A queniana Ruth Chepngetich, de 30 anos, atual recordista mundial da maratona, foi suspensa provisoriamente pela Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) após um teste antidoping positivo para Hydrochlorothiazide (HCTZ), um diurético classificado como agente mascarante pela Agência Mundial Antidoping (WADA). A substância foi detectada em uma amostra de urina coletada no dia 14 de março de 2025, após a participação da atleta na Meia de Lisboa, em que foi 2ª colocada com 1h06min20. Foi a última prova oficial da atleta.
De acordo com a AIU, a concentração da substância no organismo da atleta foi de 3.800 ng/mL, 190 vezes acima do limite mínimo de notificação, que é de 20 ng/mL. O caso está em investigação, e Chepngetich tem o direito de se defender.
A AIU informou que a atleta foi notificada oficialmente em 16 de abril e, três dias depois, optou por uma suspensão provisória voluntária. A decisão formal da entidade, com emissão notificação de acusação e suspensão provisória imposta pela própria AIU, foi anunciada em 17 de julho.
O uso de diuréticos e agentes mascarantes não leva automaticamente à suspensão provisória, conforme o Código Mundial Antidoping, mas a decisão da atleta de colaborar com o processo e aceitar a suspensão voluntária permitiu o andamento da investigação.
Em abril, a queniana chegou a ser anunciada para a Maratona de Londres, mas desistiu dois dias antes, alegando não estar bem fisicamente e mentalmente.
Chepngetich fez história na Maratona de Chicago de 2024, ao se tornar a primeira mulher a completar os 42.195 metros abaixo das 2h10min, com o tempo de 2h09min56, superando o recorde anterior da etíope Tigist Assefa (2h11min53, Berlim 2023).
Entre seus principais títulos estão o ouro no Mundial de Doha (2019) e três vitórias em Chicago (2021, 2022 e 2024). Caso a violação seja confirmada, Chepngetich poderá ser punida com suspensão de até dois anos.
