A 28ª Supermaratona de Rio Grande, RS, que deveria acontecer no dia 20 de março, foi cancelada, segundo informou neste sábado (29/01) à CR o diretor Roger Lopes, da ACORRG – Associação dos Corredores de Rua de Rio Grande, promotora e organizadora do evento. As razões estão ligadas, obviamente, à pandemia de Covid, que se acreditava estar em declínio, mas que persiste.
Única prova de 50 km no Brasil (e uma das poucas no mundo), a Super de Rio Grande surgiu no comecinho de 1994, alguns meses depois do lançamento da revista Contra-Relógio (outubro de 1993). Soubemos sobre ela por meio do assinante Manoel dos Santos Lobão, dessa cidade, que foi a primeira capital do Rio Grande do Sul. Ele então nos informava que a tinham realizado como um desafio, com a participação de uma dezena de corredores locais.
E explicava que haviam saído do Balneário Cassino, pegado a estrada asfaltada até Rio Grande, cruzado a cidade e chegado novamente na Praia do Cassino (a maior em extensão contínua do mundo, com 250 km), para os 8 km finais de um total de 50 km. Este editor da CR achou o evento muito interessante, por compreender uma maratona normal, com aquele acréscimo pela areia da praia, e decidiu divulgar na revista, para que essa supermaratona vingasse.
O resultado foi a participação de uma centena de corredores, das mais diversas partes do país, na segunda edição, em 1995, e que foi motivo de capa na edição de abril (ao lado) e também de uma cobertura, com a publicação do mapa do percurso, que abre este post.
Nos anos seguintes a prova fez sempre publicidade na CR, com número crescente de inscritos, inclusive do Uruguai e Argentina. Tomaz Lourenço lá esteve anualmente, para a reportagem, e chegou a correr a prova em 2003, junto com o cartunista Iotti, completando os 50 km na casa das 5 horas.
Vamos torcer para que essa maldita pandemia acabe, com a ajuda imprescindível da vacinação e apesar do desgoverno federal, e que as corridas voltem com tudo, inclusive a 28ª Supermaratona de Rio Grande em março do próximo ano.