20 de setembro de 2024

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Sem categoria André Savazoni 6 de agosto de 2012 (14) (100)

Sabe um dia em que nada se encaixa? Foi assim na etapa de São Paulo da Golden Four

Há dias e dias. Não temos como fugir disso. Infelizmente. Por mais preparado que você esteja (e não falo só de esporte), existem momentos em que nada se encaixa. Sem desculpa, nem nada. Tenta, tenta, mas não vai. Foi assim ontem, na etapa de São Paulo da Golden Four Asics. Isso não tem nada a ver com o tempo de conclusão (que foi até bem bom), com o clima ou percurso, mas como me senti na prova e como corri. Sem me sentir bem desde o km 2, não tive cabeça para fazer força ou até dar um sprint a partir do km 18. Frustrante. Levará um tempo para digerir, mas bola para frente.

Do km 2 para frente, estava com ânsia, parecia que tinha uma “batata” na garganta, mas o ritmo estava encaixado. Fui de cronômetro desta vez, mas confesso, não consigo mais ficar olhando para o relógio, controlando ritmo a cada km, essas coisas. Quero correr… Pela sensação. Olhei no primeiro km e, depois, fiz como no Rio, usando como referência somente algumas marcações da prova. Nem todas. Até passei o km 10 bem, em 40:44, mas já desconcentrado, não vendo a hora de terminar a corrida. Isso é ruim demais.

Então, a partir do km 18, piorou mais, não via a hora de acabar. Com o vaivém que havia no final (mais um), desanimei ainda mais. Não era um problema de pernas ou de preparo físico, mas de vontade de correr. Mesmo em uma maratona, que é sofrida de qualquer maneira, ou em um 10 km para sub 40 (quando tudo doi), precisamos ter prazer, curtir o momento. Da maneira que seja. Ontem, não curti nada  e no final a cabeça pesou. Como não estava marcando o tempo, não tenho como confirmar, mas acredito ter perdido de 40 seg a 1 min nos 3 km finais… Fechei em 1:27:21 (tempo líquido oficial), uma boa marca, mas a sensação foi de frustração… Paciência, agora, é dar um tempo, continuar treinando e bola para frente.

A CORRIDA – Falando da prova, achei o percurso de São Paulo o mais “travado” dos três deste ano da Golden Four Asics. Muitos cotovelos, vaivém dentro da USP, além da chegada. Para 2013, deixar a prova mais “reta” seria melhor para a característica defendida pelo evento, de ser uma meia-maratona rápida. Claro que muita gente bateu recordes pessoais, mas isso devido ao clima ótimo no dia, à largada às 7h e com separação de ritmo, hidratação perfeita e aos treinamentos de cada um, porém, seria ainda melhor com essa mudança.

Houve um atraso de 7 minutos na largada, a partir da elite feminina. Um ponto bem interessante é que, ao contrário do Rio, controle total na entrada nas baias, com pessoal do staff retirando da elite B quem não tinha o número correspondente. Uma medida excelente. Alguns corredores reclamaram de marcações de quilômetros erradas, mas não posso avaliar porque estava sem GPS nem cronometrei as passagens. Além disso, outros disseram que houve um acréscimo de 32 seg no tempo líquido. No da minha esposa, aconteceu mesmo. Mas o meu tempo bateu exatamente com o meu cronômetro, tanto a marca bruta quanto a líquida (e com o relógio na chegada). Agora, neste momento que escrevo o texto, os resultados estão “em apuração” no site (já foram publicados).

Falando ainda do evento em si, considerei a Expo de sábado a melhor da Golden Four deste ano. Sem comparação. Tudo muito bem dividido, espaçoso, confortável, organizado… a loja da Asics com uma variedade enorme de produtos, distribuição de água, um bom lanche, acesso muito fácil pelo Metrô. Pode (e deve) ser usada como referência para as outras provas da série de 21 km da Asics ou não.

RESULTADOS – A disputa na elite também boi bem equilibrada. No masculino, apenas 2 segundos separaram primeiro e segundo colocados, Rafael Santos de Novai (1:04:50) e Solonei Rocha da Silva (1:04:52), respectivamente. Entre as mulheres, vitória da queniana Nelly Jepkutui, com 1:16:04, com a brasileira Sirlene Sousa de Pinho, na segunda posição (1:17:13).

Foto: Asics/Divulgação

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14 Comments on “Sabe um dia em que nada se encaixa? Foi assim na etapa de São Paulo da Golden Four

  1. Sei que parabenizá-lo pelo resultado não seria o melhor a dizer pra você neste momento. Mas passando por momentos como este é que nos tornamos mais fortes! Erga a cabeça e olhe pra frente! Abcs!

  2. Olá André!

    Acompanho a evolução dos seus recordes pessoais, sei que você continua em ascensão, e esta correndo forte em praticamente todas as provas que participa, foi o caso da sua recente participação no K21 Ilha do Mel, portante seu corpo e seu sub-consciente apenas estão pedindo um pouco de moderação para poder se recuperar plenamente para seus próximos recordes pessoais, como sempre tudo é uma questão de dar tempo ao tempo. Nos vemos no K42 de Bombinhas!!! Abraços!!!

  3. André, realmente é frustrante quando isto acontece. Como conversamos no sábado, fui sem expectativas de melhorar meu tempo. Durante a prova na saída da politecnica senti dores fortes na coluna e se não fosse o incentivo de um amigo teria desistido por ali, nos 2km seguintes segurei um pouco e voltei ao ritmo com ele. Depois do km15 me sentia muito bem, estava correndo leve sem incomodos, depois da última súbida tive a certeza que dava para bater o “recorde pessoal mundial” daí pra frente sentei a “bota” sem medo, fechei com 1:24:10 melhorando em 1min7seg minha marca na meia-maratona!!! Agora é bola pra frente, que o resultado vai chegar. Em relação a prova achei o percurso muito ruim, os cotovelos fizeram perder muito tempo, existem outras meias-maratonas com percursos melhores que este em SP. Só desejo boa sorte aos organizadores para que 2013 seja melhor,

  4. Oi André, tudo bom? Meu título seria exatamente o contrário do seu. Encaixou tudo e bati meu recorde pessoal em 4 minutos, mesmo com o trajeto cheio de cotovelos. Também achei algumas marcações de quilometragem estranhas, principalmente na Av. da Raia, mas beleza. Foi uma prova marcante para mim, e é isso que importa.

  5. Acontece, né? Você sabe disso. Dia bom, dia ruim. A GF continua sendo bem organizada fora da pista, mas com alguns probleminhas na corrida propriamente dita. O percurso é um deles, chatinho e truncado, vários grampos de 180º, curvas, enfim, “inspirado” na maratona olímpica. Algumas placas estavam em local claramente equivocado, mas abastecimento e controle de baias estavam bons. Há essa questão do tempo com disparidade para alguns (e eu sou um deles). Em comparação com BH, a organização corrigiu o problema dos chips que se soltavam, mostrando-se atenta. Havia bastante gente, mas não houve problemas de tumulto na largada e nem pra desenvolver a corrida. Um ou outro estreitamento que não influenciou no final. No geral, contabilizando-se tudo isso, percebe-se que várias pessoas conseguiram correr o seu melhor, um dos objetivos da prova. O clima ajudou nisso também, mas o horário da largada foi bem apropriado. Fizeram falta alguns marcadores de ritmo, mas eu, de certa forma, agradeço a isso.

  6. Pois é Andre. Pra mim deu recorde pessoal, mas também não sai feliz da prova. Na hora, não entendia o que estava acontecendo, mas depois entendi que pra segurar o pace de 4′ em um percurso tão complicado, ainda é demais pra mim. Acho que já assimilei o que aconteceu ontem e agora tenho 2 meses para acertar tudo para Chicago, pois em maratona num dá pra arriscar não… Abçs!

  7. Acho que nos dois acordamos com “aqueles dias”. Tinha feito a Meia de Sampa com 1:34. 2 semanas depois fiz a 10 milhas da Athenas em 1:08. Logo pensei G4 abaixo dos 1:30. E aconteceu a mesma coisa: Comecei bem (4:10/km), mas no km 08 caiu o ritmo que estava e virei um relogio so que batendo os 4.25’/km. Tanto que terminei com 1:32h. No inicio nem acreditei que fiz uma das mais excelentes provas de cabeca ( aquela que voce administra tudo – agua, quando acelerar, quando acompanhar um ritmo mais forte, quando deixar outra pessoa passar ) Mas me senti igual ao Cielo: tenho uma medalha mas poderia ter sido de ouro. Em relacao a prova-> A infraestrutura de primeira que faz muito tempo que nao via em outras provas. Somente acho que percurso poderia ter sido alterado, pois como comparacao a meia de sampa que teve quase o mesmo percurso, acho que talvez poderia utilizar a Prof fonseca rodrigues ou tentar liberar a Estaiada como no ano passado.Hidratacao fantastica e kit muito bom. Bem das 5 maiores 21km dentro da cidade so falta circuito athenas. Tomara que tenha a mesma estrutura. E Andre boa sorte na proxima prova.

  8. André, bati recorde e sai muito descontente da prova. Simplesmente não consigo correr vendo a galera na contramão. Acho isso um terror psicológico. Você não chega nunca na virada, um sofrimento desnecessário. Acho que fizemos isso umas quatro vezes.
    Talvez seja esse o seu sentimento, do qual eu compartilho. Uma prova dessas ter bate e volta é meia boca.

  9. Que pena, André. Eu estou voltando agora e fui 20 min mais lento que no ano passado. Achei que dava pra não ter usado a subida do cavalo e que a Politecnica é muito chata de se correr. A prova foi muito bem organizada, não faltou agua nem Gatorade mesmo pra gente que tava lá no fundão. Abçs

  10. Ana, sabe que eu gosto de ver o pessoal na contramão? É uma forma de acompanhar como está a corrida e os meus colegas. Vejo se o meu amigo rápido tá muito rápido, vejo se estou meio perto do meu amigo um pouquinho mais rápido do que eu, acompanho os meus amigos mais lentos, vejo se tem mais gente na minha frente do que atrás de mim…

  11. Nishi, um bom ponto de vista. Será que se eu encarar dessa forma sou capaz de “aguentar” a contramão? Porque, sinceramente, ela me abate.

  12. André

    Acho que tem algum problema nos tempos liquidos. Se você saiu na Elite B como você teve uma diferença de mais de 30 s entre tempo oficial e liquido. Quem ganhou afinal o Solonei ou o Rafael.

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    Na elite, Benvenuto, vale o tempo bruto, não o líquido. É a chegada, então, nesse caso. O que dá diferença é o tempo líquido do Solonei e do Rafael, que não valem para elite. No Rio, larguei no final da elite B, já no começo da outra baia, e demorei uns 30 segundos para passar pelo tapete, devido ao tumulto que estava. Em SP, larguei mais no final da elite B, para evitar cair (o que tem sido comum em minhas provas, rs) Como não marquei meu tempo em nenhuma das duas provas, não sei confirmar. Tinha um tempo e depois apareceu outro, mas não tenho como comparar. A referência que tenho é da minha mulher, que correu a prova com o GPS. Daí, o dela estava com 31 segundos de diferença. Depois, arrumaram. Com uns 30 amigos que falei, aconteceu a mesma coisa.

    Abraço
    André

  13. Realmente tem problema na marcação de tempo, o meu o ficial foi de 1h21m57s e depois de algumas horas baixaram para 1h21m26s, no relógio marquei 1h21m55s, ou seja, o primeiro tempo oficial estava correto.

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    Misael, com a maioria que falei, havia realmente esse problema de cerca de 30 segundos entre o tempo líquido divulgado e o marcado em GPS, relógio etc. Não tenho o meu tempo porque corri sem GPS e só marquei o primeiro km no cronômetro. Depois, segui em frente sem marcar mais. O que sei, é que para muita gente o tempo não batia e fizeram um acerto. Não foi de todo mundo porque chequei isso. Então, talvez, tenham tirado do seu tempo considerando na verificação que estava errado por algum motivo.

    Abraço
    André

  14. Eu não ligo muito de ver o pessoal do outro lado, algumas vezes acho até legal. Mas os cotovelos… ainda mais quanto fazem uma “chicane” como nesta prova. Quebra muito o ritmo, ainda bem que eu tinha o meu personal pacer Nishi, rs

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