Sem categoria André Savazoni 5 de fevereiro de 2016 (0) (215)

Rumo a Boston: tradição e envolvimento em todos os setores

foto_0530_BLOGPode parecer simples. Até óbvio. Confesso que realmente é. Mas essa obviedade é um dos fatores que torna a Maratona de Boston uma experiência única para quem participa ou acompanha ao vivo, pelas ruas, antes, durante e depois. A tradição da prova e o envolvimento não apenas de Boston, mas das cidades da região, em todos os setores, faz uma enorme diferença.

Claro que o fato de a maratona estar chegando na edição de número 120 é um ponto indiscutível. Nem sempre foi grande, nem sempre atraiu gente de todos os cantos do planeta. Muito pelo contrário. Nesses 120 anos, há pouco tempo é “internacional”. Mas, hoje, chegou nesse momento.

Um ponto que ajuda: você sabe a data da edição 121, da 122, da 130 e da 150, se quiser. Sempre a terceira segunda-feira de abril, feriado do Dia do Patriota. Assim, já pode se programar. Quer ir para Boston em 2018? Começou a correr maratonas agora ou ainda vai começar? Planeja estar na linha de largada em 2021, em cinco anos? Pode se programar e, se quiser, até reservar o hotel que não irá mudar! Já cansei de ver americanos fazendo o check-out no hotel e já reservando para o ano seguinte!

O que chama mesmo a atenção é o fato de a prova ser da cidade, dos políticos (lá eles também existem), dos moradores, dos policiais, dos empresários, da população. E o carinho com que recebem os corredores e com quem tratam os 42 km. Todos se envolvem. Todos sabem o que está ocorrendo naqueles dias de abril (nos restaurantes, nas lojas, nos parques, nas escolas, nas igrejas…). Aproveitam, também, muito isso. Seja para lançar uma cerveja especial vendida somente naqueles dias (a Samuel Adams 26.2), a comercializar produtos oficiais ou não, a elaborar pratos para os corredores e acompanhantes… Se o impacto financeiro da maratona na Grande Boston é de 180 milhões de dólares em média (de sexta a segunda), por que não aproveitar e se envolver também nesse quesito?

foto_0532_blogDesde a hora em que você desce no aeroporto, já com faixas de apoio e incentivo aos maratonistas até as caminhadas pelas ruas, não há como não perceber que haverá um grande evento. Cartazes da Adidas, uma campanha forte e constante da New Balance (com sede em Boston, mas que não conseguiu, ainda, ser a fornecedora oficial de material esportivo da prova, o que não a impede de ser agressiva no marketing) e outras marcas envolvidas, de esporte ou não.

A Boylston Street (local do quilômetro final, da Finish Line e da área de dispersão) é fechada para carros de sábado até terça. Alguém buzinando e xingando? Se existe, nunca vi. A cidade como um todo respira a maratona e, isso, também, deixa a experiência ainda mais especial e inesquecível.

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