Correr a Tribuna 10 km é uma experiência única. Uma tradição mais do que especial. Ainda mais se você tem uma relação com a cidade, que respira esporte. Cresci assistindo ao evento ano após ano (tá bom, não cresci tanto assim!). E o mais interessante, é observar a prova rumo aos 30 anos com corpo e mente aberta. Para mudanças, para melhorias, para evolução. Como a vida.
As pessoas que fazem a Tribuna são apaixonados pela corrida. E pelo esporte. E isso faz todo o diferencial. Após esta semana de folga, começarão a pensar já na edição de 2015, a dos famosos 30 anos. Ontem, conversando com o Fábio Maradei, assessor de imprensa da prova, para pegar uns detalhes para a matéria da Contra-Relógio, uma frase dele exemplifica bem isso: “A prova é pensada em todos os detalhes… sobretudo, nas pessoas. E com bastante tempo de antecedência.”
Completei os 10 km pela quinta vez nos últimos seis anos – pulei uma edição para que minha mulher, Mari, pudesse estrear nela já que estávamos com as crianças pequenas. E espero chegar à décima, à 15ª e por aí vai.
Claro que é uma prova cheia. Foram 20 mil inscritos com quase 18 mil concluintes. A largada, mesmo com a elite B, por exemplo, é com bastante gente. Até o km 3, você tem de fazer força, perde um pouco de tempo. Fico imaginando, quem se prepara e larga no pelotão premium, só não faz o tempo da vida se não quiser! Pois pega tudo livre. Se a gente, que vem atrás, consegue correr bem, imagine então com tudo liberado. Largar no pelotão geral, por outro lado, exige chegar mais cedo e fazer força além do normal no início. Faz parte do crescimento do evento.
O fato de ter três ondas de largada, ajuda na dispersão. E precisa contar também com o auxílio das pessoas. Olha elas aqui de novo. Pessoas. Vai correr em outro ritmo, não vai para recorde pessoal, integrará os famosos pelotões? Quer apenas divertir-se e festejar (o que é bom demais também na Tribuna, diga-se de passagem)? Basta largar na segunda ou na terceira onda. E todo mundo vai embora com sorriso no rosto.
Aproveito para deixar algumas dicas para as edições futuras. A elite B está enchendo, a organização poderia reduzir o tempo para ser admitido nela e criar uma elite C. Para contar com um maior envolvimento ainda da cidade de Santos, seria excelente fechar parcerias com restaurantes, criando o prato (ou os pratos) “Tribuna 10 km” no sábado e no almoço de domingo.
Como nas provas no exterior, outro fator que faz parte da tradição é o desconto na conta quando você vai com a medalha. Coisa como 10%, compra duas cervejas e ganha a outra. Uma rodada de chopp grátis. E por aí vai. Ideias e possibilidades não faltam. Nos vemos no dia 17 de maio de 2015, na 30ª Tribuna. E, depois, na praia do Gonzaga ou tomando uma cerveja nos bares ao redor.