20 de setembro de 2024

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Sem categoria admin 3 de dezembro de 2012 (3) (138)

Simpósio de lesões na corrida em São Paulo questiona convenções

Foi realizado no último sábado o Simpósio de Lesões na Corrida, organizado pelo programa de mestrado em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo (Unicid) e pelo SPRunIG (São Paulo Running Injury Group – ligado à universidade).

O objetivo do evento era aproximar os profissionais ligados à corrida ao que há de mais novo em trabalhos publicados e promover análises sobre o assunto.

Muitos profissionais saíram de lá com uma grande dúvida na cabeça, já que durante a série de palestras foram questionadas várias convenções do treinamento de corrida e equipamentos.

Ficaram na berlinda o alongamento associado à corrida (que desde 2006 a revista vêm contestando), meias de compressão (também assunto de algumas matérias na CR), palmilhas e tênis – todos como fatores que não previnem lesões.

O padrão de pisada (aterrissagem com o calcanhar ou com o antepé) foi tema de uma convincente apresentação da norte-americana Irene Davis, fisioterapeuta com doutorado em biomecânica e convidada especial do Simpósio. Atuando como pesquisadora do Spaulding Running Center da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, Irene vêm tratando corredores há anos e tem usado a corrida descalça para mudar o padrão de pisada de corredores para o tratamento de lesões, com muito sucesso. A própria Irene corre descalça e foi entrevistada com exclusividade pela revista Contra-Relógio para matéria que deverá sair nos primeiros meses de 2013.

Alexandre Dias Lopes, professor do curso de mestrado da Unicid e um dos coordenadores do SPRunIG, foi o último palestrante e fez uma interessante afirmação em relação à ocorrência de lesões – a de que são multifatoriais – algo muito semelhante ao que ouvimos em relação a um acidente de avião: nunca acontece por apenas um erro e, sim, por uma somatória de fatores ou erros.

A convite do próprio Alexandre Lopes, a Contra-Relógio foi representada pelo editor de arte, Sérgio Rocha e pelo colunista da seção de Medicina Esportiva, José Marques Neto, e ambos participaram do painel de discussão de casos ao final do Simpósio.

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3 Comments on “Simpósio de lesões na corrida em São Paulo questiona convenções

  1. Muito bom! Agora vamos ver se os treinadores começam a entender que o que interessa é saber COMO correr, o que fazer e o que não fazer para o deslocamento… em resumo, o que é ativo e o que é passivo em cada passada. Só desta forma, poderão ensinar seus alunos/atletas a correrem e reduzir a incidência das lesões.

  2. Sou testemunha ocular das palestras e típico Rearfoot Striker! rs
    Sempre enxerguei a corrida minimalista como uma opção paralela, mas saí do simpósio com outra cabeça. Estou totalmente convencido de que corrida minimalista é o ideal. “Nossos pés sempre têm suas capacidades menosprezadas”.
    Meu projeto para 2013 é me iniciar na corrida minimalista. Já estou realizando os exercícios de fortalecimento da musculatura intrínseca do pé e a mobilizar as articulações. 😉
    Quem sabe não lanço um blog com a evolução… 🙂

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