Entre tantos aspectos sensacionais que a corrida nos proporciona, conhecer pessoas é sem dúvida uma das maiores recompensas. Recentemente conheci uma grande pessoa que tem amor pelo atletismo, o presidente da Rede Atletismo, Jorge Queiroz de Moraes Júnior, que também foi atleta quando jovem. Jorge é de origem humilde, um lutador e vencedor pela sua história de vida.
Afinal, qual corredor não teria o sonho de poder oferecer uma pista oficial e criar um clube para incentivar jovens atletas e iniciantes. Isso aconteceu há pouco mais de um mês à beira da pista de atletismo da Rede em Bragança Paulista, na cobertura especial que realizei para a Contra-Relógio de agosto, sobre o projeto – “Novos Talentos” – da equipe Rede de Atletismo.
Passei o dia inteiro apreciando o brilho dos olhos daqueles jovens, um dia único na vida de todas aquelas crianças e adolescentes ao lado de estrelas e ídolos brasileiros já consagrados. Confesso que os meus olhos se encheram de lágrimas muitas vezes, foram muitas as emoções, em cada prova disputa na pista, na demonstração da garra e da luta daqueles jovens, verdadeiros diamantes a serem lapidados, promessas de futuros campeões no atletismo.
Jorge Queiroz na ocasião afirmou categórico: “Tenho pavor, horror de drogas de quaisquer tipos, sejam recreativas ou estimulantes.” Isso estava bem claro em todas as suas declarações. Jorge sabe da importância social de semear a prática esportiva para a juventude. Teve a infeliz experiência de perder um filho ainda jovem para as drogas. Mas, mesmo assim, nunca desistiu de seu sonho e com muita coragem, como poucos empresários brasileiros, resolveu arregaçar as mangas e investir no atletismo. Hoje ele e todo grupo Rede estão de luto – alguns atletas da equipe foram pegos por doping (conforme amplamente noticiado pelos jornais, radio e TV), resultado da droga que infesta e desgraça a sociedade e o esporte.
Em nota para imprensa, e num momento de recolhimento, o presidente da Rede Atletismo declarou: “…Continuaremos atuando de forma decidida por um atletismo limpo e sadio. Mesmo porque, se tal não for possível, então não será possível a associação dos nomes Rede e Fundação Aquarela ao atletismo. Estamos de luto por um ideal.”
Sr. Jorge, nós da Contra-Relógio, jornalistas e corredores sabemos o quanto é importante continuar acreditando no atletismo brasileiro e fraternalmente nos juntamos ao luto que a Rede Atletismo passa nesse momento.
Vicent Sobrinho
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Eu pratico este esporte há mais de vinte anos e durante minha trajetória eu nunca usei nenhum tipo de esteróide. Porém, sempre soube de alguém que se utilizava dessa prática – fosse indicado por algum professor, ou tomava por conta-própria. Portanto, para mim não é nenhuma novidade nossos colegas terem sido pego por usarem anabolizantes. De certa forma (eles), foram pressionados – acredito eu. Mas há pouco tempo, comentava-se que a equipe de revezamento de atletismo 4 x 100 m, se não estou enganado, iria receber a medalha de bronze pela desqualificação de uma equipe que teria sido pega por uso anabolizantes em olimpíadas, ou mundiais. É uma pena que, só depois de sujo (o nome destes atletas), o senhor Jorge Queiroz, se envergonha e os abandona. Terto Silva, assinante Contra-Relógio da A.A. Nova Geração, Santo André. Obs: refiro-me a equipe de revezamento brasileira, que receberia essa medalha. E seria injusto uma outra. Corre sem uso de drogas e perder para atletas “superbombados”.
Essa pessoa que aplicou esta droga nos atletas deveria ser BANIDA do esporte.
E se os atletas também tinham conhecimento, tambem devem ser BANIDOS.
Temos que dar um basta nesse procedimento!
Temos que moralizar, pelo menos, o atletismo.
Vamos lutar por isso!