Como já escrevi na apresentação aqui do blog, tenho um filho de 2 anos, o Pedro, com quem aprendo diariamente. Em 90% do tempo que fico com ele, estou sempre dizendo: não corra, ande, vá mais devagar, espere o papai… e ele, nem aí, corre de uma piscina para a outra no clube, da porta para a calçada, pelo campo de futebol, pela escada (para desespero geral)… Felizmente, tem uma energia que não acaba.

Em alguns momentos de reflexão, fico pensando: por que não mantemos essa energia? Por que não deixamos a preguiça de lado mesmo quando adolescentes ou adultos, como as crianças? Por que em alguma parte da vida, nos tornamos mais relaxados, mais acomodados, mais calmos? A vida nos leva a essa postura, mas por que não mudar?

Conversando com o técnico de corrida Rogério Mateus para uma matéria para a Contra-Relógio, ouvi de um profissional algo que percebo no meu dia a dia. Primeiro, com a Vitória, hoje com 6 anos, mas que naturalmente é mais tranquila do que o Pedro. Mateus explicou que se uma pessoa nunca correu, possivelmente, para iniciar no esporte, terá de “aprender” a correr. Como assim?

“Apesar de todo mundo achar que correr é uma atividade natural que o corpo não esquece, não é bem assim. Poderia ser se, desde os 2 anos, quando apreendemos a correr, não tivéssemos parado mais. Mas, geralmente, não é isso que ocorre. Por isso, é necessário exercícios educativos para uma técnica correta na hora de correr, que ajudam muito a economizar energia e tornar a corrida mais eficaz”, afirmou Mateus.

Então, a partir dessa conversa, não vou mais ficar dizendo para o Pedro parar de correr. Lógico que, em locais de risco, terei de fazer o papel de pai chato. Mas, no geral, vou deixar ele se divertir, correr e dar pulos, como adora. Vou procurar ajuda-lo a manter essa alegria, a deixar a preguiça de lado, a nunca parar de correr. E você, por que não faz o mesmo com seu filho ou filha?