Na sexta-feira, recebi um questionário da Skechers para responder dentro do projeto da Maratona de Los Angeles. Informações pessoais e dois parágrafos com o perfil e o motivo de correr provas de 42 km.
Esse é fácil. Gosto do planejamento, da dedicação, da concentração, dos meses de “trabalho”, ou seja, da preparação que exige a prova e que pode ser transferida para a vida pessoal. Como já citei aqui no blog, há empresas nos Estados Unidos que valorizam essas informações no currículo.
Mas passei o final de semana pensando no que me levou a correr. Ou melhor, porque a corrida entrou no cotidiano para não sair mais. Por que eu corro? A reposta é simples: “por ser o meu momento”. Exatamente por isso.
Na vida pessoal, que engloba a profissional e familiar, dificilmente temos momentos apenas nossos. Filhos, mulher (homem), namorado, noivo, amigos, irmãos, pais, chefes, empregados, colegas, cachorro, gato, passarinho, papagaio… estamos sempre dividindo o tempo, o espaço, o momento com alguém.
Claro que, na corrida, há momentos assim, também. Mas, no meu caso, a hora que saio para correr (e 90% do tempo é sozinho, o que não atrapalha, pelo contrário, gosto e muito) é a minha hora, de ficar comigo, de relaxar, de curtir o ritmo, as passadas, de pensar ou de não pensar, de esvaziar a cabeça, de limpar o corpo.
Sei que pode parecer estranho em uma época que o ato em si fica em segundo plano, você precisa sempre mostrar para alguém. A corrida é assim. Redes sociais, canais de YouTube, câmeras mais modernas, filmagens desse ou daquele jeito… muitos se preocupam mais com esses fatores do que com a corrida em si. Ela é apenas um “complemento”. Em segundo plano. Não o motivo principal. Faz parte de nosso período de vida. Tudo normal na realidade atual.
Porém, cada um tem um gosto. E o meu, nesse caso específico, é a corrida com o foco no sentido de ser a melhor terapia. Ajuda, inclusive, nos momentos de desânimo, de chateação… saio para correr e posso não resolver os problemas, mas volto me sentindo muito melhor. Por ser o meu momento. Na linha do “me, myself and I”!
Você precisa fazer o login para publicar um comentário.
Este seu modo de pensar … se enquadra a muitos, quantas vezes me encontrei correndo entre uma inesperada chuva e um amigo me viu passando de carro e na primeira oportunidade falou que eu era um obcecado xarope! Mal sabia ele que naquele momento eu vivi um dos meus melhores momentos da minha vida , pois treinava numa passada que em maratona nenhuma eu consegui correr daquela forma. Impagável o prazer de correr kms….
kkkkk Alessandro, já passei por essas.
Mas correndo nessa chuva? Nunca saberão a sensação! Ou em algum outro momento que já passamos e que foi nosso. Por sinal, inúmeros momentos.
Abraço e boa semana
André