Em 2011, estive na Maratona de Porto Alegre pela primeira vez. Tinha corrido duas provas de 42 km até então. São Paulo e Curitiba, ambas em 2010.
A recordação é bem legal. Foi onde obtive, pela primeira vez, o índice para Boston. Nem sabia direito sobre a prova norte-americana, apenas da exigência de classificação e fui atrás dela.
Ainda em 2011, participei da Maratona de Punta del Este, no Uruguai. A diferença entre as duas? Oito segundos mais lento no balneário uruguaio.
Então, em 2012, a estreia em Boston, no ano do calor. Assim, lá mesmo, ao correr na Boylston Street pela primeira vez, tomei a decisão: voltar a Porto Alegre em um mês e buscar um sub 3h05, que me daria a classificação para Boston-2013.
Assim, 30 dias depois, estava na capital gaúcha. Determinado. Corri olhando o relógio por 42.195 m. Controlando cada passo. Foi sofrido. Fechei em 3:04:45 e novo passaporte carimbado para Boston. Ao completar a prova, lembro até hoje das câimbras na coxa, na panturrilha e no abdômen. O pessoal na área de massagem se divertiu comigo gritando a cada mudança do corpo. Quando passava a câimbra, até eu gargalhava.
Desde então, fui seguindo nas maratonas. Treinando especificamente e exclusivamente para os 42 km. Sou apaixonado pela disciplina, pela exigência da preparação, pelos longos aos finais de semana, pela dedicação necessária… Foram, então, entre a estreia em Porto Alegre, mais 17 maratonas, no asfalto e nas montanhas/trilhas.
Agora, para a 33ª edição, um prêmio especial já ganhei. A organização da Maratona de Porto Alegre me dará o número de peito 22, em homenagem à 22ª prova de 42 km, que espero completar no dia 12 de junho. Faltam poucos dias.
Hoje, a forma de encarar a maratona é completamente diferente das duas vezes em que corri. Não falo de performance ou tempo, que melhoraram, mas de sabermos como o corpo irá se comportar; de entender as dores que virão; de saber que a partir do km 32 a cabeça será uma adversária e a concentração fundamental; que até o km 30 tem de passar em ritmo de cruzeiro, tranquilo, ou o sofrimento virá; a exigência dos detalhes do treinamento e que a placa do km 41 é a melhor de todas.
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Caro André,
Pode estar certo que você é um exemplo a ser seguido.
Congrats! U rock!
Boa prova André!
Demais André! É uma inspiração. Admiro muito você!