Por Tomaz Lourenço | tomaz@novosite.contrarelogio.com.br
A Prefeitura de Maringá, no Paraná, oficializou que estará provendo e organizando a primeira edição da maratona da cidade, no dia 11 de agosto, que deverá ter também provas de 21 e 10 km. A ideia é realizá-la com percurso devidamente aferido (portanto válida para o Ranking da CR), premiação em dinheiro para os primeiros da geral e com inscrições gratuitas, o que seria uma medida inédita entre nossas maratonas e mesmo entre a absoluta maioria das provas de rua no Brasil, já que as taxas têm sido a principal e uma excelente fonte de renda para dezenas de empresas.
Aliás, a Maratona de Maringá terá também a característica de ser a única totalmente organizada pela prefeitura, ou mais precisamente por suas diversas secretarias, apenas eventualmente contratando alguns serviços e materiais de terceiros. Isto acontecia com a de Curitiba, mas de 3 anos para cá o evento passou a ser cuidado por uma empresa privada, realizando-se concorrência para tal.
A Prefeitura de Maringá tem boa experiência na realização de corridas, com destaque absoluto para a Rústica Tiradentes, dia 21 de abril, que chega à sua 45ª edição! Esta, que também tem inscrições gratuitas, é o foco das atenções atuais das secretarias, a tal ponto que está prevista a apresentação do detalhamento da maratona apenas para depois da Tiradentes. Mas os trabalhos estão em andamento, como os relacionados ao trajeto, previsto para acontecer integralmente dentro da cidade e, por isso mesmo, com grande repercussão para o trânsito.
ADIADA DE 2018. A Maratona de Maringá foi anunciada no ano passado, como resultado do pedido à prefeitura por parte de várias equipes de corredores/treinadores da cidade. Tudo parecia que ia bem, mas como a maior parte dos custos e da estrutura para o evento ficaria por conta do município, resolveu-se dar um tempo e melhor avaliar a proposta.
Ao constatar essa situação, a prefeitura decidiu então, agora, que assumiria integralmente a organização e promoção da maratona, como já faz com a Tiradentes. Dessa forma, o Paraná passará a contar com 3 provas oficiais de 42 km, uma vez que temos ainda a de Foz do Iguaçu, dia 29/09, a cargo do SESC-PR, e a de Curitiba, dia 17/11, da prefeitura, mas organizada pela Elite Eventos. A outra maratona “chapa branca” é a de Salvador, com data ainda não definida.
Dessa forma, aguardem aqui no site e/ou na revista mais informações sobre a primeira Maratona de Maringá, após 21 de abril, ou mesmo antes, se a prefeitura já começar a liberar dados a respeito, especialmente o site para inscrições (gratuitas!). Naturalmente que é bem vindo este detalhe, ainda mais com as taxas atualmente praticadas no país pelas organizadoras, mas não se pode deixar de citar que tal procedimento irá gerar um grande desperdício, uma vez que centenas de corredores irão se inscrever e não aparecer, ocasionando gastos desnecessários com as muitas medalhas, camisetas, números, chips etc que não serão utilizados.
Este aspecto era muito comum antes do advento da Contra-Relógio, especialmente porque a maior parte das corridas era de prefeituras, geralmente para comemorar o aniversário da cidade ou a padroeira local. A organização era quase sempre precária (para não falar caótica) e uma das alegações para tal era a falta de recursos. Então a revista passou a defender que as provas cobrassem pelo menos um valor simbólico, para inibir as inscrições que não se concretizavam depois, reduzindo, portanto, os custos e sobrando para outros gastos na organização.
Além disso, tal cobrança gerava responsabilidades, isto é, os corredores passavam a ter direitos (de serem tratados com respeito), uma vez que estavam pagando pelo serviço proposto. Tal bandeira da CR ocasionou o fim da “justificativa” das prefeituras, quando questionadas pelos corredores, com a expressão: “Vocês nada pagaram para correr, então não podem reclamar de nada!”
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.
Será que um dia vai sair do papel essa maratona de Maringá!!?!!?