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Notícias admin 29 de março de 2015 (0) (201)

Semi-Marathon de Paris

O percurso não inclui os famosos cartões-postais da Cidade-Luz, como a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo ou a Champs-Elysée para citar três, como na maratona realizada agora no mês de abril. O que não a deixa menos atraente. Longe disso. A começar pelo simples fato de que antes, durante e depois dos 21 km você estará em Paris, o que por si só já vale a inscrição e a viagem. Depois, a Semi-Marathon de Paris, realizada no dia 8 de março, tem inúmeros atrativos. O trajeto passa pelo Rio Sena e Praça da Bastilha, e tem largada e chegada no Parque das Flores (diante do Château de Vincennes), com acesso bem fácil pelo metrô, em uma região charmosa pouco visitada pelos turistas.
Logo a primeira impressão já é positiva. O site oficial (www.semideparis.com) é muito completo (assim como a página no Facebook) e o processo de inscrição extremamente tranquilo. Nesse momento, você opta pelo ritmo de tempo previsto para a conclusão (o que definirá o horário de largada). Uma vez confirmada a participação, passa a receber todas as informações necessárias por e-mail. O valor para a edição deste ano foi de 80 euros. Há largadas por ondas, separadas em baias. A elite parte às 10h e a última onda às 11h30.
A feira de entrega dos kits, apesar do excelente local em termos de infraestrutura e acesso (metrô) é tímida. Mas tudo funciona como o esperado: em menos de cinco minutos, no sábado por volta das 13h (segundo e último dia de entrega), foi possível retirar o número de peito, camisa e credencial de imprensa.
Em termos de atrações na feira, o estande do patrocinador Adidas é pequeno, somente com o básico em material esportivo. O que contrasta com o tamanho da prova, a terceira maior do mundo na distância, com quase 35 mil finalizando nesta 23ª edição, atraindo participantes de 120 países. As duas maiores são as de Gotemburgo (Suécia) com mais de 45 mil concluintes e a Bupa Grea North Run (Inglaterra) com mais de 40 mil.
Há ainda algumas lojas de produtos relacionados ao mundo das corridas, e vale muito perder um tempo nos inúmeros estandes de provas (meias, maratonas, 10 km e de montanha) por toda a Europa. Uma mais atraente do que a outra, como os 42 km de Lyon (França), a "capital da gastronomia") ou de Zurique (Suíça).
Aproveitando o dia de retirar o kit, visite o Château de Vincennes – irá passar ao lado dele ao sair do metrô (www.chateau-vincennes.fr). É um dos castelos mais importantes da história da França, com o início da construção no século 12. Quando o rei mudou-se para Versalhes, acabou abandonado pela corte. Depois disso, teve uma história movimentada, que inclui até a "participação" na Segunda Guerra Mundial. Hoje é ocupado por unidades das Forças Armadas francesas. O local está todo em reformas, assim, a tendência é de que esteja bem bonito em 2016.

A PROVA – O início do mês de março é tradicionalmente de temperaturas baixas em Paris. Assim, o frio será sempre um aliado. Este ano, mesmo sendo o dia mais "quente" da semana, a média foi de 10 a 12°C entre 10h e 13h. O percurso, 95% plano, ratifica a possibilidade de quebra de recordes pessoais.
No domingo, é importante ir com um pouco de "sobra" de tempo para o metrô, que fica bem lotado na linha 1 (enfim são 40 mil inscritos, mais acompanhantes e pessoas que vão visitar o Parque das Flores ou o Château de Vincennes, o que amplia facilmente esse número para 50 mil pessoas).
Mesmo com a separação por ritmo (não é pedida uma comprovação no ato da inscrição) e com tudo determinado com base nos números, os franceses (e alguns estrangeiros, claro) "invadem" o espaço dos outros. Mas a aglomeração é apenas no começo porque logo se consegue correr no ritmo previsto. E atenção: são somente três pontos de hidratação com água, o que não chega a ser um problema, devido à temperatura.
A meia-maratona também é uma festa, com muitas bandas de música, praticamente uma a cada 500 m. Sem falar do público nas ruas, incentivando amigos, parentes e desconhecidos. A concentração maior, como não poderia deixar de ser, é na Praça da Bastilha. Outro ponto a se destacar é a organização do guarda-volumes. Havia dez boxes, com subdivisões em cada um; tanto na hora de deixar a bolsa, quanto ao retirar, nada de filas.
Na chegada, além de água e isotônico, frutas, chá, café e um poncho para os concluintes. Muitos corredores aproveitaram para comer nas lanchonetes montadas no local e curtir mais alguns momentos com os parentes ou amigos (incluindo até piquenique) no Parque das Flores.

RECORDE – Nesta 23ª edição, a Meia de Paris teve 34.897 completando, um recorde muito comemorado pelos organizadores. No masculino, a disputa queniana foi intensa em boa parte dos 21 km, com Vincent Yator (1:00:16) superando o compatriota Mark Korir (1:00:52). O terceiro colocado foi Abrha Asefa, da Etiópia (1:01:11).
Já entre as mulheres, pódio todo da Etópia e bicampeonato de Yebrgual Melese (1:09:54), com Afera Godfay (1:10:08) e Bekelech Bedada (1:10:13) em segundo e terceiro lugar, respectivamente. Por sinal, a porcentagem feminina subiu para 34% dos concluintes (4% a mais do que em 2014), o que comprova uma tendência mundial, já consolidada nos Estados Unidos e uma realidade recente no Brasil – de crescente participação das mulheres nas provas curtas, mas também em meias-maratonas.
A 24ª edição da Meia de Paris está marcada para o dia 6 de março de 2016. Mais informações em www.semideparis.com.

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