Por Tomaz Lourenço | tomaz@novosite.contrarelogio.com.br
Muitos corredores têm nos enviado e-mails reclamando sobre as duas maratonas que ocorreram em Florianópolis. Em relação à primeira, dia 23/06, seus resultados não foram considerados para o Ranking da CR, enquanto a segunda (25/08) apresentou erro no percurso, que teve mais 600 metros.
Fizemos vários contatos solicitando as listagens completas da prova de junho, mas a organizadora não respondeu aos e-mails. Logicamente que a Norte Mkt tem o direito de não querer divulgar essas informações sobre os concluintes nos 42 km, que revelam o tamanho real do evento. Mas ao fazer isso prejudicam aqueles que se empenham nos treinamentos e depois não têm suas marcas válidas para o Ranking.
Alguns corredores até nos passaram imagem do resultado, captado no site da prova, mas não podemos seguir dessa maneira, pois obviamente deixaríamos de considerar o conjunto dos que completaram a maratona. E se não bastasse essa postura de não disponibilizar os resultados, estes apresentam erros grosseiros, que não são excluídos.
Como está na seção “e-mail” da revista de setembro, corredores que não fizeram todo o percurso, deixando de passar no tapete de controle do chip no km 29,5, continuam com seus resultados no site, não tendo sido desclassificados. Ou seja, mesmo que recebêssemos as listagens, teríamos que checar um por um, para ver se correram mesmo toda a maratona. Não se sabe se Boston vai conferir essas marcas.
Mais 600 metros. Já a prova de agosto apresentou um erro na sinalização do percurso, com 1,6 km entre as placas dos quilômetros 19 e 20, levando a um retorno 300 m à frente do definido pela própria medição, realizada pela Federação Catarinense de Atletismo. Vários participantes mandaram e-mails para a CR e para a organizadora – AT Sports – que não reconheceu a falha, como tinha feito, aliás, no ano passado, em relação à meia-maratona. A revista também insistiu nesse sentido, para que ao menos houvesse uma mea culpa, mas sem sucesso.
A consequência óbvia é que os resultados ganharam alguns minutos a mais, tirando muita gente da qualificação para Boston ou mesmo para o ingresso no Ranking da CR. As marcas são oficiais porque uma maratona não pode ter menos do que 42.195 m, porém a mais não é um impedimento para a homologação.
A Contra-Relógio lamenta por esses problemas nas maratonas de Florianópolis deste ano, pelos prejuízos que causaram aos participantes.
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A Maratona Internacional de Floripa (de agosto) é uma boa opção de prova rápida no Brasil, como a exemplo de Porto Alegre, mas o grande problema desta prova, principalmente para aqueles pensam em tempo, está sendo sem dúvidas os recorrentes erros de percursos/metragem (anos de 2018 e 2019).
Acredito que seria bom para a credibilidade deste evento que os organizadores se pronunciassem a respeito e que apresentassem as suas propostas de melhorias e garantias de que esse tipo de problema não voltará a acontecer nas próximas edições.
Mas enquanto isso não acontece, a minha escolha para 2020, que seria Floripa, por enquanto será Porto Alegre.