Por exemplo, estudos mostram que alguns alimentos melhoram o comprimento dos telômeros, proteínas situadas nas extremidades dos cromossomos e que servem para protegê-los. Com o envelhecimento, o tamanho dos telômeros decrescem.  O estresse, o tabagismo e o sedentarismo também contribuem para diminuir o comprimento destes grandes responsáveis pela longevidade.

Já indivíduos que consomem uma dieta que contém mais fibras, como os cereais integrais, as frutas e as verduras, possuem telômeros com maior comprimento. Foi evidenciado também que o tipo de alimento que consumimos interfere no número de células cerebrais. Neste caso, o chocolate (7 gramas ao dia ou 1 quadradinho e meio), chás (são ricos em antioxidantes; o ideal são 3 a 5 xícaras ao dia), frutas azuis e roxas, como o açaí e a amora, e até o consumo de álcool em quantidades adequadas (1 dose para mulheres e duas para homens) são promotoras da saúde do sistema nervoso. Já o consumo exagerado de gordura saturada (presente nos laticínios integrais e nas carnes (principalmente a vermelha), de açúcar ou o álcool em excesso diminui o número de células no cérebro.

ALGUNS ALIMENTOS DO BEM

Soja: Fonte de proteínas, gorduras boas, minerais (cálcio, magnésio, potássio), fibras, vitamina E, genisteína (as duas últimas atuam como antioxidantes, protegendo nosso organismo contra a ação dos radicais livres). A genisteína ainda estimula junto com a arginina a síntese de óxido nítrico, um vasodilatador, que diminui a pressão sanguínea e melhora o aporte de oxigênio para os músculos na hora da corrida. As melhores fontes de genisteína são a soja cozida, a farinha de soja e a proteína texturizada. Tofu e leites possuem menores quantidades.

Azeite: Fonte da gordura ômega-9, monoinsaturada e de ação antioxidante. Fonte ainda da vitamina E e de esteróis com ação antiinflamatório e, que além de tudo, diminuem a absorção de colesterol.

Nozes e castanhas: Alimento rico em vitamina E, selênio, zinco, manganês, ácido fólico (todos com ação benéfica no sistema imune).

Linhaça: Fonte de ômega-3 (gordura benéfica, antiinflamatória, hipocolesterolêmica, também presente nos peixes) e lignanas importantes para a prevenção do câncer de mama.

Acerola e pitanga: Ricas em vitamina C, beta-caroteno e em criptoxantina, responsáveis pela proteção antioxidante conferida por estas frutas. Melhoram também o sistema imune e de quebra previnem danos ao DNA das células, reduzindo o risco de câncer.

Pimenta vermelha: A capsaicina estimula a produção de catecolaminas que aceleram a queima de gordura, diminuem o desejo de comer doces e ainda reduzem a inflamação e dor corporais.

Canela: Alimento rico em cromo, mineral que diminui a resistência à insulina e, portanto, as quantidades de açúcar no sangue. Uma colherzinha de café ao dia (1 a 4 g, que pode ser misturada no leite de soja, nas frutas ou mesmo no molho do macarrão) já faz efeito em 40 dias.

Brócolis: Além de vitaminas, minerais e fibras, possui isotiocianatos, um potente composto capaz de reduzir o risco de vários tipos de câncer como de bexiga, próstata, cólon e estômago.

TRÊS VILÕES. Alguns alimentos possuem o efeito contrário, trazendo prejuízos à nossa saúde e até mesmo encurtando a vida. Leia sobre os principais vilões:

Refrigerantes: O xarope de frutose utilizado para adoçar a bebida pode desencadear reações em cadeias que contribuem para o ganho de peso e para o desenvolvimento do diabetes. Além disso, o consumo excessivo de bebidas a base de cola pode levar à hipocalemia, baixas concentrações de potássio sanguíneo, o que pode acarretar paralisia muscular. E não é só; os refrigerantes também podem ter altas quantidades de sódio (que em excesso contribuem para o aumento da pressão sanguínea), corantes, e pasmem, benzeno – substância cancerígena também presente na fumaça dos carros, das fábricas e dos cigarros. Em 2009 a Proteste avaliou a quantidade de benzeno nos refigerantes e descobriu altas doses na maior parte das marcas vendidas no Brasil. Se você ainda não se convenceu a parar de vez com a bebida mais duas informações: em uma pesquisa, indivíduos que ingeriam uma ou mais latas de refrigerante por dia (não importando se era normal ou diet) tinham um risco 50% maior de desenvolver a síndrome metabólica, uma precursora das doenças cardiovasculares, caracterizada por aumento da gordura abdominal, pressão arterial elevada, altos níveis de colesterol LDL (o ruim) e baixos níveis do colesterol HDL (o bom). E a nova moda dos refrigerantes light adicionados de vitaminas? Elas não melhoram em nada o valor nutritivo da bebida. Isto porque o pH baixo do refrigerante aumenta a perda de cálcio e enfraquece os ossos e tem alto poder inflamatório. E como os leitores já leram muitas vezes, as vitaminas e minerais contidos nos alimentos in natura são melhor utilizados do que a de qualquer produto industrializado. Não dá para imitar a natureza! Além disso, um alimento que contém B6, também contém várias outras vitaminas como B12, ácido fólico, B1, B2, B3 e uma combinação de vários minerais, que atuam sinergicamente, juntinhos em prol da nossa saúde. Assim, um produto não saudável, como os refrigerantes, não se torna saudável apenas porque foi adicionado de algumas poucas vitaminas e minerais.

Carne vermelha: Não é de hoje que se sabe que a carne vermelha aumenta o risco de câncer de colon, por isto o ideal é revezá-la com o consumo de aves, peixes e ovos. Os principais compostos envolvidos no desenvolvimento do câncer associado ao maior consumo de carnes vermelhas seriam o ferro heme, os nitritos/nitratos e as aminas heterocíclicas. As carnes processadas (presunto, mortadela, salsicha, linguiça) e as carnes fritas em altas temperaturas também aumentam o risco por produzirem mais aminas herocíclicas.

Fermentos químicos: Responsáveis pelo crescimento de produtos adorados, como os bolos e tortas. O problema é que são ricos em fosfatos, que podem aumentar o risco de câncer de pele e de pulmão em até 50%. O fosfato é um nutriente essencial à saúde óssea e à produção de energia, porém o excesso pode ocasionar a divisão inadequada de células. O consumo de fosfato aumentou muito nos últimos 30 anos também em decorrência de aditivos químicos utilizados tanto na forma de agrotóxicos como pelo uso na indústria. Os fosfatos são encontrados ainda nas carnes processadas (presunto, salsicha, linguiça, mortadela, presunto), nos refrigerantes, nos bolos, biscoitos e outros produtos de panificação.