, quando oferecido). Como a intenção é pensar de corredor para corredor, até um reconhecimento do percurso está previsto pela Running Tour em outros pacotes.
O “teste drive” foi extremamente positivo. Tem seu preço (como há várias opções, os valores já estão bem razoáveis, principalmente na negociação com as companhias aéreas). Vale à pena, como falei, nas viagens mais curtas (de final de semana) e em família (seja só o casal ou com crianças). Outras opções de empresas com serviços parecidos são a Extreme Tours, a Mundial Runner e a Kamel Turismo (focada no exterior, em meias e principalmente maratonas).